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HUNTING JET PROVOST T Mk-2
Quantidade:
1
Utilizador:
Força Aérea
Entrada
ao serviço: Outubro de 1959
Data
de abate: 1959
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Avião
mono-reactor terrestre, de trem de aterragem triciclo retráctil, mono-plano de
asa baixa, revestimento metálico, bilugar lado-a-lado em cabina transparente
fechada, concebido para instrução básica de pilotagem.
Tripulação:
2 (piloto-instrutor e aluno).
b.
Construtor
Hunting Percival Aircraft Ltd.
/ Grã-Bretanha.
c.
Motopropulsor
Motor:
1 motor turborreactor Bristol-Siddeley Viper 11, de 1.135 Kgf de impulsão.
d.
Dimensões
Envergadura........................11,25
m
Comprimento…....................9,88
m
Altura………….…..................3,10
m
Área
alar.........................…..19,85 m²
e.
Pesos
Peso
vazio………...desconhecido
Peso
máximo....................3.588 Kg
f.
Performances
Velocidade
máxima …….....550 Km/h
Velocidade
de cruzeiro...desconhecida
Tecto
de serviço …………6.610 m
Raio
de acção…………....…530 Km
g.
Armamento
Sem
armamento.
h.
Capacidade de transporte
Nenhuma.
Resumo histórico:
Nos primeiros anos da década de cinquenta do Século XX, a Royal
Air Force (RAF) começou a substituir os aviões de instrução básica com motores
convencionais por modernos aviões propulsionados por motores de reacção.
É neste cenário que aparecem o De Havilland DH
Vampire T-11 e o Hunting Jet Provost. A Hunting apresentou o projecto de um
avião monorreactor de asa baixa, com dois postos de pilotagem, lado-a-lado,
designado por Jet Provost.
Em 1953, a RAF encomendou nove exemplares para
testes. O protótipo, XD674, voou pela primeira vez no dia 16 de Junho de 1954.
Os oito restantes receberam a designação de Jet Provost T Mk-I.
Em breve foram encomendados mais Jet Provost T
Mk-1. Foram entregues à Central Flying School da RAF em meados de 1955, onde
foram utilizados na formação de pilotos e na equipa acrobática que se
apresentou em Farnborough em 1958 e 1959.
O primeiro curso de pilotagem ministrado em Jet
Provost foi um sucesso, com o primeiro aluno-piloto a fazer o primeiro voo solo
no dia 17 de Outubro de 1955, ao fim de 8 horas de voo acompanhado do
instrutor. Ficou então demonstrado que os alunos-pilotos que recebiam instrução
em aviões de reacção, não necessitavam de mais horas de instrução que aqueles
que utilizavam aviões com motores convencionais.
Pouco tempo depois surgiu o protótipo da versão
Jet Provost T Mk-2.
A experiência obtida pelo seu desempenho nas escolas conduziu à versão Jet Provost T Mk-3, que foi encomendada para produção de série e equipou muitas escolas de voo da RAF. O primeiro voo de um T Mk-3 teve lugar em 22 de Junho de 1958. Diferenciava-se dos anteriores modelos pelo motor mais potente, depósitos de combustível nas pontas das asas, trem de aterragem mais robusto e mais baixo, novo desenho da cobertura da cabina e cadeiras ejectáveis. Foram entregues 201 exemplares.
Em Julho de 1960 voou o protótipo da versão Jet
Provost T Mk-4, com motor ainda mais potente. Foram construídos 185 exemplares,
que substituiram os T Mk-3.
Em 1964 a Hunting foi absorvida pela British Aircraft Corporation (BAC), mais tarde British Aerospace (BAe). Nesse ano, uma nova versão designada por Jet Provost H-145 passou para BAC-145, que a RAF designou por Jet Provost T Mk-5, de cabina pressurizada para voos a grande altitude e que começou a ser entregue em 1969.
As exportações dos Jet Provost foram um
insucesso, não ultrapassando as 65 unidades, distribuídas pelo Iraque, Singapura,
Sri lanka, Sudão e Venezuela.
Em 26 de Outubro de 1967 voou o protótipo do
BAC-167, com estrutura reforçada, asas reforçadas com suportes para armamento e
duas metralhadoras de 12,7 mm colocadas no nariz.
Com estas alterações para combate, introduzidas
num modelo baseado no Jet Provost T Mk-5, nasceu um novo avião de apoio táctico,
designado BAC-167 Strikemaster, que obteve maior sucesso comercial que o seu
antecessor.
Percurso em Portugal:
Em Outubro de 1959 esteve na Base Aérea N° 1
(BA1), Sintra, um avião Hunting Jet Provost T Mk-2, com a finalidade de ser
avaliado para substituir os T-6 Texan na instrução básica de pilotagem.
Poucos dias depois da sua chegada a Portugal fez uma aterragem com o trem de aterragem recolhido, ficando ligeiramente danificado. A Força Aérea Portuguesa (FAP) considerou que não satisfazia os requisitos e foi devolvido ao fabricante.
Poucos dias depois da sua chegada a Portugal fez uma aterragem com o trem de aterragem recolhido, ficando ligeiramente danificado. A Força Aérea Portuguesa (FAP) considerou que não satisfazia os requisitos e foi devolvido ao fabricante.
A FAP matriculou-o provisoriamente com o número
5803, na continuação da numeração atribuída aos dois DH Vampire existentes.
O Jet Provost estava pintado de branco, com o
nariz e secção da cauda – não o conjunto estabilizador da cauda – em dayglo.
Ostentava a Cruz de Cristo, sobre círculo branco, no extradorso da asa
esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados da fuselagem. As cores nacionais,
sem escudo, estavam colocadas dentro de um rectângulo nos lados do
estabilizador vertical. O número de matrícula encontrava-se a preto em ambos os lados das asas,
alternando com a insígnia e também sobre os rectângulos com as cores nacionais
no estabilizador vertical.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo
Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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