Imagem 1 |
SPAD S.VII C1
Quantidade: 22
Utilizador: Aeronáutica Militar
Entrada ao serviço: 1919
Data de abate: 1932
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Avião monomotor terrestre com
trem de aterragem convencional fixo, com patim de cauda, biplano, revestido a
tela, monolugar de cabina
descoberta, destinado a missões de caça. Tripulação: 1 (piloto).
b.
Construtor
Société Anonyme Pour l’Aviation et ses Dérivés
(SPAD) / França.
Sob licença: L.
Bletriot Aeronautics / França;
Air
Navigation Company / Grã-Bretanha;
Mann
Egerton & Co. Ltd. / Grã-Bretanha;
Aksionyernoye
Obshchestovo Duks / Rússia.
c.
Motopropulsor
Motor: 1 motor Hispano-Suiza 8 Ac, de 8
cilindros em V arrefecidos por líquido, de 175 hp.
Hélice: de madeira, de duas pás, de
passo fixo.
d.
Dimensões
Envergadura ……………….7,,80 m
Comprimento ……….……..6,10 m
Altura …………………...…. 2,20 m
Área alar …………….……17,85 m²
e.
Pesos
Peso vazio ………. .…... ..500 kg
Peso máximo …...…........705 kg
f.
Performances
Velocidade máxima …………191 km/h
Velocidade de cruzeiro ......desconhecido
Tecto de serviço ………...…5.500 m
Raio de acção………….... …..350 km
g.
Armamento
Uma metralhadora Vickers de calibre 7,7
mm, montada sobre a cobertura do motor, de disparo sincronizado com o hélice.
h.
Capacidade de
transporte
Nenhuma.
No Outono de 1916, quando os caças aliados se debatiam com
grandes dificuldades para fazer frente à superioridade dos caças germânicos,
apareceu nos céus de França um novo avião de alta performance, no qual se aplicara a mais moderna tecnologia aeronáutica
da primeira metade da I Guerra Mundial (1914/1918). Tratava-se do SPAD S.VII
C1, desenhado por Louis Bechereu, que já tinha obtido algum sucesso com o avião
caça SPAD A.2.
O protótipo do SPAD S. VII C1 voou pela primeira vez em Abril de 1916, deixando logo a certeza das suas excepcionais capacidades. As autoridades francesas encomendaram 260 destes aviões. Graças a um enorme esforço de produção, as unidades de combate começaram a dispor dos novos caças a partir de 2 de Setembro de 1916. A actuação destes aviões foi um sucesso, sendo então considerado um avião revolucionário.
Equiparam numerosas esquadrilhas de caça das Forças Aliadas, entre elas a “Escadrille de Chasse SPA 3”, «Les Cigognes», onde voavam os notáveis pilotos Guynemer e Dorme, que registaram muitas vitórias aos comandos dos SPAD S.VII C1.
Foram construídos 5.600 SPAD em França, cerca de 200 na Grã-Bretanha e aproximadamente 100 na Rússia. Durante a I Guerra Mundial foram utilizados pela França, Bélgica, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Itália e Rússia.
Percurso em
Portugal:
Portugal recebeu
22 SPAD S.VII C1 em 1919, como excedentes e compensação da I Guerra Mundial,
onde actuaram aviadores portugueses.
Foi num avião deste tipo, integrado na Esquadrilha SPA-65, que o capitão Óscar Monteiro Torres foi abatido nos céus de França no dia 20 de Novembro de 1917, durante a I Guerra Mundial.
Foi num avião deste tipo, integrado na Esquadrilha SPA-65, que o capitão Óscar Monteiro Torres foi abatido nos céus de França no dia 20 de Novembro de 1917, durante a I Guerra Mundial.
Dado que na época não existia em Portugal qualquer unidade operacional, foi criado em 5 de Fevereiro de 1919, e instalado na Amadora, o Grupo de Esquadrilhas de Aviação República (GEAR), dependente da Arma de Aeronáutica Militar (AM). Foi nesta unidade que os SPAD formaram a Esquadrilha de Caça, a primeira existente em Portugal, que, a partir de 13 de Dezembro de 1921 tomou a designação de Esquadrilha Capitão Monteiro Torres.
Imagem 3: SPAD S.VII C1 - Emissão especial dos CTT CORREIOS (BPC-216), comemorativa dos 75 anos da Arma de Aeronáutica, 1 de Julho de 1999. Desenho de M. Rodrigues Costa. |
Estes aviões estavam totalmente pintados em alumínio, usando a insígnia da Cruz de Cristo sobre círculo branco, nos lados exteriores das asas superiores e inferiores, com a bandeira nacional, com escudo, cobrindo o leme de direcção. Os números de matrícula, de 1 a 22, encontravam-se pintados a preto nos lados da fuselagem.
É a partir da
constituição do GEAR e por acção do seu comandante, o veterano de guerra
Capitão Maya, que se adopta a Cruz de Cristo como insígnia da aviação militar (ver imagem),
quer na Aeronáutica Militar, quer na Aviação Naval, substituindo o círculo
vermelho com centro verde.
Em 1925 só existiam 11 destes aviões, que foram abatidos ao efectivo em 1932.
Imagem 4: Insígnia da Cruz de Cristo |
Em 1925 só existiam 11 destes aviões, que foram abatidos ao efectivo em 1932.
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Imagens 3 e 4: Colecção Altimagem;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino
Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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