C. A. M. S. 37A
Quantidade: 8
Utilizador: Aviação Naval
Entrada ao serviço: Outubro de 1927
Data de abate: 1935
Dados Técnicos:
a. Tipo de Aeronave
Hidroavião de casco, ou anfíbio de trem de aterragem convencional retráctil, monomotor, hélice propulsor, biplano com o plano inferior ao nível superior da fuselagem, revestimento misto (contraplacado e tela), cabinas descobertas, destinado a missões de reconhecimento marítimo e bombardeamento. O motor encontrava-se ligado à parte inferior da asa superior. Tripulação: 3 elementos.
b. Construtor
C.A.M.S. - Chartiers Aero-Maritimes de la Seine / França.
c. Motopropulsor
Motor: 1 Hispano-Suiza 50-12Gb, de 12 cilindros em V arrefecidos por líquido, de 450 hp.
Hélice: de madeira, de duas pás, de passo fixo, propulsor.
d. Dimensões
Envergadura ……………14,50 m
Comprimento ……….….10,70 m
Altura ………………..……4,50 m
Área alar ………………..69,80 m²
e. Pesos
Peso vazio ………. .………2.172 kg
Peso máximo…………......3.084 kg
f. Performances
Velocidade máxima………175 km/h
Velocidade de cruzeiro…desconhecido
Tecto de serviço………..3.350 m
Raio de acção ………….1.100 Km
Autonomia ………...……..6H30
g. Armamento
4 metralhadoras móveis Lewis de 7,7 mm (2 no nariz e 2 no posto dorsal);
4 bombas de 75 Kg.
h. Capacidade de transporte
Desconhecido.
Resumo histórico:
Os C.A.M.S. 37 eram pequenos hidroaviões facilmente transportados nos navios de guerra, aos quais forneciam apoio, executando missões de reconhecimento ou bombardeamento. Os três protótipos inicialmente construídos iniciaram os voos em 1926.
Os C.A.M.S. 37A, que podiam ser construídos como aviões anfíbios, foram muito utilizados pela Marinha Francesa.
Um hidroavião C.A.M.S. 37C, especialmente adaptado para voos de longa distância, contornou, entre 12 de Outubro de 1926 e 9 de Março de 1927, o Continente Africano, cobrindo cerca de 22.600 Km em 38 etapas, sem quaisquer acidentes ou percalços mecânicos.
Construíram-se também algumas variantes para uso civil, sendo muito apreciados na época.
Percurso em Portugal:
A Aviação Naval (A.N.) recebeu oito C.A.M.S. 37A em Outubro de 1927. Um destes era anfíbio, com o trem de aterragem recolhendo sob as asas inferiores. Foram colocados no Centro de Aviação Naval (CAN) do Bom Sucesso, em Lisboa.
Em 1935, pelo menos um C.A.M.S. 37A estava colocado no CAN de Aveiro, S. Jacinto.
A A.N. atribuiu-lhes os números de matrícula de 38 a 45. Do seu desempenho, é de referir que quatro C.A.M.S. 37A tomaram parte numa operação contra revolucionários na Ilha da Madeira, ocorrida em Abril e Maio de 1931, operando a partir da Ilha de Porto Santo.
Estavam inteiramente pintados em cinzento-mar, com a Cruz de Cristo, sem círculo branco, pintada no intradorso das asas inferiores e no extra-dorso das asas superiores. A bandeira nacional, com escudo, em ambas as faces do leme de direcção, a toda a altura. As matrículas estavam pintadas nos lados da fuselagem, na zona da cabina de pilotagem, em grandes algarismos pretos.
Foram os únicos aviões da A.N. a apresentar uma faixa diagonal na fuselagem. Não é clara a finalidade, pois que apresentavam cores diferentes, embora todos pertencessem ao CAN do Bom Sucesso.
Sabe-se que o C.A.M.S. 37A número 45 tinha a faixa em vermelho e branco, enquanto a faixa do número 40 era branca, com o algarismo “3” sobreposto. Foram retirados do serviço em 1935.
Sabe-se que o C.A.M.S. 37A número 45 tinha a faixa em vermelho e branco, enquanto a faixa do número 40 era branca, com o algarismo “3” sobreposto. Foram retirados do serviço em 1935.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Airwar.ru;
Imagem 2: Cortesia de Airwar.ru;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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