GEORGES-LÉVY GL-40 HB2
Quantidade: 2
Utilizador: Aviação Naval
Entrada ao serviço: 1918
Data de abate: 1920
Dados Técnicos:
a. Tipo de Aeronave
Hidroavião de casco, monomotor, biplano, com casco em madeira e asas revestidas a tela, cabina descoberta, concebido para missões de patrulhamento marítimo. Tripulação: 3 elementos.
b. ConstrutorGeorges-Lévy / França.
c. Motopropulsor
Motor: 1 motor Renault 12Fe de 12 cilindros em V, arrefecidos por líquido, de 280 hp.
Hélice: de madeira, de duas pás, de passo fixo, propulsor.
d. Dimensões
Envergadura …………. 18,50 m
Comprimento …………12,40 m
Altura …………………. 4,01 m
Área alar ………………68,081 m²
e. Pesos
Peso vazio ………. …. 1.448 kg
Peso máximo …...…….2.348 kg
f. Performances
Velocidade máxima …………150 km/h
Velocidade de cruzeiro ……...130 km/h
Tecto de serviço …………desconhecido
Raio de acção ……………....845 km
g. Armamento
1 metralhadora ligeira ne nariz;
200 Kg de bombas.
h. Capacidade de transporte
Desconhecido.
Resumo histórico:
Ainda que não tenham sido construídos em grande quantidade, os hidroaviões Georges-Lévy Gl-40 HB2 foram, dos hidroaviões utilizados pela Marinha Francesa na I Guerra Mundial, os mais eficientes no patrulhamento costeiro, principalmente entre 1917 e 1918. Podiam transportar cerca de 200 Kg de bombas.
O piloto e o observador instalavam-se lado a lado na cabina descoberta. Um terceiro tripulante ocupava um posto no nariz do hidroavião, onde era possível instalar uma metralhadora ligeira.
A Marinha Francesa manteve-os no activo até alguns anos depois de terminada a I Guerra Mundial.
A Marinha Belga operou 6 GL-40, a Finlandesa 12 e a Portuguesa 2. Alguns foram utilizados comercialmente no então Congo-Belga, em 1920.
O piloto e o observador instalavam-se lado a lado na cabina descoberta. Um terceiro tripulante ocupava um posto no nariz do hidroavião, onde era possível instalar uma metralhadora ligeira.
A Marinha Francesa manteve-os no activo até alguns anos depois de terminada a I Guerra Mundial.
A Marinha Belga operou 6 GL-40, a Finlandesa 12 e a Portuguesa 2. Alguns foram utilizados comercialmente no então Congo-Belga, em 1920.
Percurso em Portugal:
Em fins de 1917, decorria a I Guerra Mundial, O Governo Português autorizou a França a instalar um Centro de Aviação Naval (CAN) em S. Jacinto, perto de Aveiro, que foi equipado com pessoal e material francês. Começaram a operar com 8 hidroaviões Donnet-Denhaut D.D.8, aos quais se vieram juntar 2 Georges-Lévy GL-40 HB2, também conhecidos por «Le Pen-Blanchard».
Os GL-40 destacados para S. Jacinto já tinham bastante uso. Começaram a voar em Portugal a partir de Abril de 1918, efectuando missões de patrulhamento marítimo até 11 de Novembro do mesmo ano, dia em que terminou o conflito mundial.
Terminadas as hostilidades, o destacamento francês foi desactivado e a Aviação Naval (A.N.) recebeu as instalações e o material existente. Desta forma, os dois Georges-Lévy GL-40 HB2 passaram para o efectivo da A.N.. O seu estado de conservação era péssimo. Não receberam matrículas da A.N., mantendo as francesas.
Os GL-40 destacados para S. Jacinto já tinham bastante uso. Começaram a voar em Portugal a partir de Abril de 1918, efectuando missões de patrulhamento marítimo até 11 de Novembro do mesmo ano, dia em que terminou o conflito mundial.
Terminadas as hostilidades, o destacamento francês foi desactivado e a Aviação Naval (A.N.) recebeu as instalações e o material existente. Desta forma, os dois Georges-Lévy GL-40 HB2 passaram para o efectivo da A.N.. O seu estado de conservação era péssimo. Não receberam matrículas da A.N., mantendo as francesas.
No dia 11 de Março de 1920, quando o GL-40 nº 58 voava de Aveiro para Lisboa, enfrentando más condições atmosféricas, o motor avariou, obrigando a amaragem forçada ao largo de S. Pedro de Moel, danificando a estrutura do avião. Não possuindo meios de comunicação directos, o piloto expediu um pombo-correio com o pedido de socorro urgente. O pombo foi apanhado em Montemor-o-Velho, mas uma greve dos serviços telegráficos dos Correios impossibilitou a imediata transmissão da mensagem, que só chegou ao conhecimento da A.N. no dia 13. O avião afundou-se e com ele os três tripulantes.
O outro GL-40 foi retirado de serviço em 1920. Desconhece-se qual a pintura e as insígnias que usavam. Existem referências de que em 1921 a A.N. adquiriu seis Georges-Lévy Gl-40 HB2 no mercado francês de excedentes de guerra, mas que, transportados em caixotes por via marítima, nunca chegaram a voar devido aos estragos sofridos na viagem.
O outro GL-40 foi retirado de serviço em 1920. Desconhece-se qual a pintura e as insígnias que usavam. Existem referências de que em 1921 a A.N. adquiriu seis Georges-Lévy Gl-40 HB2 no mercado francês de excedentes de guerra, mas que, transportados em caixotes por via marítima, nunca chegaram a voar devido aos estragos sofridos na viagem.
Fontes:
Foto e Plano: Cortesia de Museu do Ar e do Espaço, França / Musée de l'Air et de l'Espace, France;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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