CURTISS HS - 2L
Quantidade: 4
Utilizador: Aviação Naval
Entrada ao serviço: 1921
Data de abate: 1930
Dados Técnicos:
a. Tipo de Aeronave
Hidroavião monomotor de casco, com flutuadores de estabilização nas asas inferiores, biplano com asa inferior ao nível superior da fuselagem, revestimento misto (fuselagem em madeira e asas em tela), motor colocado entre os dois planos com o hélice na parte de trás (propulsor), cabina descoberta, destinado a patrulhamento marítimo.
Tripulação: 3 (1 piloto e 2 tripulantes).
a. Construtor
Curtiss Aeroplane and Motor Corp. / USA.
b. Motopropulsor
Motor: 1 motor Liberty de 6 cilindros em linha arrefecidos por líquido, de 400 hp.
Hélice: de madeira, de quatro pás, de passo fixo, propulsor.
c. Dimensões
Envergadura ……………22,00 m
Comprimento …………..11,50 m
Altura ……………………4,50 m
Área alar …………….....72,00 m²
d. Pesos
Peso vazio ………. ……….…desconhecido
Peso máximo …...…………...…3.000 kg
e. Performances
Velocidade máxima ………….…146 km/h
Velocidade de cruzeiro ……….desconhecido
Tecto de serviço ………………desconhecido
Raio de acção …………………...600 km
f. Armamento
Duas metralhadoras Lewis;
Bombas.
g. Capacidade de transporte
Desconhecido.
Resumo histórico:
Em 1914, a Curtiss empenhou-se no estudo de um hidroavião capaz de combater navios no Atlântico, longe da costa. Contando com a colaboração da Grã-Bretanha, construiu uma série de hidroaviões de diversos modelos, desde grandes trimotores e triplanos até pequenos bimotores.
Desta produção destacaram-se os grandes bimotores que ficaram conhecidos pelos Curtiss H-America. Em 1915 foram construídos para a Grã-Bretanha 62 Curtiss H-4 Small América, que não tiveram sucesso na luta naval e foram remetidos para missões de instrução. A colaboração entre os dois países acabou por obter êxito com o Curtiss H-12 Large América, construído em 1916, cujo modelo esteve na origem do bem sucedido Felixstowe F-2.
Em 1917, a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) operava 20 Curtiss H-12 e a Marinha Britânica (Royal Navy) 71.
Utilizados na I Guerra Mundial, obtiveram bons resultados no Canal da Mancha e no Atlântico Norte, destruindo submarinos e abatendo dirigíveis germânicos.
A versão final foi o Curtiss H-16, essencialmente desenvolvido pelos britânicos.
Utilizados na I Guerra Mundial, obtiveram bons resultados no Canal da Mancha e no Atlântico Norte, destruindo submarinos e abatendo dirigíveis germânicos.
A versão final foi o Curtiss H-16, essencialmente desenvolvido pelos britânicos.
Os Curtiss HS-1L e HS-2L, hidroaviões de casco, biplanos e mono-motores com hélice propulsor, eram baseados nos modelos anteriores, destinados a missões de patrulhamento costeiro, que a US Navy e a Royal Navy operaram com êxito na Europa.
Percurso em Portugal:
Durante a I Guerra Mundial, o Governo Português concedeu autorização para os Estados Unidos instalarem uma base aero-naval na Ilha de S. Miguel, Açores, o que se concretizou em Março de 1918. Esta base foi equipada com alguns hidroaviões Curtiss HS-2L, que executaram missões de patrulhamento marítimo. Eram máquinas robustas, mas pouco manobráveis.
Terminadas as hostilidades (1918), Portugal adquiriu parte do material utilizado pelos americanos, incluindo 4 hidroaviões Curtiss HS-2L destinados ao Centro de Aviação Naval (CAN) dos Açores, inicialmente instalado na Horta e depois em Ponta Delgada.
Em 1919, dificuldades financeiras obrigaram ao encerramento do CAN dos Açores.
Os 4 hidroaviões foram encaixotados e transferidos para o continente, situação em que ficaram até 1921, ano em que foram montados no CAN do Bom Sucesso em Lisboa. Bastante deteriorados, só em 1923 é que dois destes hidroaviões começaram a voar e, os outros dois, ainda mais tarde.
Depois dos voos de ensaio em Lisboa, seguiram para o CAN de Aveiro, S. Jacinto, onde operaram principalmente na instrução de pilotos até serem retirados de serviço em 1930.
A A.N. matriculou-os com os números 21 a 24. Apresentavam-se inteiramente pintados em cinzento-mar com o casco a preto. A insígnia da Cruz de Cristo, sem círculo branco, estava colocada nos intradorsos dos planos inferiores e nos extradorsos dos planos superiores, com a bandeira nacional, com escudo, preenchendo ambos os lados do leme de direcção. O número de matrícula estava pintado lateralmente, na fuselagem, na direcção da cabina de pilotagem, em grandes algarismos pretos.
A A.N. matriculou-os com os números 21 a 24. Apresentavam-se inteiramente pintados em cinzento-mar com o casco a preto. A insígnia da Cruz de Cristo, sem círculo branco, estava colocada nos intradorsos dos planos inferiores e nos extradorsos dos planos superiores, com a bandeira nacional, com escudo, preenchendo ambos os lados do leme de direcção. O número de matrícula estava pintado lateralmente, na fuselagem, na direcção da cabina de pilotagem, em grandes algarismos pretos.
Fontes:
Foto: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Plano: Photograph courtesy of Canada Aviation and Space Museum, Ottawa;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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