MARTINSYDE F-4 BUZZARD
Quantidade: 4
Utilizador: Aeronáutica Militar
Entrada ao serviço: Outubro de 1919
Data de abate: 1933
Dados técnicos:
a. Tipo de Aeronave
Avião monomotor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, com patim de cauda, biplano, revestido a tela, monolugar de cabina descoberta, destinado a missões de caça. Tripulação: 1 (piloto).
b. Construtor
Martin and Handasyde, Ltd. / Grã-Bretanha.
Sob licence: desconhecido / USA.
c. Motopropulsor
Motor: 1 motor Hispano-Suiza 8F, de 8 cilindros em V arrefecidos por líquido, de 300 hp.
Hélice: de madeira, de duas pás, de passo fixo.
d. Dimensões
Comprimento …………..7,77 m
Altura ………………..…..3,15 m
Área alar ………………30,51 m²
e. Pesos
Peso vazio ………. …..…776 Kg
Peso máximo …...……1.088 Kg
f. Performances
Velocidade máxima …………….225 km/h
Velocidade de cruzeiro ……desconhecido
Tecto de serviço ………………7.200 m
Raio de acção …………………...510 km
g. Armamento
Duas metralhadoras ligeiras fixas, sincronizadas com o hélice.
h. Capacidade de transporte
Nenhuma.
No Outono de 1917, a firma britânica Martin and Handasyde, Ltd. produziu o biplano monolugar de caça Martinsyde F-3 com motor Rolls-Royce Falcon. Ainda que este avião possa ser considerado o precursor dos caças do pós-guerra, construíram-se apenas alguns protótipos.
As provas do Martinsyde F-3 foram excelentes, alcançando a velocidade de 222 Km/h e subindo a 3.000 m em 6 minutos e 50 segundos. Apesar disso, a razão provável para que não tivesse sido produzido em série, foi o facto dos aviões Bristol F.2B absorverem toda a produção dos motores Rolls-Royce Falcon.
As provas do Martinsyde F-3 foram excelentes, alcançando a velocidade de 222 Km/h e subindo a 3.000 m em 6 minutos e 50 segundos. Apesar disso, a razão provável para que não tivesse sido produzido em série, foi o facto dos aviões Bristol F.2B absorverem toda a produção dos motores Rolls-Royce Falcon.
Poucos meses depois apareceu o protótipo Martinsyde F-4 Buzzard, estudado para usar um motor Hispano-Suiza de 300 hp, dada a dificuldade de produção dos motores Rolls-Royce.
Este F-4 foi encomendado em série, mas a I Guerra Mundial terminou sem que se tenham construído mais de 50 exemplares. Continuou a ser construído no pós-guerra, atingindo um total de 350 unidades.
A maioria dos F-4 Buzzard produzidos na Grã-Bretanha foram adquiridos como excedentes de guerra pela firma britânica Aircraft Disposal Co. (Airdisco), que os vendeu a diversos países, entre os quais Espanha e Portugal.
Curiosamente, enquanto os britânicos interromperam o fabrico destes aviões, os Estados Unidos construíram, nos anos seguintes à guerra, 1.500 F-4 Buzzard, provavelmente equipados com motores americanos.
Percurso em Portugal:
O primeiro Martinsyde F-4 Buzzard existente em Portugal foi oferecido pela Colónia Inglesa ao Estado Português em Outubro de 1919. Esta oferta teve o empenho de Lady Drummond, esposa do Embaixador da Grã-Bretanha em Portugal, que formalizou a entrega.
O avião foi baptizado «Vasco da Gama» e entregue ao Grupo de Esquadrilhas de Aviação República (GEAR), instalado na Amadora.
Mais tarde foi transferido para a Esquadrilha Mista de Depósito (EMD), em Tancos.
O avião foi baptizado «Vasco da Gama» e entregue ao Grupo de Esquadrilhas de Aviação República (GEAR), instalado na Amadora.
Mais tarde foi transferido para a Esquadrilha Mista de Depósito (EMD), em Tancos.
Em 1923, a EMD recebeu mais três Martinsyde F-4 Buzzard. A EMD foi extinta em 1926 e, em sua substituição, foi criada igualmente em Tancos a Esquadrilha de Caça nº 1, equipada com os quatro Martinsyde F-4 em conjunto com os SPAD VII.
Totalmente pintados em alumínio, ostentavam a Cruz de Cristo sobre círculo branco no extra-dorso das asas superiores e no intradorso das asas das inferiores. A bandeira nacional, com escudo, cobria a totalidade do leme de direcção. Quando colocados em Tancos apresentavam, nos lados da fuselagem, o característico galgo a correr, pintado a amarelo, símbolo da Base de Tancos. Não existem notícias quanto aos números de matrícula que, contrariamente à prática habitual, não se encontravam pintados na fuselagem.
Os Martinsyde f-4 Buzzard foram retirados de serviço em 1933.
Os Martinsyde f-4 Buzzard foram retirados de serviço em 1933.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Avia Deja Vu;
Imagem 2: Cortesia de Avia Deja Vu;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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