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AVRO 504 K
Quantidade:
30 (27 A.M. e 3 A.N.)
Utilizadores:
Aeronáutica Militar (A.M.) e Aviação Naval (A.N.)
Entrada
ao serviço: 20 de Maio de 1924
Data
de abate: A.N.: 1933; A.M.: 1937
Dados Técnicos: (versão 504 K - instrução)
a.
Tipo de Aeronave
Avião mono-motor terrestre, de trem de
aterragem convencional fixo, com patim de cauda, biplano revestido a tela, dois
postos de pilotagem em tandem sem cobertura, destinado à instrução de pilotos. Tripulação:
2 (piloto-instrutor e aluno).
b.
Construtor
A.V.
Roe & Co. Ltd. / Grã-Bretanha.
Sob
licença: Desconhecidos / Austrália, Bélgica, Canadá, Japão, Holanda, Índia e
Rússia.
c.
Motopropulsor
Motor:
1 motor Le Rhône R-9-J, de 9
cilindros radiais rotativos arrefecidos por ar, de 110hp.
Hélice:
de madeira, de duas pás, de passo fixo.
d.
Dimensões
Envergadura
……………10,97 m
Comprimento
……….……8,91 m
Altura
……………….…..…3,15 m
Área
alar ………………..31,77 m²
e.
Pesos
Peso
vazio ………. ………498 kg
Peso
máximo…………......880 kg
f.
Performances
Velocidade
máxima…….145 km/h
Velocidade
de cruzeiro…desconhecido
Tecto
de serviço………..4.800 m
Autonomia……………....3h
00
Raio
de acção ………...….402 Km
g.
Armamento
Sem
armamento.
h.
Capacidade de
transporte
Nenhuma.
Resumo histórico:
O Avro 504 foi um dos melhores aviões de combate que os
britânicos construíram durante a I Guerra Mundial (1914-1918). Desenhado em
1912, realizou o primeiro voo em 17 de Setembro de 1913. Foram construídos mais
de 10.000 Avro 504 em diversas versões e foi usado em múltiplas funções:
instrução, treino, reconhecimento, bombardeamento, caça diurno e nocturno -
distinguindo-se em todas elas.
Muitos continuaram ao serviço mesmo depois de terminar a guerra, principalmente como avião de instrução, prolongando a sua vida operacional até 1939, altura em que rebentou a II Guerra Mundial.
Muitos continuaram ao serviço mesmo depois de terminar a guerra, principalmente como avião de instrução, prolongando a sua vida operacional até 1939, altura em que rebentou a II Guerra Mundial.
A primeira versão do Avro 504 voava a 130 Km/h e estabeleceu
o recorde de altitude da época, subindo a 4.395 metros, utilizando um motor
Gnôme de 80 hp.
No início da I Guerra Mundial foram utilizados em missões de
reconhecimento e bombardeamento ligeiro, sendo a sua façanha mais conhecida a
destruição dos hangares dos dirigíveis Zeppelin em Friedrichshafen, em 21 de
Novembro de 1914.
O primeiro a vião a ser abatido em combate foi um Avro 504, em 22 de Agosto de 1914.
O primeiro a vião a ser abatido em combate foi um Avro 504, em 22 de Agosto de 1914.
Entre 1913 e 1917 foram construídos nas versões 504, 504 A,
B, C, D, E, J e K.
Em 1918, eram os Avro 504 K que equipavam as seis esquadras de defesa aérea da zona Norte de Londres. Terminada a guerra, 226 Avro 504 K mantiveram-se ao serviço como caças, aos quais se juntavam 2.267 aviões das diferentes versões, empenhados em diversos serviços, especialmente nas escolas de voo.
Em 1918, eram os Avro 504 K que equipavam as seis esquadras de defesa aérea da zona Norte de Londres. Terminada a guerra, 226 Avro 504 K mantiveram-se ao serviço como caças, aos quais se juntavam 2.267 aviões das diferentes versões, empenhados em diversos serviços, especialmente nas escolas de voo.
Em 31 de Outubro de 1918, a recém-nascida Royal Air Force (RAF)
dispunha de cerca de 2.500 Avro 504, muitos deles na versão 504 K, convertidos
em bi-lugares de instrução.
Nos anos vinte alguns dos Avro 504 foram equipados com
motores Renault de 8 cilindros em V, de 120 hp, recebendo a designação de Avro
548 A.
Setenta e cinco anos depois do primeiro voo, um dos Avro
504 da I Guerra Mundial, pertencente à Colecção Shuttleworth, ainda se
apresentava a voar, em 1990, participando em festivais aéreos.
Percurso em Portugal:
- Aeronáutica
Militar
Decorria o ano de 1923
quando a Aeronáutica Militar (A.M.) decidiu remodelar a frota de instrução de
pilotagem. Depois de efectuarem a comparação entre o avião Caudron C-59 - do
qual se adquiriu um exemplar - e o Avro
504, foi dada preferência a este último. Foram encomendados em 10 de Novembro
de 1923 e recebidos em 20 de Maio de 1924, 30 aviões Avro 504 K usados,
revistos pela Aircraft Disposal Company, também conhecida pela sigla Airdisco.
A maior parte dos Avro 504 K
foram utilizados na instrução de pilotos, colocados na Escola Militar de
Aviação (EMA), em Sintra, e que a partir de 1928 tomou a designação de Escola
Militar de Aeronáutica (EMA), onde se mantiveram até 1937. Três destes aviões
foram concedidos, em 1925, à Aviação Naval.
Em 1930, o Inspector da Arma
de Aeronáutica, Tenente-Coronel Cyfka Duarte, reconhecendo a falta de um campo
de aviação no Arquipélago dos Açores, fez-se transportar de navio até à Ilha
Terceira, levando um Avro 504 K.
Improvisaram um campo de aterragem na Achada, que foi solenemente inaugurado como Campo de Aviação da Achada no dia 4 de Outubro de 1930, sendo na mesma altura o avião baptizado de «Açor». Foi-lhe pintado nos lados da fuselagem, o nome e um açor estilizado, a preto. O frágil Avro 504 K «Açor», foi assim o precursor da Aviação Militar na Ilha Terceira.
Improvisaram um campo de aterragem na Achada, que foi solenemente inaugurado como Campo de Aviação da Achada no dia 4 de Outubro de 1930, sendo na mesma altura o avião baptizado de «Açor». Foi-lhe pintado nos lados da fuselagem, o nome e um açor estilizado, a preto. O frágil Avro 504 K «Açor», foi assim o precursor da Aviação Militar na Ilha Terceira.
Com a fuselagem e as asas
pintadas de alumínio e toda a secção do motor a preto, os Avro 504 K
apresentavam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco, nos extremos exteriores
das asas superiores e inferiores e a bandeira nacional, com escudo, cobrindo
todo o leme de direcção. Lateralmente, na fuselagem, uma faixa em diagonal
reflectindo a cor da esquadrilha, com o número de matrícula sobreposto. A
Escola Militar de Aeronáutica de Sintra adoptou a cor azul.
- Aviação
Naval
Os três Avro 504 K cedidos
pela A.M. à Marinha de Guerra em 1925, foram os primeiros aviões terrestres da
Aviação Naval.
Operando a partir do Aeródromo de Alverca, foram utilizados para treino de acrobacia dos pilotos do Centro de Aviação Naval de Lisboa. Receberam os números 29 a 31 da A.N.
Pintados e ostentando as insígnias nacionais como os seus pares da A.M., apresentavam os números de matrícula a preto em ambos os lados da fuselagem. Foram retirados do serviço em 1933.
Operando a partir do Aeródromo de Alverca, foram utilizados para treino de acrobacia dos pilotos do Centro de Aviação Naval de Lisboa. Receberam os números 29 a 31 da A.N.
Pintados e ostentando as insígnias nacionais como os seus pares da A.M., apresentavam os números de matrícula a preto em ambos os lados da fuselagem. Foram retirados do serviço em 1933.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino
Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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