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CESSNA 310-B
Quantidade:
1
Utilizador:
Força Aérea
Entrada
ao serviço: 1969
Data
de abate: 1974 (?)
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Avião
bimotor terrestre, de trem de aterragem triciclo retráctil, mono-plano de asa
baixa, revestimento metálico, cabina integrada na fuselagem, concebido para
transporte ligeiro de passageiros . Tripulação: 1 (piloto).
b.
Construtor
Cessna
Aircraft Corp. / USA.
c.
Motopropulsor
Motores:
2 motores Continental O-470-M, de 6 cilindros horizontais arrefecidos por ar,
de 240 hp.
Hélices:
metálicos, de duas pás, de passo variável e posição de bandeira.
d.
Dimensões
Envergadura...................11,25
m
Comprimento…................9,74
m
Altura………….….............3,02
m
Área
alar..................…...16,63 m²
e.
Pesos
Peso
vazio……………....desconhecido
Peso
máximo..................2.495 Kg
f.
Performances
Velocidade
máxima ……....381 Km/h
Velocidade
de cruzeiro.......357 Km/h
Tecto
de serviço ………...6.065 m
Raio
de acção................1.285 Km
g.
Armamento
Sem
armamento.
h.
Capacidade de transporte
4
ou 5 passageiros.
Resumo histórico:
Em 1952 a Cessna iniciou o
projecto de um pequeno bimotor de cinco ou seis lugares, trem triciclo
retráctil, asa baixa, com o combustível alojado em dois grandes depósitos
instalados nas pontas das asas, que designou por Cessna 310. Foi o primeiro avião fabricado pela Cessna depois da Segunda Guerra Mundial.
O protótipo voou pela primeira
vez em 3 de Janeiro de 1953. O programa prolongou-se até aos anos oitenta,
sendo produzidas diversas versões, variando entre si nos motores e nos equipamentos
electrónicos utilizados.
A Força Aérea dos Estados Unidos
(USAF) começou a utilizar os Cessna 310 a partir de 1957, atribuindo-lhes a
designação de L-27, depois alterada para U-3. A primeira encomenda foi de 160
U-3A, seguindo-se outra de 35 aviões U-3B, que foram entregues entre Dezembro
de 1960 e Junho de 1961.
Anunciado em Novembro de 1965, o
Cessna 310-F Skynight surgiu em 1966, equipado com o mais moderno equipamento
de navegação da época, motores sobrealimentados mais potentes, estabilizador vertical
com novo desenho e cabina mais longa, destinado ao transporte executivo.
Foram construídos 5.196
exemplares do Cessna 310 nas diferentes versões.
Percurso em Portugal:
A partir de 1969 começou a ser
utilizado pelo Comandante da 2ª Região Aérea – Angola – um avião Cessna 310-B
com a matrícula CR-LEO, que tinha pertencido a uma companhia de táxis aéreos
cujo capital era, em parte, detido pelo Governo da Província. Quando a
companhia entrou em falência, o avião foi entregue à Força Aérea Portuguesa (FAP),
que lhe atribuiu a matrícula 3651. Recebia o apoio técnico em pessoal e
material através da Base Aérea N° 9 (BA9), Luanda.
Estava pintado de acordo com o padrão da FAP para os aviões de transporte, em alumínio, com a parte superior da fuselagem e o estabilizador vertical a branco, com um filete azul a separar as cores ao longo da fuselagem, que unia o nariz do avião aos bordos de ataque dos estabilizadores horizontais e ainda com a parte em frente da cabina em preto anti-reflexo. As faces interiores dos depósitos de combustível – tip tanks – encontravam-se igualmente pintadas em preto anti-reflexo. Os cubos dos hélices, o topo do estabilizador vertical e as faces exteriores dos depósitos de combustível apresentavam-se em vermelho dayglo.
Ostentava a Cruz de Cristo, sobre
círculo branco contornado por fino aro azul escuro, no extra-dorso da asa
esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados da fuselagem. As cores
nacionais, sem escudo, estavam colocadas dentro de um rectângulo nos lados do
estabilizador vertical. Os números de matrícula, pintados a preto,
encontravam-se em ambos os lados das asas, alternando com as insígnias e também
sobre os rectângulos com as cores nacionais no estabilizador vertical.
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No início de 1972 foi transferido
para o Sector Aéreo Leste, sendo pilotado, sobretudo, pelo respectivo
comandante. No verão desse ano partiu uma perna do trem principal ao aterrar no
aeródromo do Luso. Após uma reparação parcial, foi enviado à delegação de
Luanda das Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), efectuando o voo
Luso-Luanda com o trem bloqueado em baixo, não mais regressando ao Luso.
Terminada a Guerra do Ultramar é
provável que este Cessna 310-B tenha permanecido em Angola, dado que não consta
dos aviões regressados à Metrópole.
Presume-se que o seu abate tenha
ocorrido em 1974.
Observações: A foto correspondente à "Imagem 1", do Cessna 310-B, publicada neste artigo não é da Força Aérea Portuguesa.
Observações: A foto correspondente à "Imagem 1", do Cessna 310-B, publicada neste artigo não é da Força Aérea Portuguesa.
Fontes:
- Imagem 1: Cortesia de Wikipedia, a enciclopédia livre;
- Imagens 3 e 4: Cortesia de Helder Camoesas;
- Imagem 2 e Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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