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06 maio 2014

Fiat G-91 (segunda parte)

Ver  Fiat G-91 (primeira parte)

(continuação)

Imagem 3


Resumo histórico  (continuação):

A experiência colhida conduziu à produção de diversas versões, como a seguir se resume:
·        G-91: Protótipo. Construíram-se três exemplares. Primeiro voo em 9 de Agosto de 1956;
·    27 aviões de pré-produção, tendo o primeiro começado a voar em 20 de Fevereiro de 1958. Dezasseis destes aviões foram depois transformados em G-91-PAN (Pattuglia Aerobatica Nazionale);
·        G-91A: Variante que tinha em vista a introdução de inovações. O único exemplar resultou na modificação de um G-91 de pré-produção;
·        G-91N: Tal como o anterior, era um G-91 de pré-produção equipado com modernos sistemas de navegação;
·        G-91 PAN: 16 G-91 de pré-produção foram especialmente modificados para acrobacia aérea, incluindo geradores de fumos coloridos;
·        G-91 R/1: Versão para reconhecimento aero-fotográfico, retendo as características básicas de avião de combate, com a secção do nariz modificada de modo a conter três câmaras fotográficas de 70 mm capazes de obter fotografias frontais, verticais e oblíquas. Foram construídas 22 unidades;
·        G-91 R/1A: Iguais aos anteriores, mas com equipamento de navegação autónomo. Foram construídas 25 unidades;
·        G-91 R/1B: Semelhantes aos R/1, estavam equipados com sistema de navegação Doppler e pequenas modificações estruturais. Foram construídos 50 aviões;
·        G-91 R/3: Versão especialmente destinada à Luftwaffe (Força Aérea Alemã). Começou a voar em 20 de Julho de 1961. Foram construídos 344 exemplares, dos quais 50 na Itália e os restantes na Alemanha, pela Dornier, com a colaboração da Messerchmitt e Heinkel. Estavam equipados com dois canhões DEFA de 30 mm, quatro suportes nas asas para bombas e sistema de navegação Doppler modernizado;
·        G-91 R/4: Similares aos R/3, equipados com quatro metralhadoras de 12,7 mm. Foram construídos 50 aviões desta versão, destinados à Grécia e Turquia, que os recusaram. Adquiridos pela Alemanha, muitos deles foram cedidos a Portugal;
·        G-91 T/1: Variante de dois lugares para treino, cujo protótipo realizou o primeiro voo em 31 de Maio de 1960. Destinados à AMI, foram construídos 101 exemplares. Produzidos em duas séries, a última com o lugar da retaguarda elevado. Possuíam duas metralhadoras de 12,7mm;
·        G-91 T/3: Outra variante de treino, esta destinada à Luftwaffe. Foram construídos 66 exemplares, 22 dos quais com o lugar da retaguarda elevado. Mantinham o equipamento dos R/3, com duas metralhadoras de 12,7 mm no lugar dos canhões de 30 mm;
·        G-91 Y: A primeira variante com alterações de vulto. Utilizava dois motores J-85-GE-13A, de 1.850 Kgf de impulsão e pós-combustão. Construíram-se dois protótipos. O primeiro começou a voar em 27 de Dezembro de 1966. A AMI encomendou 20 unidades de pré-produção, seguindo-se mais 35 de produção de série, que foram entregues entre 1973 e 1976;
·        G-91 Y/S: Esta variante não passou de protótipo. Era para ser vendida à Suíça, mas tal não aconteceu. Estava preparado para usar mísseis Sidewinder.

Imagem 4: Cortesia de http://digitalhangar.blogspot.pt/


Outras variantes não passaram de projectos:
·        G-91 BS/1 e BS/2: Versão destinada a reconhecimento do campo de batalha;
·        G-91 R/2: Versão destinada à França, que apresentou a encomenda mas não a concretizou;
·        G-91 R/5: Destinada à Noruega, com maior raio de acção, que não passou de projecto;
·        G-91 R/6: Versão melhorada do R/1 para a AMI, que não chegou a ser produzida;
·       G-91 S: Projecto da segunda geração de aviões de combate da NATO, que não se tornou realidade;
·       G-91 T/4: Versão bi-lugar equipada com radar, para treino de pilotos de F-104. Não foi construída;
·        G-91 Y/T: Variante destinada a treino de pilotos destinada à Suíça. Não passou do desenho.

Imagem 5

     A AMI utilizou cerca de 180 aviões Fiat G-91 nas versões G-91, G-91 R/1, G-91 R/1A, G-91 R/1B, G-91 PAN (estes utilizados pelas patrulha acrobática Frecce Tricolori) e G-91 T/1.
     A Luftwaffe foi o maior operador de Fiat G-91, com cerca de 500 exemplares nas versões G-91 R/3, G-91 R/4 e G-91 T/3, dos quais mais de 200 construídos pela Dornier.
     A Luftwaffe ficou desiludida com os Fiat G-91, que não corresponderam às expectativas iniciais. A partir de 1979 começou a substituir os Fiat G-91 R/3 pelos Dassault-Dornier Alpha-Jet, quando quase todos os G-91 R/3 já tinham sido entregues a Portugal.

     Em 1960, os Fiat G-91 despertaram o interesse da Força Aérea e do Exército dos Estados Unidos, que realizaram testes com dois G-91 R/1 da AMI e dois G-91 R/4 e um G-91 T/3 da Luftwaffe. Esta diligência não teve efeitos práticos, uma vez que não resultou em encomendas.

(continua)


Fontes (segunda parte):
  • Imagens 3 e 5: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
  • Imagem 4: Cortesia de  Paulo Alegria - Blog Digital Hangar;
  • Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.

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