Imagem 1 |
CESSNA 185-A SKYWAGON
Quantidade:
5
Utilizador:
Força Aérea
Entrada
ao serviço: 1968
Data
de abate: 1974
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Avião
mono-motor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, com roda de cauda,
asa alta, revestimento metálico, cabina integrada na fuselagem, destinado a
transporte utilitário. Tripulação: 1 (piloto).
b.
Construtor
Cessna
Aircraft Corp. / USA.
c.
Motopropulsor
Motor:
1 motor Continental IO-470-F, de 6 cilindros horizontais arrefecidos por ar, de
260 hp.
Hélice:
metálico, de duas pás, de passo variável.
d.
Dimensões
Envergadura...................11,02
m
Altura………….…............2,36
m
Área
alar..................…..16,16 m²
e.
Pesos
Peso
vazio…………….........890 Kg
Peso
máximo..................1.520 Kg
f.
Performances
Velocidade
máxima ……...276 Km/h
Velocidade
de cruzeiro......264 Km/h
Tecto
de serviço ………..5.455 m
Raio
de acção...............1.327 Km
g.
Armamento
Sem
armamento.
h.
Capacidade de transporte
5
passageiros.
Resumo histórico:
Decorria o ano de 1953 quando a fábrica
Cessna apresentou o Cessna Model 180, um mono-motor de asa alta com quatro
lugares e trem convencional fixo, propulsionado por um motor de 225 hp.
Em Julho de 1960 surgiu a versão
melhorada, designada por Cessna 185-A Skywagon, com estrutura reforçada e
motores de 260 e 300 hp. Embora na versão original fosse um avião terrestre com
rodas, podia ser adaptado para usar flutuadores ou skis, assim como podia
transportar na barriga um porta-bagagens em fibra de vidro com capacidade para
136 Kg.
Os Cessna 185 tornaram-se muito
populares entre os operadores privados.
A Cessna manteve a sua produção
até meados de 1980, alcançando cerca de 4.000 exemplares.
A versão militar dos Cessna 185
foi designada pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) por U-17, tendo sido
construídos 497 exemplares.
Os Cessna 180 e Cessna 185 foram
largamente utilizados em todo o mundo, tanto por civis como por militares.
Percurso em Portugal:
Em 1968, a Força Aérea Portuguesa
(FAP) recebeu cinco aviões Cessna 185-A Skywagon cedidos pela Força Aérea da
África do Sul (SAAF).
A correspondência entre as
matrículas da FAP e os números de construção, entre parêntesis, era a seguinte:
3620 (185-0312), 3621 (185-0316), 3622 (185-0352), 3623 (185-0366) e 3624
(185-0372). Possuíam as matrículas da SAAF 710, 712, 719, 721 e 726,
respectivamente.
Enviados directamente da República da África do Sul para Moçambique, estiveram largo tempo estacionados no Aeródromo-Base N° 8 (AB8), Lourenço Marques, até serem inspeccionados na delegação das Oficinas Gerais de material Aeronáutico desta cidade, iniciando a sua operação depois de 1970, colocados no Aeródromo-Base Nº 7 (AB7), Tete.
Estavam pintados segundo o padrão da FAP para os aviões de transporte, em alumínio com o dorso da fuselagem e o estabilizador vertical em branco. A parte superior da fuselagem entre o nariz e a cabina estava pintada em dayglo, com a parte superior em preto anti-reflexo.
Apresentavam a Cruz de Cristo,
sobre círculo branco, no extra-dorso da asa esquerda, no intradorso da asa
direita e em ambos os lados da fuselagem. As cores nacionais, sem escudo,
estavam colocadas dentro de um rectângulo nos lados do estabilizador vertical.
Os números de matrícula encontravam-se a preto em ambos os lados das asas,
alternando com a insígnia e também sobre os rectângulos com as cores nacionais
no estabilizador vertical.
Depois de 1973 alguns foram
inteiramente pintados em verde-azeitona anti-radiação com as insígnias em
tamanho reduzido e com a secção em frente à cabina em preto anti-reflexo.
A utilização dos Cessna 185-A Skywagon pela
FAP passou praticamente desconhecida. Foram abatidos ao efectivo em 1974,
quando terminou a Guerra do Ultramar.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa /
Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no
Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
Sem comentários:
Enviar um comentário