CONSOLIDATED FLEET
Quantidades: F-10B: 8
F-10G: 8
F-16D: 15
Utilizador: Aviação Naval
Entrada ao serviço: 1933
Data de abate: 1952
Dados Técnicos:
a. Tipo de Aeronave
Avião monomotor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, com patim de cauda, ou hidroavião de flutuadores, biplano, revestido a tela, bilugar de cabinas descobertas, destinado à instrução de pilotos. Tripulação: 2 (piloto- instrutor e instruendo).
b. Construtor
Consolidated Aircraft Corp. / USA;
Fleet Aircraft Incorp. / Canadá.
c. Motopropulsor
Motor: Fleet 10B: Kinner B-5, de 5 cilindros radiais arrefecidos por ar, de 125 hp;
Fleet 10G: De Havilland Gipsy Major I, de 4 cilindros invertidos, em linha, arrefecidos por ar , de 130 hp;
Fleet 11: Kinner R-5, de 5 cilindros radiais arrefecidos por ar, de 160 hp.
Hélice: Em madeira, de duas pás, de passo fixo.
d. Dimensões
Envergadura …………. 8,53 m
Comprimento ……….…7,29 m
Altura (rodas)………...2,50 m
(flutuadores) …3,50 m
Área alar ………….…. 18,02 m²
e. Pesos
Peso vazio (rodas) ……..…….. 530 kg
(flutuadores)………640 kg
Peso máximo (rodas) ……. ..… 780 kg
(flutuadores)…..990 kg
f. Performances
Velocidade máxima …………………. 185 Km/h
Velocidade de cruzeiro ……………… 160 Km/h
Tecto de serviço ……………………. 5.450 m
Raio de acção …………………….…... 460 Km
g. Armamento
Nenhum.
h. Capacidade de transporte
Entre 1923 e 1924 a Consolidated produziu mais de 500 exemplares dos pequenos biplanos de instrução e desporto, Husky e Trusty.
Em 1928 dedicou-se à construção de aeronaves pesadas, transferindo parte da produção e comercialização para a subsidiária canadiana Fleet Aircraft Incorp., o que motivou a alteração da designação dos aviões ligeiros para Fleet.
Em 1932, a Fleet começou a produzir três modelos similares, cuja única diferença residia nos motores: Os Fleet F-5 utilizavam motores radiais Kinner K-5, os Fleet F-10 usavam motores Kinner B-5 e os Fleet F-11 motores Kinner R-5. Estes biplanos, que podiam ser utilizados nas versões terrestre, com rodas, ou hidroavião de flutuadores, foram muito utilizados nos Estados Unidos na instrução de pilotos.
O modelo Fleet F-10G, equipado com motor De Havilland Gipsy Major I, foi especialmente construído para Portugal e Roménia.
Em 1928 dedicou-se à construção de aeronaves pesadas, transferindo parte da produção e comercialização para a subsidiária canadiana Fleet Aircraft Incorp., o que motivou a alteração da designação dos aviões ligeiros para Fleet.
Em 1932, a Fleet começou a produzir três modelos similares, cuja única diferença residia nos motores: Os Fleet F-5 utilizavam motores radiais Kinner K-5, os Fleet F-10 usavam motores Kinner B-5 e os Fleet F-11 motores Kinner R-5. Estes biplanos, que podiam ser utilizados nas versões terrestre, com rodas, ou hidroavião de flutuadores, foram muito utilizados nos Estados Unidos na instrução de pilotos.
O modelo Fleet F-10G, equipado com motor De Havilland Gipsy Major I, foi especialmente construído para Portugal e Roménia.
Percurso em Portugal:
A Aviação Naval (A.N.) adquiriu em 1933 cinco aviões Fleet F-10B, equipados com motores radiais Kinner B-5, de 125 hp, aos quais se juntaram, pouco depois, mais cinco Fleet F-10G, estes equipados com motores de cilindros em linha Gipsy Major, de 130 hp, construídos nos Estados Unidos pela Consolidated Aircraft Corp.
Todas estas aeronaves, independentemente do modelo, podiam ser operadas indistintamente como aviões terrestres ou hidroaviões, com a aplicação de trem de rodas ou flutuadores. Os lemes de direcção eram ligeiramente diferentes: os dos hidroaviões eram arredondados e prolongavam-se um pouco para baixo da fuselagem, enquanto que os dos aviões terrestres tinham um aspecto triangular e não ultrapassavam o nível inferior da fuselagem.
Os Fleet F-10B com os números de construtor de 463 a 467 foram matriculados na A.N. com os números 61 a 65, e os Fleet F-10G, cujos números de construtor se desconhecem, receberam os números de 66 a 70.
Em 1937, a A.N. recebeu mais três aviões Fleet F-10B e três F-10G, construídos no Canadá com os números de construção 92 a 97. A A.N. atribuiu aos Fleet F-10G a numeração de 79 A 81 e aos Fleet F-10B, de 82 a 84.
Em 1941, adquiriram-se à Fleet Aircraft canadiana dez aviões da variante Fleet F-16D, com motores radiais Kinner R-5 de 160 hp. Recebidos em Maio de 1941, foram matriculados com os números 109 a 118.
Em Fevereiro de 1942, a A.N. recebeu mais cinco Fleet F-16D, também de origem canadiana, aos quais atribuiu a numeração de 131 a 135.
Alguns investigadores referem que os Fleet F-16D que a A.N. recebeu em 1941 e 1942 eram do modelo F-11, com motor Kinner R-5 de 160 hp, o que outros contestam, afirmando que os Fleet F-11 nunca foram construídos na fábrica canadiana, mas unicamente nos Estados Unidos, pela Consolidated, acrescentando que os Fleet F-16D eram a versão canadiana dos F-11.
Em Fevereiro de 1942, a A.N. recebeu mais cinco Fleet F-16D, também de origem canadiana, aos quais atribuiu a numeração de 131 a 135.
Alguns investigadores referem que os Fleet F-16D que a A.N. recebeu em 1941 e 1942 eram do modelo F-11, com motor Kinner R-5 de 160 hp, o que outros contestam, afirmando que os Fleet F-11 nunca foram construídos na fábrica canadiana, mas unicamente nos Estados Unidos, pela Consolidated, acrescentando que os Fleet F-16D eram a versão canadiana dos F-11.
A A.N. utilizou os Fleet na instrução e treino de pilotos. O Centro de Aviação Naval (CAN) do Bom Sucesso, em Lisboa, utilizou-os com flutuadores, enquanto que o CAN de S. Jacinto, em Aveiro, utilizou-os com rodas e flutuadores. Entre 1942 e 1946, dois Fleet F-16D com flutuadores foram colocados no CAN de Ponta Delgada, nos Açores.
Os Fleet estavam pintados inteiramente em alumínio, ostentando a Cruz de Cristo, sem círculo branco, nas faces exteriores das asas. As cores nacionais, com escudo, cobriam a totalidade do leme de direcção. O escudo, nem sempre presente, aparece colocado em posições diferentes. Nos hidroaviões F-10G aparece colocado numa posição ligeiramente subida, a um quarto da altura total do leme, enquanto que nos outros modelos está colocado no centro do leme. Os aviões que operavam com trem de aterragem de rodas, independentemente dos modelos, não apresentavam o escudo. Em contrapartida, eram estes os únicos que apresentavam uma pequena âncora preta, pintada nos lados do estabilizador vertical.
Os números de matrícula, em pequenos algarismos pretos, encontravam-se nos lados da fuselagem, sob os estabilizadores horizontais. Os aviões colocados em S. Jacinto apresentavam nos lados da fuselagem o característico distintivo da Unidade, a andorinha preta.
Existem fotografias de Fleet com uma âncora alada pintada na fuselagem. Segundo um aviador que voou estas aeronaves, o único distintivo adoptado oficialmente na A.N. foi a andorinha de S. Jacinto. Os outros apareceram pontualmente, pelo que é provável que sejam destituídos de significado histórico.
Os Fleet foram retirados de serviço em 1952.
Os Fleet foram retirados de serviço em 1952.
Fontes:
Fotos: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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