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MAX - HOLSTE M.H. 1521 BROUSSARD
Quantidade:
4
Utilizador:
Força Aérea
Entrada
ao serviço: Março de 1961.
Data
de abate: 1976
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Avião
mono-motor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, com roda de cauda,
asa alta, duplo estabilizador vertical, revestimento metálico, cabina integrada
na fuselagem, destinado a missões de transporte de ligação. Tripulação:
1 (piloto).
b.
Construtor
Max-Holste
/ França.
c.
Motopropulsor
Motor:
1 motor Pratt & Whitney R-985-AN1 Wasp, de 9 cilindros radiais arrefecidos
por ar, de 450 hp.
Hélice: metálico, de duas pás, de passo variável.
d.
Dimensões
Comprimento…........................8,60
m
Área
alar........................ …...25,15 m²
e.
Pesos
Peso
vazio…………….......…1.530 Kg
Peso
máximo .....................2.700 Kg
f.
Performances
Velocidade
máxima ……....….270 Km/h
Velocidade
de cruzeiro...........243 Km/h
Tecto
de serviço ………......5.500 m
Raio
de acção……………....1.200 Km
g.
Armamento
Sem
armamento.
h.
Capacidade de transporte
5
passageiros ou peso equivalente em carga.
Resumo histórico:
O Max-Holste M.H. 1521 Broussard era um avião
ligeiro de transporte utilitário, cujo protótipo realizou o primeiro voo em 17
de Novembro de 1952.
Os franceses utilizaram os Broussard na luta
contra os guerrilheiros argelinos, inclusive utilizando um canhão móvel que
disparava através da porta traseira, situada no lado esquerdo.
Relatos da época referem o M.H. 1521 Broussard
como um avião muito frágil e vulnerável ao fogo das armas ligeiras.
Percurso em Portugal:
A necessidade de adquirir aviões de transporte
ligeiro com capacidade para operar em pistas rudimentares e de pequenas
dimensões, levou a Força Aérea Portuguesa (FAP), em 1960, a encomendar cinco
aviões Max-Holste M.H. 1521 Broussard, destinando quatro para operações e um
para fornecer peças sobressalentes aos restantes.
Foram recebidos em Março e Abril de 1961. Foram
atribuídas as matrículas de 3301 a 3304, a que correspondiam o número de
construtor de 51C a 54C, respectivamente. O quinto avião não foi matriculado.
Seguiram de imediato para Angola, ficando
colocados na Base Aérea N° 9 (BA9), Luanda, onde iniciaram uma actuação que se pode
considerar desastrosa. Ainda o ano de 1961 não tinha terminado e já a frota
Broussard estava reduzida a uma unidade, devido a acidentes e aterragens
forçadas que provocaram danos.
O 3304 foi o único que se manteve intacto. Em
breve estava de regresso à Metrópole, colocado no Aeródromo-Base N° 1 (AB1), Lisboa,
integrado na Esquadra 82, onde executou missões de ligação.
Os aviões recuperados nas Oficinas Gerais de
Material Aeronáutico (OGMA) foram também integrados na Esquadra 82.
É provável que um dos Broussard tenha sido colocado na Base Aérea N° 1 (BA1), Sintra, onde teria sido usado em missões de fotografia aérea e lançamento de pára-quedistas civis.
É provável que um dos Broussard tenha sido colocado na Base Aérea N° 1 (BA1), Sintra, onde teria sido usado em missões de fotografia aérea e lançamento de pára-quedistas civis.
Certo é que o 3301 voltou a África, uma vez que no dia 12 de Outubro de 1963 ficou ligeiramente acidentado na Ilha de Uno, na Guiné. Mais tarde, em 22 de Janeiro de 1968, sofreu outro pequeno acidente no Aeroporto da Portela de Sacavém.
O 3303 sofreu igualmente um acidente ligeiro na
Portela, em 14 de Abril de 1967. Em 12 de Fevereiro de 1976, quando um piloto
civil fazia a adaptação ao avião, a fim de ser cedido ao Aero Clube de
Portugal, um acidente durante a rolagem provocou estragos significativos, pelo
que o avião não chegou a ser entregue ao Aero Clube.
Imagem 4 |
Os Max-Holste M.H. 1521 Broussard estavam
pintados em alumínio, com o dorso e os estabilizadores verticais em branco, com
uma faixa azul a meio e ao longo da fuselagem, formando um gancho na zona
posterior ao motor, fora de qualquer esquema de pintura da FAP. As pontas das
asas e o topo dos estabilizadores verticais estavam pintados a azul.
Ostentavam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco circunscrito por fino aro em azul, no extra-dorso da asas esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados da fuselagem. Os números de matrícula encontravam-se nas asas, alternando com a insígnia, a preto. As cores nacionais, sem escudo, estavam colocadas em forma rectangular nos lados exteriores dos estabilizadores verticais, sobre as quais se encontrava o número de matrícula em pequenos algarismos pretos.
Ostentavam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco circunscrito por fino aro em azul, no extra-dorso da asas esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados da fuselagem. Os números de matrícula encontravam-se nas asas, alternando com a insígnia, a preto. As cores nacionais, sem escudo, estavam colocadas em forma rectangular nos lados exteriores dos estabilizadores verticais, sobre as quais se encontrava o número de matrícula em pequenos algarismos pretos.
Ainda que o esquema de pintura descrito tenha
sido o usual, pelo menos o 3303 foi pintado num esquema invulgar e praticamente
desconhecido, em verde-azeitona, com o dorso em branco, conservando a insígnia
nas asas e na fuselagem em grandes dimensões. Os números da matrícula estavam
pintados a branco.
Os Broussard passaram despercebidos na sua curta
existência na FAP. Foram retirados do serviço em 1976. O Museu do Ar é detentor
dos números 3301, 3303 e 3304.
Fontes:
Imagem 1: FAP/AHFA - Força Aérea Portuguesa /
Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Imagens 3 e 4: © Carlos Pedro - Blog Altimagem;Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no
Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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