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HAWKER FURY MkI
Quantidade: 3
Utilizador: Aeronáutica Militar
Entrada ao serviço: 1934
Data de abate: 1943
Dados técnicos:
a. Tipo de Aeronave
Avião mono-motor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, com patim de cauda, biplano, revestimento misto (fuselagem metálica e asas revestidas a tela), monolugar de cabina descoberta, destinado a missões de caça. Tripulação: 1 (piloto).
b. Construtor
Hawker Aircraft Ltd. / Grã-Bretanha;
General Aircraft / Grã-Bretanha.
c. Motopropulsor
Motor: 1 motor Rolls-Royce Kestrell IIS, de 12 cilindros em V, arrefecidos por líquido, de 515 hp.
Hélice: Em madeira, de duas pás, de passo fixo.
d. Dimensões
Comprimento …..…….…8,12 m
Altura………….…...……..3,10 m
Área alar ………...……..23,28 m²
e. Pesos
Peso vazio…………...........….......1.194 kg
Peso máximo à descolagem........1.608 kg
f. Performances
Velocidade máxima …………...322 Km/h
Velocidade de cruzeiro …….…192 Km/h
Tecto de serviço …………..…7.950 m
Raio de acção ……………….…550 Km
g. Armamento
Duas metralhadoras Vickers de calibre 7,62 mm fixas,
sincronizadas com o hélice.
h. Capacidade de transporte
Nenhuma.
Resumo histórico:
O Hawker Fury foi um dos caças mais rápidos, potente, manobrável e elegante dos anos trinta, representando um sucesso da tecnologia, em parte devido à aplicação do motor de 12 cilindros em V.
O modelo Hawker Fury descende directamente do Hawker Hart, outro excelente avião de combate que, em 1928, revolucionou por completo o conceito dos aviões bombardeiros.
O engenheiro Sydney Camm não teve dificuldade em repetir meticulosamente a fórmula aerodinâmica, a fuselagem totalmente metálica, e em utilizar o mesmo tipo de motor do Hart na concepção do Fury, produzindo um magnífico avião de caça.
O engenheiro Sydney Camm não teve dificuldade em repetir meticulosamente a fórmula aerodinâmica, a fuselagem totalmente metálica, e em utilizar o mesmo tipo de motor do Hart na concepção do Fury, produzindo um magnífico avião de caça.
O protótipo do Hawker Fury voou pela primeira vez em 26 de Março de 1929. As suas performances impressionaram especialmente pela velocidade, razão de subida e maneabilidade. A produção iniciou-se imediatamente e a primeira unidade da Royal Air Force (RAF) a receber estes aviões foi a Esquadra 43, em Maio de 1931. Até 1935 construíram-se 118 Hawker Fury da versão MkI.
Construíram-se duas variantes específicas do Hawker Fury MkI: Uma para a Força Aérea Norueguesa, com motor Armstrong-Siddeley Panther IIIA, de cilindros radiais. Outra para a Força Aérea Persa, com motor Bristol Mercury, também de cilindros radiais.
O Hawker Fury teve uma nova fase da sua vida em 1936, quando a Hawker completou a segunda versão, a Hawker Fury MkII, com uma velocidade que excedia a do modelo anterior em mais de 50 Km/h, tornando-se, na época, mais rápido que qualquer outro interceptor da RAF. Este novo sucesso residia na utilização do motor Rolls-Royce Kestrell de 640 hp. O voo inaugural do protótipo demonstrou um aumento de 8% na velocidade e de 34% na razão de subida.
A Hawker construiu 23 aviões desta versão e a General Aircraft construiu 75. Os Hawker Fury MkII mantiveram-se na primeira linha até 1939, altura em que foram substituídos pelos famosos Hawker Hurricane.
A Hawker construiu 23 aviões desta versão e a General Aircraft construiu 75. Os Hawker Fury MkII mantiveram-se na primeira linha até 1939, altura em que foram substituídos pelos famosos Hawker Hurricane.
Percurso em Portugal:
Para colmatar a falta de aviões de caça no início dos anos trinta, missão então simbolicamente desempenhada pelos aviões de treino avançado Morane-Saulnier MS-133 e MS-233, a Aeronáutica Militar (A.M.) encomendou à Hawker, em Novembro de 1933, três Hawker Fury MkI, que começaram os voos de ensaio em 28 de Maio de 1934 e chegaram a Portugal durante o mês de Junho do mesmo ano.
A A.M. atribuiu-lhes a numeração de 50 a 52. Devido à remodelação do sistema de matrículas de 1938, passaram a ser numerados de 401 a 403. Foram entregues ao Grupo Independente de Aviação de Protecção e Combate (GIAPC), em Tancos, que assim passou, na época, a operar os aviões mais velozes da Península Ibérica.
Os Hawker Fury da A.M. terminaram a sua vida operacional em 1943.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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