(continuação)
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Resumo histórico (continuação):
A experiência colhida conduziu à produção de
diversas versões, como a seguir se resume:
·
G-91: Protótipo. Construíram-se três exemplares.
Primeiro voo em 9 de Agosto de 1956;
· 27 aviões de pré-produção, tendo o primeiro
começado a voar em 20 de Fevereiro de 1958. Dezasseis destes aviões foram
depois transformados em G-91-PAN (Pattuglia Aerobatica Nazionale);
·
G-91A: Variante que tinha em vista a introdução
de inovações. O único exemplar resultou na modificação de um G-91 de
pré-produção;
·
G-91N: Tal como o anterior, era um G-91 de
pré-produção equipado com modernos sistemas de navegação;
·
G-91 PAN: 16 G-91 de pré-produção foram especialmente
modificados para acrobacia aérea, incluindo geradores de fumos coloridos;
·
G-91 R/1: Versão para reconhecimento
aero-fotográfico, retendo as características básicas de avião de combate, com a
secção do nariz modificada de modo a conter três câmaras fotográficas de 70 mm
capazes de obter fotografias frontais, verticais e oblíquas. Foram construídas
22 unidades;
·
G-91 R/1A: Iguais aos anteriores, mas com
equipamento de navegação autónomo. Foram construídas 25 unidades;
·
G-91 R/1B: Semelhantes aos R/1, estavam
equipados com sistema de navegação Doppler e pequenas modificações estruturais.
Foram construídos 50 aviões;
·
G-91 R/3: Versão especialmente destinada à
Luftwaffe (Força Aérea Alemã). Começou a voar em 20 de Julho de 1961. Foram
construídos 344 exemplares, dos quais 50 na Itália e os restantes na Alemanha,
pela Dornier, com a colaboração da Messerchmitt e Heinkel. Estavam equipados
com dois canhões DEFA de 30 mm, quatro suportes nas asas para bombas e sistema
de navegação Doppler modernizado;
·
G-91 R/4: Similares aos R/3, equipados com
quatro metralhadoras de 12,7 mm. Foram construídos 50 aviões desta versão,
destinados à Grécia e Turquia, que os recusaram. Adquiridos pela Alemanha,
muitos deles foram cedidos a Portugal;
·
G-91 T/1: Variante de dois lugares para treino,
cujo protótipo realizou o primeiro voo em 31 de Maio de 1960. Destinados à AMI,
foram construídos 101 exemplares. Produzidos em duas séries, a última com o
lugar da retaguarda elevado. Possuíam duas metralhadoras de 12,7mm;
·
G-91 T/3: Outra variante de treino, esta
destinada à Luftwaffe. Foram construídos 66 exemplares, 22 dos quais com o
lugar da retaguarda elevado. Mantinham o equipamento dos R/3, com duas
metralhadoras de 12,7 mm no lugar dos canhões de 30 mm;
·
G-91 Y: A primeira variante com alterações de
vulto. Utilizava dois motores J-85-GE-13A, de 1.850 Kgf de impulsão e
pós-combustão. Construíram-se dois protótipos. O primeiro começou a voar em 27
de Dezembro de 1966. A AMI encomendou 20 unidades de pré-produção, seguindo-se
mais 35 de produção de série, que foram entregues entre 1973 e 1976;
·
G-91 Y/S: Esta variante não passou de protótipo.
Era para ser vendida à Suíça, mas tal não aconteceu. Estava preparado para usar
mísseis Sidewinder.
Imagem 4: Cortesia de http://digitalhangar.blogspot.pt/ |
Outras variantes não passaram de projectos:
·
G-91 BS/1 e BS/2: Versão destinada a
reconhecimento do campo de batalha;
·
G-91 R/2: Versão destinada à França, que
apresentou a encomenda mas não a concretizou;
·
G-91 R/5: Destinada à Noruega, com maior raio de
acção, que não passou de projecto;
·
G-91 R/6: Versão melhorada do R/1 para a AMI,
que não chegou a ser produzida;
· G-91 S: Projecto da segunda geração de aviões de
combate da NATO, que não se tornou realidade;
· G-91 T/4: Versão bi-lugar equipada com radar,
para treino de pilotos de F-104. Não foi construída;
·
G-91 Y/T: Variante destinada a treino de pilotos
destinada à Suíça. Não passou do desenho.
Imagem 5 |
A AMI utilizou cerca de 180 aviões Fiat G-91 nas versões G-91, G-91 R/1, G-91 R/1A, G-91 R/1B, G-91 PAN (estes utilizados pelas patrulha acrobática Frecce Tricolori) e G-91 T/1.
A Luftwaffe foi o maior operador de Fiat G-91,
com cerca de 500 exemplares nas versões G-91 R/3, G-91 R/4 e G-91 T/3, dos
quais mais de 200 construídos pela Dornier.
A Luftwaffe ficou desiludida com os Fiat G-91,
que não corresponderam às expectativas iniciais. A partir de 1979 começou a
substituir os Fiat G-91 R/3 pelos Dassault-Dornier Alpha-Jet, quando quase
todos os G-91 R/3 já tinham sido entregues a Portugal.
Em 1960, os Fiat G-91 despertaram o interesse da
Força Aérea e do Exército dos Estados Unidos, que realizaram testes com dois
G-91 R/1 da AMI e dois G-91 R/4 e um G-91 T/3 da Luftwaffe. Esta diligência não
teve efeitos práticos, uma vez que não resultou em encomendas.
(continua)
Fontes (segunda parte):
- Imagens 3 e 5: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
- Imagem 4: Cortesia de Paulo Alegria - Blog Digital Hangar;
- Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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