République du Tchad
جمهوريّة تشاد
(Jumhūriyyat Tshād)
República do Chade
Localização:
África, África Central, África Subsariana.
Origem / Pequeno resumo histórico:
As pinturas rupestres encontradas
indicam que a região era habitada por populações de caçadores e colectores do
Neolítico e da Idade do Ferro. Os primeiros vestígios de vida humana
encontrados no Chade são do período do Neolítico e pertencem a cavernas de povos
negros que habitavam as regiões de Borku, Ennedi e Tibesti. No entanto, a progressiva seca do mar interior do Chade provocou o despovoamento dessa área a
partir de 7.000 a. C.
A posição do Lago Chade, na
convergência de estradas vindas de Tripoli, Khartum e do Sudão ocidental,
contribuiu para as migrações de outros povos desde o início da Era Cristã.
No Século VIII surgiu no oeste do actual Chade, o Reino de Kanem, rapidamente convertido ao Islão e submetendo os demais reinos, especialmente o de Baguirmi, que surgiu no Século XVI. Após um primeiro apogeu, no Século XII, os seus soberanos foram vencidos pelos saôs e bulalas. O reino renasceu no Século XVI, tendo Bornu como centro.
No Século VIII surgiu no oeste do actual Chade, o Reino de Kanem, rapidamente convertido ao Islão e submetendo os demais reinos, especialmente o de Baguirmi, que surgiu no Século XVI. Após um primeiro apogeu, no Século XII, os seus soberanos foram vencidos pelos saôs e bulalas. O reino renasceu no Século XVI, tendo Bornu como centro.
A partir do Século XI os árabes estabeleceram-se
na região e imprimiram a doutrina do Islão nos Estados do Kanem e Bornu, mas
estenderam sua influência a todas as regiões à volta do Lago Chade no Século
XVI, além de contribuírem para a intensificação do tráfico de escravos durante
vários séculos.
Entre o Século XVIII e XIX, grande
parte do Chade estava sob controlo dos conquistadores negros árabes Rabeh e
Zubayr. No Século XIX o Lago Chade tornou-se ponto de convergência dos
exploradores europeus, entre os quais se destacou Eduard Vogel, que iniciaram a
colonização com o apoio dos sultões locais, que sofriam constantes ameaças dos
árabes negros, em especial o conquistador sudanês Rabah. Expedições francesas
avançaram na região, tendo o pretexto do combate ao tráfico negreiro facilitado
a submissão da região à França..
Em 1898, um acordo franco-britânico firmado em 22 de Abril de 1900, incorporou o Chade na zona de colonização francesa, apesar do controlo total só ter sido obtido em 1912.
Em 1922, o Chade passou a fazer parte da África Equatorial Francesa, sob a administração do comissário Émile Gentil, iniciando-se a exploração de seus depósitos minerais. Os franceses introduziram a influência ocidental nas estruturas tribais tradicionais, de início pela via militar e depois pela via económica e comercial.
Em 1940, com o governador Félix
Éboué, foi a primeira colónia a aderir à França Livre. Em 1958 tornou-se em
República autónoma dentro da Comunidade Francesa e uma república completamente
independente em 1960, tendo como Presidente da República o líder do Partido
Progressista Chadiano, François Tombalbaye, também conhecido como N’Garta
Tombalbaye. Desde então o país luta para manter a unidade entre os povos
muçulmanos de língua arábica do norte, e os bantos do sul e do oeste, mais
desenvolvidos economicamente.
Em 1990, H. Habré foi deposto por
um golpe de Estado. Idriss Deby, seu antigo comandante militar, foi instalado
no poder, com apoio pela Líbia. Decidiu-se estabelecer o processo democrático,
mas a Assembleia Constituinte de Maio de 1992 foi adiada e houve tensões na
capital, N’Djamena, sem soluções para os problemas económicos e sociais. Uma
Carta Constitucional, promulgada em 1992, criou um Conselho Ministerial e um
Conselho Consultivo da República, assim como aboliu o Conselho de Estado,
criado após o golpe. Em Outubro de 1993, uma tentativa de golpe de Estado foi
sufocada e seu líder foi morto.
Ante o acirramento dos conflitos
políticos, uma conferência nacional foi instalada em 1993 para dar continuidade
ao processo de democratização do país. Em 1994, a Líbia devolveu ao Chade a
faixa ocupada desde 1973. Em 1995, a acção dos sindicatos e das associações de
defesa dos direitos humanos conseguiu devolver a paz ao país. Em 1996, I. Déby
venceu a eleição presidencial (reeleito em 2001). Actualmente o país vive um
regime político transitório em que o primeiro-ministro governa com uma
assembleia legislativa. O poder central continua em confronto com importantes
movimentos rebeldes.
Recentemente, o conflito do
Darfur, no Sudão, atravessou a fronteira e gerou o conflito entre Chade e Sudão,
com centenas de milhares de refugiados vivendo em acampamentos no leste do país.
Enquanto existem vários partidos
políticos activos no país, o poder recai firmemente nas mãos do presidente Déby
e do seu partido, o Movimento Patriótico de Salvação.
No Chade ainda ocorre violência política e frequentes golpes de Estado. Actualmente, o Chade é um dos países mais pobres e com maior índice de corrupção no mundo. A maioria da sua população vive abaixo da linha de pobreza. Desde 2009, o petróleo passou a ser a maior fonte de exportações no país, ultrapassando a tradicional indústria de algodão.
No Chade ainda ocorre violência política e frequentes golpes de Estado. Actualmente, o Chade é um dos países mais pobres e com maior índice de corrupção no mundo. A maioria da sua população vive abaixo da linha de pobreza. Desde 2009, o petróleo passou a ser a maior fonte de exportações no país, ultrapassando a tradicional indústria de algodão.
Cultura:
Devido à sua grande variedade de
idiomas e povos, o Chade possui um rico património cultural. O governo do Chade
tem promovido activamente sua cultura e tradições orais, abrindo o Museu
Nacional do Chade e o Centro Cultural do Chade. Ao longo dos anos os chadianos
celebram seis festas nacionais e duas festas móveis que incluem a festividade
cristã da Segunda-feira de Páscoa e as festividades muçulmanas de Eid-ul-Fitr,
Eid al-Adha e Eid Milad Nnabi.
Música - Os chadianos tocam
instrumentos como o kinde, um tipo de harpa de arco; o kakaki, instrumento
largo feito de estanho; o hu hu, instrumento feito de cordas que usam cabaças de
alta-voz. Outros instrumentos e combinações estão vinculados a grupos étnicos
específicos: os Sara preferem assobios, harpas, tambores kodjo; enquanto os
Kanembu combinam sons de tambores com instrumentos de sopro.
Em 1964, foi formado o grupo
musical Chari Jazz, que se tornou palco da música moderna no Chade. Mais trade,
grupos com mais reputação, como African Melody e International Challal tentaram
unir a modernidade e a tradução em suas músicas. Grupos populares, como o
"Tibesti", têm-se expandido com maior rapidez à sua herança cultural
ao interpretar a música Sai, estilo tradicional do sul do Chade.
Gastronomia - O millet é o
principal prato típico do Chade. É usado para fazer bolos de massa que
submergem em diversas salsas. No norte, este prato é conhecido como alsyh e, no
sul, como biya.
Os pratos de peixe também são muito populares. São geralmente preparados e vendidos como salanga (Hydrocynus e Alestes secados ao sol e ligeiramente defumados) ou como banda (maiores e defumados).
O carcagem é uma bebida doce muito popular no país, extraída a partir de folhas do hibisco. As bebidas alcoólicas, ausentes na região norte, são muito populares no sul, onde se bebe cerveja feita com espécies de milho, conhecida como billi-billi, feita a partir do milho vermelho. Quando é feita a partir do milho branco toma o nome de coshate.
Os pratos de peixe também são muito populares. São geralmente preparados e vendidos como salanga (Hydrocynus e Alestes secados ao sol e ligeiramente defumados) ou como banda (maiores e defumados).
O carcagem é uma bebida doce muito popular no país, extraída a partir de folhas do hibisco. As bebidas alcoólicas, ausentes na região norte, são muito populares no sul, onde se bebe cerveja feita com espécies de milho, conhecida como billi-billi, feita a partir do milho vermelho. Quando é feita a partir do milho branco toma o nome de coshate.
Literatura - Os autores chadianos
foram obrigados a escrever no exílio, contribuindo com obras muito ligadas a
certos temas, como a opressão política e o discurso histórico.
Desde 1962, vinte autores chadianos escreveram mais de sessenta obras de ficção científica. Entre os escritores mais reconhecidos internacionalmente encontram-se Joseph Brahim Seïd, Baba Moustapha, Antoine Bangui, Koulsy Lamko.
Em 2003, o único grupo crítico literário, Ahmat Taboye, publicou o seu livro “Anthologie de la littérature tchadienne”, para mostrar um maior conhecimento da literatura do Chade a nível mundial e entre os jovens.
Desde 1962, vinte autores chadianos escreveram mais de sessenta obras de ficção científica. Entre os escritores mais reconhecidos internacionalmente encontram-se Joseph Brahim Seïd, Baba Moustapha, Antoine Bangui, Koulsy Lamko.
Em 2003, o único grupo crítico literário, Ahmat Taboye, publicou o seu livro “Anthologie de la littérature tchadienne”, para mostrar um maior conhecimento da literatura do Chade a nível mundial e entre os jovens.
Cinema - O desenvolvimento da
indústria cinematográfica no Chade sofreu diversos efeitos com a guerra civil e
a falta de cinemas em todo país. A primeira longa-metragem criada no Chade foi
“Bye Bye África”, realizada em 1999 por Mahamat Saleh Haroun. A sua obra, “Daratt”, ganhou um prémio especial do júri no Festival de Cinema de Veneza, em
2006. Issa Serge Coelo dirigiu outros filmes no Chade: “Daresalam” e “DP75:
cidade de Tartina”.
Desporto - O desporto mais popular no Chade é o futebol. A Selecção de Futebol do Chade participa em competições internacionais, incluindo alguns futebolistas da equipa francesa.
O basquetebol e a luta-livre são outros dos desportos mais praticados no país.
Principais recursos naturais:
Petróleo, algodão, urânio, sódio, ouro, calcário, sal, areia
e cascalho.
Datas comemorativas:
Dia da Independência - 11 de Agosto - Celebra a data da
independência, da França, em 1960.
Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional:
"La Tchadienne" ("A Chadiana");
Medalhão do
Chade.
Lema:
"Unité, Travail, Progrès" ("Unidade,
Trabalho, Progresso")
Capital: Línguas
oficiais:
N’Djamena Francês
e Árabe
Moeda oficial: Tipo
de Governo:
Franco CFA República
Presidencialista
Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações
Unidas):
20 de Setembro de 1960
Organizações / Relações internacionais:
- ONU - Organização das Nações Unidas;
- CEEAC - Comunidade Económica dos Estados da África Central;
- CEMAC - Comunidade Económica e Monetária da África Central;
- CEN-SAD - Comunidade dos Estados Sahelo-Saharianos;
- COI - Comité Olímpico Internacional;
- Grupo dos 77 - Nações em desenvolvimento;
- ANWFZ - Tratado Africano para a Formação de uma Zona Livre de Armas Nucleares;
- INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
- IPU - União Inter-Parlamentar;
- MNA - Movimento dos Países Não-Alinhados;
- OCI - Organização da Conferência Islâmica;
- OIF - Organização Internacional da Francofonia;
- UA - União Africana;
- MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
- OIM - Organização Internacional para as Migrações;
- OMC - Organização Mundial do Comércio;
- OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
- WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
- TPI - Tribunal Penal Internacional;
- UIHJ - União Internacional dos Oficiais de Justiça;
- ICDO - Organização Internacional de Protecção Civil;
- IRENA - Agência Internacional para as Energias Renováveis;
- RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
- BAD - Banco Africano de Desenvolvimento;
- WIPO - Organização Mundial da Propriedade Intelectual.
Património Mundial (UNESCO):
- Lagos de Ounianga (2012).
Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre
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