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DORNIER Do J Wal
Quantidade:
1
Utilizador:
Aeronáutica Militar
Entrada
ao serviço: 11 de Janeiro de 1927
Data
de abate: 7 de Junho de 1927
Dados Técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Hidroavião de casco, com flutuadores
integrados na fuselagem, com a forma de asas curtas, bimotor com motores em
tandem, mono-plano de asa alta destacada (pára-sol), fuselagem de revestimento
metálico e asas revestidas a tela. Cabina de pilotagem descoberta, três postos
de metralhadoras (um no nariz e dois no dorso) também descobertos, cabina para
passageiros fechada, destinado a missões de reconhecimento e bombardeamento ou,
na versão civil, a transporte de carga e passageiros. Tripulação: 3 a 4
elementos.
b.
Construtor
Construzioni
Meccaniche Aeronautiche, S.A. (C.M.A.S.A.) / Itália.
Sob
licença: Construcciones Aeronáuticas, S.A. (CASA) / Espanha;
Netherlands Aviolanda /
Holanda
c.
Motopropulsor
Motor:
2 motores Lorraine-Dietrich 16G,
de 12 cilindros em V, arrefecidos por líquido, de 450 hp.
Hélice:
de madeira, de quatro pás, de passo fixo, um tractor e outro propulsor.
d.
Dimensões
Envergadura
……………22,50 m
Comprimento
…………..17,25 m
Altura
………………..……4,90 m
Área
alar ………………..96,20 m²
e.
Pesos
Peso
vazio ………. ….……2.250 kg
Peso
máximo…………......5.600 kg
f.
Performances
Velocidade
máxima…….…195 km/h
Velocidade
de cruzeiro……165 km/h
Tecto
de serviço…….…....4.500 m
Raio
de acção …………...2.400 Km
g.
Armamento
Uma
metralhadora móvel no posto no nariz e em cada um dos postos dorsais;
Bombas
transportadas no interior dos flutuadores de estabilidade.
h.
Capacidade de
transporte
8 a 10 passageiros, ou o peso equivalente em carga.
Quando Claudius Dornier
conseguiu terminar o projecto do hidroavião Dornier G I, já a Alemanha estava a
sofrer as consequências da derrota na I Guerra Mundial (1914-1918). O
protótipo, inicialmente destinado a uso militar e depois adaptado a transporte
civil, realizou o primeiro voo em 1919, com excelentes provas.
Tratava-se de um hidroavião
de razoáveis dimensões, uma aeronave avançada para a época.
Por força do Tratado de Versailles a indústria aeronáutica alemã ficou limitada à construção de aviões ligeiros de turismo. Confrontado com esta imposição, o engenheiro Dornier afundou o protótipo G I e destruiu os protótipos, ainda não terminados, dos G II, versão aperfeiçoada do G I, para que não caíssem nas mãos dos Aliados. Reuniu uma dezena de engenheiros, que continuaram o estudo dos projectos interrompidos, em forma de “trabalhos de casa”.
Foi assim que se desenvolveu o projecto do Dornier Do J Wal. Para a sua construção foram recuperadas umas velhas oficinas em Marina de Pizza, Itália, e constituída a CMASA - Construzioni Meccaniche Aeronautiche, S.A.
Por força do Tratado de Versailles a indústria aeronáutica alemã ficou limitada à construção de aviões ligeiros de turismo. Confrontado com esta imposição, o engenheiro Dornier afundou o protótipo G I e destruiu os protótipos, ainda não terminados, dos G II, versão aperfeiçoada do G I, para que não caíssem nas mãos dos Aliados. Reuniu uma dezena de engenheiros, que continuaram o estudo dos projectos interrompidos, em forma de “trabalhos de casa”.
Foi assim que se desenvolveu o projecto do Dornier Do J Wal. Para a sua construção foram recuperadas umas velhas oficinas em Marina de Pizza, Itália, e constituída a CMASA - Construzioni Meccaniche Aeronautiche, S.A.
O primeiro exemplar voou
pela primeira vez em 6 de Novembro de 1922, com dois motores Hispano-Suiza de
300hp cada, fabricados em Itália.
Os Do J Wal que se seguiram utilizaram motores Rolls-Royce Eagle IX de 360hp, Napier Lion de 450hp e Lorraine de 450hp, entre outros. Divulgadas as suas características e performances, rapidamente o Brasil, Colômbia, Alemanha e Itália fizeram encomendas na versão civil, para além de Espanha, mais interessada na versão militar.
Os Do J Wal que se seguiram utilizaram motores Rolls-Royce Eagle IX de 360hp, Napier Lion de 450hp e Lorraine de 450hp, entre outros. Divulgadas as suas características e performances, rapidamente o Brasil, Colômbia, Alemanha e Itália fizeram encomendas na versão civil, para além de Espanha, mais interessada na versão militar.
A Deutsche Lufthansa
utilizou os Do J Wal na rota postal entre a Europa e a América do Sul de forma
muito original, reabastecendo os aviões a partir de navios devidamente
posicionados ao longo da rota.
Os Dornier Do J Wal
realizaram 328 travessias do Atlântico Sul ao serviço da DHL, a conhecida
transportadora de encomendas postais.
Em 1928 a empresa espanhola CASA foi autorizada a construir este avião e, pouco depois, a Netherlands Aviolanda recebeu igual autorização.
Até 1933, a Marinha de Guerra Alemã (Reichsmarine), utilizou diversas versões do Wal no treino de pessoal, sob o disfarce da companhia Severa G.m.b.H., clandestinamente financiada pelo Governo Alemão.
A fase inicial do programa de construção dos primeiros Do J Wal fabricados na Alemanha ficou completada em meados de 1934, com a construção de 16 aviões da versão militar Wal 33, com a designação actualizada para Dornier Do-15, que foram entregues à Luftwaffe.
Em 1928 a empresa espanhola CASA foi autorizada a construir este avião e, pouco depois, a Netherlands Aviolanda recebeu igual autorização.
Até 1933, a Marinha de Guerra Alemã (Reichsmarine), utilizou diversas versões do Wal no treino de pessoal, sob o disfarce da companhia Severa G.m.b.H., clandestinamente financiada pelo Governo Alemão.
A fase inicial do programa de construção dos primeiros Do J Wal fabricados na Alemanha ficou completada em meados de 1934, com a construção de 16 aviões da versão militar Wal 33, com a designação actualizada para Dornier Do-15, que foram entregues à Luftwaffe.
Os Do J Wal foram utilizados
durante a Guerra Civil de Espanha, desempenhando diversas tarefas,
principalmente missões de vigilância marítima. Durante a II Guerra Mundial, a
Alemanha utilizou os Do-15 em missões de reconhecimento marítimo a longa
distância.
Percurso em Portugal:
Em 1927 a Aeronáutica
Militar (AM) adquiriu um Dornier Do J Wal à CMASA, que viria a ser o único
hidroavião desta Arma.
A aquisição teve em vista a realização da Primeira
Travessia Aérea Nocturna do Atlântico Sul, um empreendimento que inicialmente
envolveu aviadores da Aviação Naval (A.N.) e AM.
O mentor do projecto foi o major piloto aviador da Aeronáutica Militar Sarmento de Beires, que, juntamente com o capitão navegador Jorge de Castilho e o alferes mecânico / 2º piloto Manuel Gouveia, completaram esta Travessia, concluída em 10 de Abril de 1927.
No dia 7 de Junho de 1927, depois de iniciada a viagem de regresso a Lisboa, um rombo numa asa e a fractura de um dos flutuadores provocaram a perda do «Argos»
O mentor do projecto foi o major piloto aviador da Aeronáutica Militar Sarmento de Beires, que, juntamente com o capitão navegador Jorge de Castilho e o alferes mecânico / 2º piloto Manuel Gouveia, completaram esta Travessia, concluída em 10 de Abril de 1927.
No dia 7 de Junho de 1927, depois de iniciada a viagem de regresso a Lisboa, um rombo numa asa e a fractura de um dos flutuadores provocaram a perda do «Argos»
Não se dispõe de elementos
fiáveis sobre a pintura do «Argos». As fotos da época mostram que ostentavam
nas asas a Cruz de Cristo sobre círculo branco, a bandeira nacional, com
escudo, no leme de direcção, bem como o nome de baptismo - «Argos» - em letras
brancas nos lados da secção do nariz.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo
Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no
Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000; Autor do Blog.
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