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01 abril 2014

Cabo Verde

República de Cabo Verde


Bandeira
Brasão de Armas





















Localização:
África, África Ocidental, África Subsariana.


Origem / Pequeno resumo histórico:
     A História refere que a descoberta de Cabo Verde se deu no Século XV, em 1460. A colonização portuguesa começou logo após a sua descoberta, sendo as ilhas de Santiago e Fogo as primeiras a serem povoadas.
     Para incentivar a colonização, a corte portuguesa estabeleceu uma carta de privilégio aos moradores de Santiago relativa ao comércio de escravos na Costa da Guiné.
     Na Ribeira Grande, ilha de Santiago, estabeleceu-se a primeira feitoria, que serviu ponto de escala para os navios portugueses e para o tráfego e comércio de escravos, que começava a crescer nessa época. Mais tarde, com a abolição da escravatura, o país começou a dar sinais de fragilidade e entrou em decadência, revelando uma economia pobre e de subsistência.
     A partir da década de 50 do Século XX começam a surgir os movimentos independentistas no continente africano. Cabo Verde vinculou-se à luta pela libertação da Guiné-Bissau.

     A posição estratégica das ilhas nas rotas que ligavam Portugal ao Brasil e ao resto da África contribuiu para o facto de serem utilizadas como entreposto comercial e de aprovisionamento.
     Abolido o tráfico de escravos em 1876, o interesse comercial do arquipélago para a metrópole portuguesa decresceu, só voltando a ter importância a partir da segunda metade do Século XX. No entanto, a partir de então já haviam sido criadas as condições para o Cabo Verde independente de hoje: europeus e africanos uniram-se numa simbiose, criando um povo de características próprias.
     A 19 de Dezembro de 1974, foi assinado um acordo entre o PAIGC - Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde e Portugal, instaurando-se um governo de transição em Cabo Verde, governo esse que preparou as eleições para uma Assembleia Nacional Popular.
     A 5 de Julho de 1975 Cabo Verde proclamou a sua independência, considerado na altura por muitos como um país inviável, devido às suas próprias fragilidades.
     Em 1991, o país conheceu uma viragem na vida política nacional, tendo realizado as primeiras eleições multipartidárias e instituindo uma democracia parlamentar.


Cultura:
     Em todos os seus aspectos, a cultura de Cabo Verde caracteriza-se por uma mistura de elementos europeus e africanos. Não se trata de um somatório de duas culturas, convivendo lado a lado, mas sim, um terceiro produto, totalmente novo, resultante de um intercâmbio que começou há quinhentos anos.
     O caso cabo-verdiano pode ser situado no contexto comum das nações africanas, no qual as elites, que questionaram a superioridade racial e cultural europeia e que, em alguns casos, empreenderam uma longa luta armada contra o imperialismo europeu e pela libertação nacional, utilizam hoje o domínio dos códigos ocidentais como principal instrumento de dominação interna.

Artesanato – O artesanato tem grande importância na cultura cabo-verdiana. A tecelagem e a cerâmica são artes muito apreciadas no país. Produzido quer para utensílio, quer para decoração, o artesanato do Cabo Verde é muito singular e é verdadeiro instrumento de expressão da cultura popular.
     É igualmente atracção para os turistas. O seu fabrico e comercialização constituem o único meio de subsistência para algumas famílias.

Literatura – A literatura cabo-verdiana é uma das mais ricas da África lusófona.
Poetas: Sérgio Frusoni, Eugénio Tavares, B. Léza, João Cleofas Martins, Ovídio Martins, Jorge Barbosa, Corsino António Fortes, Baltasar Lopes da Silva (Osvaldo Alcântara), José Lopes, Pedro Cardoso, Manual Lopes, António Nunes, Aguinaldo Fonseca, Teobaldo Virgínio, Gabriel Mariano, Ovídio Martins, Onésimo Silveira, João Vário (Timóteo Tio Tiofe), Oswaldo Osório, Arménio Vieira, Vadinho Velhinho, José Luís Tavares, Vera Duarte, Gabriel Mariano, Amílcar Cabral, Arthur Vieira, etc.
Escritores: Manuel Lopes, Germano Almeida, Luís Romano de Madeira Melo, Orlanda Amarílis, Jorge Vera Cruz Barbosa, Pedro Cardoso, José Lopes, Mário José Domingues, Daniel Filipe, Mário Alberto Fonseca de Almeida, Corsino António Fortes, Arnaldo Carlos de Vasconcelos França, António Aurélio Gonçalves, Aguinaldo Brito Fonseca, Ovídio de Sousa Martins, Henrique Teixeira de Sousa, Osvaldo Osório, Dulce Almada Duarte, Filinto Elísio e Manuel Veiga.
     Obras literárias célebres: “Chiquinho” (Baltasar Lopes da Silva), “Os Flagelados do Vente Leste”, “Chuva Braba” (Manuel Lopes), “O Testamento do Senhor Napomuceno da Silva Araújo” (Germano Almeida), revista Claridade, "Hora di Bai" ( Manuel Ferreira).

Música – Na música, há diversos gêneros musicais próprios, dos quais se destacam a morna, o funaná, o batuque e a coladera. Cesária Évora (1941-2011) era a cantora cabo-verdiana mais conhecida no mundo, conhecida como a "diva dos pés descalços", pois gostava de se apresentar no palco assim.
     O sucesso internacional de Cesária Évora fez com que outros artistas cabo-verdeanos, ou descendentes de cabo-verdeanos nascidos em Portugal, ganhassem maior espaço no mercado musical. Exemplos disso são as cantoras Sara Tavares e Lura.
     O povo cabo-verdeano é conhecido por sua musicalidade, bem expressa por manifestações populares como o Carnaval do Mindelo, cuja importância faz com que a cidade seja conhecida nos dias dos festejos momescos como "Brazilim" (ou "pequeno Brasil").

Arte plásticas – Só depois da independência, em 1975, é que surgiram alguns artistas no campo da pintura e escultura. Nessa primeira fase, todos os trabalhos pictóricos evidenciavam o grito da liberdade e a alegria da independência. Era o fim de séculos marcados pela escravatura e o colonialismo.
     Actualmente, Cabo Verde abriu-se para o resto do mundo. Os seus artistas vão buscar influências, e até estudar, ao estrangeiro. Há uma certa globalização nas artes cabo-verdianas, mantendo-se, no entanto, certos sinais das raízes africanas, evidenciadas sobretudo na escolha das cores. Os artistas cabo-verdianos têm colocado seus trabalhos em muitas exposições, não só em seu próprio país, como também em Portugal e nos Estados Unidos.


Principais recursos naturais:
Sal, peixe, crustáceos, pozolana, basalto e calcário.


Datas comemorativas:
Dia da Independência - 5 de Julho - Celebra a data da Independência, de Portugal, em 1975.



Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional: “Cântico da Liberdade”.


Vista parcial da cidade da Praia, ilha de Santiago



Lema:                                                                                                 Capital:
Unidade, Trabalho, Progresso”                                                  Praia


Língua oficial:                                                                    Moeda oficial:
Português                                                                           Escudo cabo-verdiano (indexado ao Euro)


Tipo de Governo:
República Parlamentarista


Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
16 de Setembro de 1975.


Organizações / Relações internacionais:
  • ONU - Organização das Nações Unidas;
  • AOSIS - Aliança dos Pequenos Estados Insulares;
  • CD - Comunidade das Democracias;
  • CEDEAO - Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental;
  • CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa;
  • MNA - Movimento dos Países Não-Alinhados;
  • OIF - Organização Internacional da Francofonia;
  • UA - União Africana;
  • UL - União Latina;
  • UME - União Monetária Europeia (moeda nacional indexada ao Euro);
  • ZPCAS - Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul;
  • COI - Comité Olímpico Internacional;
  • Grupo dos 77 - Nações em desenvolvimento;
  • INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
  • MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
  • OIM - Organização Internacional para as Migrações;
  • OMC - Organização Mundial do Comércio;
  • WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
  • IPU - União Inter-Parlamentar;
  • IRENA - Agência Internacional para as Energias Renováveis;
  • ANWFZ - Tratado Africano para a Formação de uma Zona Livre de Armas Nucleares (assinado, não ractificado);
  • RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
  • BAD - Banco Africano de Desenvolvimento;
  • WIPO - Organização Mundial da Propriedade Intelectual.


Património Mundial (UNESCO):
  • Cidade Velha, Centro Histórico de Ribeira Grande, Santiago (2009).

Pelourinho na Cidade Velha (UNESCO)


Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre.

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