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08 abril 2012

Martinsyde F-4 Buzzard


MARTINSYDE F-4 BUZZARD

Quantidade: 4
Utilizador: Aeronáutica Militar
Entrada ao serviço: Outubro de 1919
Data de abate: 1933

Dados técnicos:

a.      Tipo de Aeronave

               Avião monomotor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, com patim de cauda, biplano, revestido a tela, monolugar de cabina descoberta, destinado a missões de caça. Tripulação: 1 (piloto).

b.      Construtor

        Martin and Handasyde, Ltd. / Grã-Bretanha.
        Sob licence: desconhecido / USA.

c.       Motopropulsor

        Motor: 1 motor Hispano-Suiza 8F, de 8 cilindros em V arrefecidos por líquido, de 300 hp.
        Hélice: de madeira, de duas pás, de passo fixo.

d.      Dimensões

        Envergadura ……………9,98 m
        Comprimento …………..7,77 m
        Altura ………………..…..3,15 m
        Área alar ………………30,51 m²      

e.      Pesos

        Peso vazio ………. …..…776 Kg
        Peso máximo …...……1.088 Kg

f.        Performances

        Velocidade máxima …………….225 km/h
        Velocidade de cruzeiro ……desconhecido
        Tecto de serviço ………………7.200 m
        Raio de acção …………………...510 km

g.      Armamento

        Duas metralhadoras ligeiras fixas, sincronizadas com o hélice.

h.      Capacidade de transporte

        Nenhuma.

Imagem 2

Resumo histórico:
     No Outono de 1917, a firma britânica Martin and Handasyde, Ltd. produziu o biplano monolugar de caça Martinsyde F-3 com motor Rolls-Royce Falcon. Ainda que este avião possa ser considerado o precursor dos caças do pós-guerra, construíram-se apenas alguns protótipos.
     As provas do Martinsyde F-3 foram excelentes, alcançando a velocidade de 222 Km/h e subindo a 3.000 m em 6 minutos e 50 segundos. Apesar disso, a razão provável para que não tivesse sido produzido em série, foi o facto dos aviões Bristol F.2B absorverem toda a produção dos motores Rolls-Royce Falcon

     Poucos meses depois apareceu o protótipo Martinsyde F-4 Buzzard, estudado para usar um motor Hispano-Suiza de 300 hp, dada a dificuldade de produção dos motores Rolls-Royce.
     Este F-4 foi encomendado em série, mas a I Guerra Mundial terminou sem que se tenham construído mais de 50 exemplares. Continuou a ser construído no pós-guerra, atingindo um total de 350 unidades.

     A maioria dos F-4 Buzzard produzidos na Grã-Bretanha foram adquiridos como excedentes de guerra pela firma britânica Aircraft Disposal Co. (Airdisco), que os vendeu a diversos países, entre os quais Espanha e Portugal.
     Curiosamente, enquanto os britânicos interromperam o fabrico destes aviões, os Estados Unidos construíram, nos anos seguintes à guerra, 1.500 F-4 Buzzard, provavelmente equipados com motores americanos.


Percurso em Portugal:
     O primeiro Martinsyde F-4 Buzzard existente em Portugal foi oferecido pela Colónia Inglesa ao Estado Português em Outubro de 1919. Esta oferta teve o empenho de Lady Drummond, esposa do Embaixador da Grã-Bretanha em Portugal, que formalizou a entrega.
     O avião foi baptizado «Vasco da Gama» e entregue ao Grupo de Esquadrilhas de Aviação República (GEAR), instalado na Amadora.
     Mais tarde foi transferido para a Esquadrilha Mista de Depósito (EMD), em Tancos.

     Em 1923, a EMD recebeu mais três Martinsyde F-4 Buzzard. A EMD foi extinta em 1926 e, em sua substituição, foi criada igualmente em Tancos a Esquadrilha de Caça nº 1, equipada com os quatro Martinsyde F-4 em conjunto com os SPAD VII.
     Totalmente pintados em alumínio, ostentavam a Cruz de Cristo sobre círculo branco no extra-dorso das asas superiores e no intradorso das asas das inferiores. A bandeira nacional, com escudo, cobria a totalidade do leme de direcção. Quando colocados em Tancos apresentavam, nos lados da fuselagem, o característico galgo a correr, pintado a amarelo, símbolo da Base de Tancos. Não existem notícias quanto aos números de matrícula que, contrariamente à prática habitual, não se encontravam pintados na fuselagem.
     Os Martinsyde f-4 Buzzard foram retirados de serviço em 1933.


Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Avia Deja Vu;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000. 

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