República de Cabo Verde
África, África Ocidental, África Subsariana.
Património Mundial (UNESCO):
Origem / Pequeno resumo histórico:
A História refere que a descoberta
de Cabo Verde se deu no Século XV, em 1460. A colonização portuguesa começou
logo após a sua descoberta, sendo as ilhas de Santiago e Fogo as primeiras a
serem povoadas.
Para incentivar a colonização, a
corte portuguesa estabeleceu uma carta de privilégio aos moradores de Santiago relativa
ao comércio de escravos na Costa da Guiné.
Na Ribeira Grande, ilha de Santiago, estabeleceu-se a primeira feitoria, que serviu ponto de escala para os navios portugueses e para o tráfego e comércio de escravos, que começava a crescer nessa época. Mais tarde, com a abolição da escravatura, o país começou a dar sinais de fragilidade e entrou em decadência, revelando uma economia pobre e de subsistência.
Na Ribeira Grande, ilha de Santiago, estabeleceu-se a primeira feitoria, que serviu ponto de escala para os navios portugueses e para o tráfego e comércio de escravos, que começava a crescer nessa época. Mais tarde, com a abolição da escravatura, o país começou a dar sinais de fragilidade e entrou em decadência, revelando uma economia pobre e de subsistência.
A partir da década de 50 do Século
XX começam a surgir os movimentos independentistas no continente africano. Cabo
Verde vinculou-se à luta pela libertação da Guiné-Bissau.
A posição estratégica das ilhas nas
rotas que ligavam Portugal ao Brasil e ao resto da África contribuiu para
o facto de serem utilizadas como entreposto comercial e de aprovisionamento.
Abolido o tráfico de escravos em 1876, o interesse comercial do arquipélago para a metrópole portuguesa decresceu, só voltando a ter importância a partir da segunda metade do Século XX. No entanto, a partir de então já haviam sido criadas as condições para o Cabo Verde independente de hoje: europeus e africanos uniram-se numa simbiose, criando um povo de características próprias.
Abolido o tráfico de escravos em 1876, o interesse comercial do arquipélago para a metrópole portuguesa decresceu, só voltando a ter importância a partir da segunda metade do Século XX. No entanto, a partir de então já haviam sido criadas as condições para o Cabo Verde independente de hoje: europeus e africanos uniram-se numa simbiose, criando um povo de características próprias.
A 19 de Dezembro de 1974, foi
assinado um acordo entre o PAIGC - Partido Africano para a Independência da
Guiné e Cabo Verde e Portugal, instaurando-se um governo de transição em Cabo
Verde, governo esse que preparou as eleições para uma Assembleia Nacional
Popular.
A 5 de Julho de 1975 Cabo Verde proclamou a sua independência, considerado na altura por muitos como um
país inviável, devido às suas próprias fragilidades.
Em 1991, o país conheceu uma
viragem na vida política nacional, tendo realizado as primeiras eleições
multipartidárias e instituindo uma democracia parlamentar.
Cultura:
Em todos os seus aspectos, a
cultura de Cabo Verde caracteriza-se por uma mistura de elementos europeus e
africanos. Não se trata de um somatório de duas culturas, convivendo lado a
lado, mas sim, um terceiro produto, totalmente novo, resultante de um
intercâmbio que começou há quinhentos anos.
O caso cabo-verdiano pode ser
situado no contexto comum das nações africanas, no qual as elites, que
questionaram a superioridade racial e cultural europeia e que, em alguns casos,
empreenderam uma longa luta armada contra o imperialismo europeu e pela
libertação nacional, utilizam hoje o domínio dos códigos ocidentais como
principal instrumento de dominação interna.
Artesanato – O artesanato tem
grande importância na cultura cabo-verdiana. A tecelagem e a cerâmica são artes
muito apreciadas no país. Produzido quer para utensílio, quer para decoração, o
artesanato do Cabo Verde é muito singular e é verdadeiro instrumento de
expressão da cultura popular.
É igualmente atracção para os
turistas. O seu fabrico e comercialização constituem o único meio de
subsistência para algumas famílias.
Literatura – A literatura
cabo-verdiana é uma das mais ricas da África lusófona.
Poetas: Sérgio Frusoni, Eugénio
Tavares, B. Léza, João Cleofas Martins, Ovídio Martins, Jorge Barbosa, Corsino
António Fortes, Baltasar Lopes da Silva (Osvaldo Alcântara), José Lopes, Pedro
Cardoso, Manual Lopes, António Nunes, Aguinaldo Fonseca, Teobaldo Virgínio, Gabriel
Mariano, Ovídio Martins, Onésimo Silveira, João Vário (Timóteo Tio Tiofe), Oswaldo
Osório, Arménio Vieira, Vadinho Velhinho, José Luís Tavares, Vera Duarte,
Gabriel Mariano, Amílcar Cabral, Arthur Vieira, etc.
Escritores: Manuel Lopes, Germano
Almeida, Luís Romano de Madeira Melo, Orlanda Amarílis, Jorge Vera Cruz
Barbosa, Pedro Cardoso, José Lopes, Mário José Domingues, Daniel Filipe, Mário Alberto
Fonseca de Almeida, Corsino António Fortes, Arnaldo Carlos de Vasconcelos
França, António Aurélio Gonçalves, Aguinaldo Brito Fonseca, Ovídio de Sousa
Martins, Henrique Teixeira de Sousa, Osvaldo Osório, Dulce Almada Duarte,
Filinto Elísio e Manuel Veiga.
Obras literárias célebres: “Chiquinho” (Baltasar
Lopes da Silva), “Os Flagelados do Vente Leste”, “Chuva Braba” (Manuel
Lopes), “O Testamento do Senhor Napomuceno da Silva Araújo” (Germano
Almeida), revista Claridade, "Hora di Bai" ( Manuel Ferreira).
Música – Na música, há diversos
gêneros musicais próprios, dos quais se destacam a morna, o funaná, o batuque e
a coladera. Cesária Évora (1941-2011) era a cantora cabo-verdiana mais
conhecida no mundo, conhecida como a "diva dos pés descalços", pois
gostava de se apresentar no palco assim.
O sucesso internacional de
Cesária Évora fez com que outros artistas cabo-verdeanos, ou descendentes de
cabo-verdeanos nascidos em Portugal, ganhassem maior espaço no mercado musical.
Exemplos disso são as cantoras Sara Tavares e Lura.
O povo cabo-verdeano é conhecido
por sua musicalidade, bem expressa por manifestações populares como o Carnaval
do Mindelo, cuja importância faz com que a cidade seja conhecida nos dias dos
festejos momescos como "Brazilim" (ou "pequeno Brasil").
Arte plásticas – Só depois da
independência, em 1975, é que surgiram alguns artistas no campo da pintura e
escultura. Nessa primeira fase, todos os trabalhos pictóricos evidenciavam o
grito da liberdade e a alegria da independência. Era o fim de séculos marcados
pela escravatura e o colonialismo.
Actualmente, Cabo Verde abriu-se
para o resto do mundo. Os seus artistas vão buscar influências, e até estudar,
ao estrangeiro. Há uma certa globalização nas artes cabo-verdianas, mantendo-se,
no entanto, certos sinais das raízes africanas, evidenciadas sobretudo na
escolha das cores. Os artistas cabo-verdianos têm colocado seus trabalhos em muitas
exposições, não só em seu próprio país, como também em Portugal e nos Estados
Unidos.
Principais recursos naturais:
Sal, peixe, crustáceos, pozolana, basalto e calcário.
Datas comemorativas:
Dia da Independência - 5 de Julho - Celebra a data da
Independência, de Portugal, em 1975.
Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional: “Cântico da Liberdade”.
Lema: Capital:
“Unidade, Trabalho, Progresso” Praia
Língua oficial: Moeda oficial:
Português Escudo cabo-verdiano (indexado ao Euro)
Tipo de Governo:
República Parlamentarista
Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações
Unidas):
16 de Setembro de 1975.
Organizações / Relações internacionais:
- ONU - Organização das Nações Unidas;
- AOSIS - Aliança dos Pequenos Estados Insulares;
- CD - Comunidade das Democracias;
- CEDEAO - Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental;
- CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa;
- MNA - Movimento dos Países Não-Alinhados;
- OIF - Organização Internacional da Francofonia;
- UA - União Africana;
- UL - União Latina;
- UME - União Monetária Europeia (moeda nacional indexada ao Euro);
- ZPCAS - Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul;
- COI - Comité Olímpico Internacional;
- Grupo dos 77 - Nações em desenvolvimento;
- INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
- MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
- OIM - Organização Internacional para as Migrações;
- OMC - Organização Mundial do Comércio;
- WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
- IPU - União Inter-Parlamentar;
- IRENA - Agência Internacional para as Energias Renováveis;
- ANWFZ - Tratado Africano para a Formação de uma Zona Livre de Armas Nucleares (assinado, não ractificado);
- RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
- BAD - Banco Africano de Desenvolvimento;
- WIPO - Organização Mundial da Propriedade Intelectual.
Património Mundial (UNESCO):
- Cidade Velha, Centro Histórico de Ribeira Grande, Santiago (2009).
Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre.
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