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FIAT G-91 R/3
FIAT G-91 R/4
FIAT G-91 T/3
FIAT G-91 R/4
FIAT G-91 T/3
Quantidade:
85:
(Versão R/3 = 34)
(Versão R/4 = 40)
(Versão T/3 = 11)
Utilizador:
Força Aérea
Entrada
ao serviço: Dezembro de 1965
Data
de abate: 27 de Junho de 1993
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Avião
monomotor terrestre, de reacção, subsónico, com trem de aterragem triciclo
retráctil, monoplano de asa baixa em flecha, revestimento metálico, cabina com
cobertura em bolha, destinado a missões de apoio táctico e reconhecimento
fotográfico. Tripulação: 1 (piloto).
b.
Construtor
Fiat
Aviazione / Itália.
Sob
licença: Dornier Werke GmbH / Alemanha.
c.
Motopropulsor
Motor:
1 motor reactor Bristol Siddeley Orpheus 80302, de 2.270 Kgf de impulsão.
d.
Dimensões R3 / R4 T3
Envergadura......................8,56
m 8,60 m
Comprimento…...............10,30 m 11,57 m
Altura………….…..............3,98
m 4,26 m
Área
alar..................…...16,42 m² 16,42
m²
e.
Pesos
Peso
vazio…………….......3.674 Kg 4.050
Kg
Peso
máximo...................5.670 Kg 6.050 Kg
f.
Performances
Velocidade
máxima …….......1.080 Km/h 1.070 Km/h
Velocidade
de cruzeiro..............dependente da altitude
Tecto
de serviço ………......….13.100 m 11.890 m
Raio de acção ...........................320 Km 320 Km
Raio
de acção de combate….......315 Km 315 Km
Autonomia..............................1.840 Km 2.180 Km
g.
Armamento
Fixo
na secção do nariz:
R3:
2 canhões DEFA calibre 30 mm;
R4:
4 metralhadoras Colt-Browning calibre 12,7 mm;
T3:
2 metralhadoras Colt-Browning calibre 12,7 mm.
Suspenso
nas asas (até 1.860 Kg):
2
bombas de 227 Kg;
2
bombas de 113 Kg;
Alternativas: 2 depósitos de combustível;
Mísseis ar-ar;
Armas nucleares
tácticas;
Vários tipos de
foguetes não-guiados.
h.
Capacidade de transporte
Nenhuma.
Resumo histórico:
Em 1953 a NATO / OTAN necessitava de um avião
ligeiro de apoio táctico, com bom rendimento geral e alto poder de manobra,
capaz de operar em pistas de relva ou improvisadas, com baixos custos de
aquisição, manutenção e operação. Com a finalidade de conseguir o avião
pretendido, elaborou e distribuiu pelos principais construtores europeus um
caderno de encargos com a definição das características do avião em vista.
Em Junho de 1955 foram estudados oito projectos
concorrentes. O projecto do Fiat G-91 foi um dos que apresentavam boas
perspectivas.
Antecipando-se às conclusões da NATO, a
Aeronautica Militare Italiana (AMI) encomendou três protótipos e 27 exemplares
de pré-produção. O protótipo iniciou a série de voos experimentais em 9 de
Agosto de 1956, utilizando um motor Bristol Siddeley BO1, de 1.850 Kgf de
impulsão. Em 20 de Fevereiro de 1957 este protótipo ultrapassou por quatro
vezes a velocidade do som. Sete dias depois despenhou-se devido às vibrações
estruturais, tendo o piloto (R. Bignamini) usado a cadeira de ejecção com
êxito.
O segundo protótipo começou a voar em Julho de
1957, com as modificações convenientes, armamento completo e motor Orpheus BO3,
de 2.200 Kgf de impulsão.
O terceiro protótipo voou em Outubro de 1957 e
foi enviado para França, onde foi comparado com três protótipos concorrentes da
autoria de concorrentes franceses.
Finalmente, em Janeiro de 1958 a NATO considerou
o Fiat G-91 como o que melhor satisfazia os objectivos em vista.
É de salientar o facto, pouco vulgar, de os
motores poderem ser colocados em funcionamento por acção de um cartucho de
pólvora, o que lhes atribuía autonomia em relação a alguns equipamentos de
assistência em terra.
Após a aterragem, a travagem era auxiliada pela
acção de um pára-quedas instalado na cauda do avião, entre o leme de direcção e o tubo de escape.
O primeiro Fiat G-91 de pré-produção voou em 20
de Fevereiro de 1958. Em 1959, os 27 aviões de pré-produção estavam ao serviço
da AMI, operando no 103° Grupo de Caça Táctica Ligeira.
A produção dos Fiat G-91 terminou em 1973, totalizando cerca de 750 unidades de diferentes versões. Algumas versões corresponderam apenas a modificações introduzidas em aviões já construídos.
(continua)
Fontes (primeira parte):
- Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
- Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
- Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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