F.B.A. B
Quantidade: 3
Utilizador: Aviação Naval
Entrada ao serviço: Janeiro de 1917
Data de abate: 1918
Dados Técnicos:
Hidroavião de casco, monomotor com o motor na retaguarda dos planos, biplano, revestimento misto (madeira e tela), bilugar de cabina descoberta, destinado a missões de reconhecimento marítimo. Tripulação: 2 (piloto e observador).
b. ConstrutorFranco-British Aviation (F.B.A.) / França.
Sob licença: Centro de Aviação Marítima de Lisboa / Portugal.
c. Motopropulsor
Motor: 1motor Gnôme-Monosoupape de 9 cilindros radiais rotativos, arrefecidos por ar, de 100 hp.
Hélice: De madeira, de duas pás, de passo fixo, propulsor.
d. Dimensões
Envergadura …………. 13,71 m
Comprimento ………….8,78 m
Altura ………………….3,40 m
Área alar ……………. 30,31m²
e. Pesos
Peso vazio ………. …. 640 kg
Peso máximo …...…….940 kg
f. PerformancesVelocidade máxima ………109 km/h
Velocidade de cruzeiro …desconhecido
Tecto de serviço ……….3.500 m
Raio de acção ……………300 km
g. Armamento
1 metralhadora ligeira;
Bombas.
h. Capacidade de transporte
Desconhecida.
Resumo histórico:
Os F.B.A. eram pequenos hidroaviões bi-planos de patrulhamento costeiro e luta anti-submarino, considerados na época como muito rápidos. Começaram a ser produzidos em 1913, tendo a Áustria e a Dinamarca operado um reduzido número de F.B.A. A antes da I Guerra Mundial.
A produção em larga escala só se verificou em 1915, após a eclosão da I Guerra Mundial, especialmente nas versões F.B.A. B e F.B.A. C.
Durante a guerra foram utilizados por todas as forças navais aliadas, mantendo-se na primeira linha até ao Armistício, em 11 de Novembro de 1918.
Durante os anos que se seguiram foram utilizados na instrução de pilotos. Os italianos operaram os seus F.B.A. até 1922.
Durante a guerra foram utilizados por todas as forças navais aliadas, mantendo-se na primeira linha até ao Armistício, em 11 de Novembro de 1918.
Durante os anos que se seguiram foram utilizados na instrução de pilotos. Os italianos operaram os seus F.B.A. até 1922.
Percurso em Portugal:
Os primeiros passos para a formação do Serviço e Escola de Aviação da Armada, embrião da Aviação Naval (AN), começaram a ser dados em 1916 na Escola de Aviação Militar (EAM), em Vila Nova da Rainha.
Com esse objectivo, chegaram a Portugal, em Janeiro de 1917, as primeiras aeronaves da Aviação Naval. Eram dois hidroaviões de casco F.B.A. B com os números de construtor 203 e 204, adquiridos em França para a Armada Portuguesa.
Montados na então designada Escola de Aeronáutica Militar (EAM), realizaram os primeiros voos em Março desse ano.
Embora a EAM fosse uma unidade terrestre, os entusiastas pioneiros da Aviação Naval - encabeçados por Sacadura Cabral - aproveitaram a proximidade do Rio Tejo para realizar os voos nos hidroaviões.
Em 14 de Dezembro de 1917, o pessoal aviador da Marinha e os dois hidroaviões F.B.A. foram transferidos para o recém-formado Centro de Aviação Marítima (CAM) de Lisboa, instalado no Bom Sucesso, perto de Belém.
Em 1918 foi construído nas oficinas do CAM um terceiro F.B.A. B, feito pioneiro na Aviação Naval. Foram utilizadas peças sobressalentes e um motor novo, encomendado em França. A estrutura foi inteiramente construída pelos carpinteiros do CAM, numa afirmação das suas excelentes qualidades profissionais. Desta forma, o número de F.B.A. aumentou para três.
Receberam a numeração de 1 a 3, segundo o esquema em uso na época, que atribuía uma sequência numérica a cada modelo, sempre a começar na unidade. Curiosamente, o número 1 foi atribuído ao hidroavião com o número de construção 204, e o número 2 ao número de construção 203. O número 3 era o de produção nacional.
Montados na então designada Escola de Aeronáutica Militar (EAM), realizaram os primeiros voos em Março desse ano.
Embora a EAM fosse uma unidade terrestre, os entusiastas pioneiros da Aviação Naval - encabeçados por Sacadura Cabral - aproveitaram a proximidade do Rio Tejo para realizar os voos nos hidroaviões.
Em 14 de Dezembro de 1917, o pessoal aviador da Marinha e os dois hidroaviões F.B.A. foram transferidos para o recém-formado Centro de Aviação Marítima (CAM) de Lisboa, instalado no Bom Sucesso, perto de Belém.
Em 1918 foi construído nas oficinas do CAM um terceiro F.B.A. B, feito pioneiro na Aviação Naval. Foram utilizadas peças sobressalentes e um motor novo, encomendado em França. A estrutura foi inteiramente construída pelos carpinteiros do CAM, numa afirmação das suas excelentes qualidades profissionais. Desta forma, o número de F.B.A. aumentou para três.
Receberam a numeração de 1 a 3, segundo o esquema em uso na época, que atribuía uma sequência numérica a cada modelo, sempre a começar na unidade. Curiosamente, o número 1 foi atribuído ao hidroavião com o número de construção 204, e o número 2 ao número de construção 203. O número 3 era o de produção nacional.
Estes aviões estavam pintados de castanho, apresentando a insígnia nacional em círculo vermelho e verde, no extra-dorso das asas superiores e no intradorso das asas inferiores, as cores nacionais, com escudo, no leme de direcção e, na parte dianteira da fuselagem, o número do avião em grande algarismo preto. Os lemes de profundidade estavam também pintados com as cores nacionais. Nos lados da fuselagem, junto à proa do casco, encontrava-se uma pequena flâmula com as cores nacionais francesas, seguida da inscrição «FBA» e, por baixo, o número de construção, tudo em pequenos caracteres pretos.
Voaram até 1918, ano em que foram abatidos. O F.B.A. B número 2 encontra-se em exposição no Museu da Marinha em Lisboa. Na realidade, é o aproveitamento da fuselagem do número 2 e das asas do número 1. Foi confirmado pela verificação dos registos e marcas gravadas, que são peças originais de fábrica.
Fontes:
Foto: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea.
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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