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PIPER PA-32-300 CHEROKEE SIX
Quantidade:
4
Utilizador:
Força Aérea
Entrada
ao serviço: 1968
Data
de abate: 1974
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Avião
mono-motor terrestre, de trem de aterragem triciclo fixo, mono-plano de asa
baixa, revestimento metálico, cabina integrada na fuselagem, destinado a
transporte ligeiro e turismo. Tripulação: 1 (piloto).
b.
Construtor
Piper
Aircraft Corp. / USA.
c.
Motopropulsor
Motor:
1 motor Lycoming IO-540-K1A5, de 6 cilindros horizontais arrefecidos por ar, de
300 hp.
Hélice:
metálico, de duas pás, de passo fixo.
d.
Dimensões
Comprimento…................8,44
m
Altura………….….............2,41
m
Área
alar..................…...16,21 m²
e.
Pesos
Peso
vazio…………….........998 Kg
Peso
máximo..................1.543 Kg
f.
Performances
Velocidade
máxima ……...289 Km/h
Velocidade
de cruzeiro......270 Km/h
Tecto
de serviço ………..4.953 m
Raio
de acção...............1.400 Km
g.
Armamento
Sem
armamento.
h.
Capacidade de transporte
5
passageiros.
Resumo histórico:
A Piper é uma das maiores
construtoras mundiais de aviões ligeiros de turismo, produzindo aviões que se
tornaram célebres em todo o mundo.
O Piper PA-28 Cherokee foi um
desses aviões, cujo protótipo voou pela primeira vez em Janeiro de 1960,
começando a ser produzido no ano seguinte.
Mono-motor, de asa baixa, robusto,
disponível com trem de aterragem fixo ou flutuadores, de quatro lugares, foi
produzido em diferentes versões, que se distinguiram entre si, principalmente,
pela potência dos diferentes motores.
Os Piper PA-32 Cherokee não eram
mais que a variante de seis lugares dos PA-28, com a fuselagem 30 polegadas
mais larga.
O protótipo do Piper PA-32
Cherokee Six voou pela primeira vez em 6 de Dezembro de 1963. Em 1969 surgiram
os PA-32 Cherokee Six B, com a cabina mais espaçosa.
Seguiram-se as versões PA-32-260
Cherokee Six com motor de 260 hp e a PA-32-300 Cherokee Six, com motor de 300
hp.
Até finais de 1978 tinham sido
construídos 1.493 PA-32-260 e 2.108 PA-32-300. A produção destes aviões
prolongou-se até meados da década de oitenta.
Ainda que tenham sido construídos
em quantidade significativa, os PA-32 não obtiveram o sucesso nem a popularidade
dos PA-18 Super Cub nem dos PA-28 Cherokee.
Percurso em Portugal:
Os quatro Piper PA-32-300
Cherokee Six que equiparam a Força Aérea Portuguesa (FAP), foram oferecidos
pela República da África do Sul em 1968, tendo seguido directamente para
Moçambique.
Receberam as seguintes
matrículas, correspondentes com os números de construção indicados entre
parêntesis: 3601 (32-40524), 3602 (32-40060), 3603 (32-40104) e 3604
(32-40385).
O Aeródromo-Base N° 5 (AB5),
Nacala, recebeu um destes aviões, o Aeródromo-Base N° 6 (AB6), Nova Freixo, recebeu outro e os dois
restantes foram entregues ao Aeródromo-Base N° 7 (AB7), Tete.
Vinham pintados em branco, com a
parte superior da cobertura do motor e uma larga faixa ao longo da fuselagem,
que envolvia as janelas e se prolongava em cunha até à cauda, em azul.
Apresentavam a Cruz de Cristo,
sobre círculo branco, no extra-dorso da asa esquerda, no intradorso da asa
direita e nos lados da fuselagem. As cores nacionais, sem escudo, estavam
colocadas dentro de um rectângulo nos lados do estabilizador vertical. O número
de matrícula encontrava-se a preto em ambos os lados das asas, alternando com a
insígnia e também sobre os rectângulos com as cores nacionais no estabilizador
vertical.
A partir de 1973 alguns destes
aviões foram pintados em verde-azeitona anti-radiação, apresentando a insígnia
em tamanho reduzido e só nos lados da fuselagem.
Desde os primeiros tempos de
operação que lhes foram retiradas as coberturas metálicas das rodas, porque
quando utilizavam as pistas de terra com erva seca, esta introduzia-se entre as
coberturas e as rodas, pegando fogo devido ao aquecimento provocado pelo
atrito.
Os Piper PA-32-300 Cherokee Six
foram abatidos ao efectivo da FAP em 1974 e entregues à Força Aérea da
República Popular de Moçambique, que lhes atribuiu a numeração de FP-541 a
FP-544.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no
Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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