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14 junho 2014

Cessna 401

Imagem 1

CESSNA 401

Quantidade: 1
Utilizador: Força Aérea
Entrada ao serviço: 1968
Data de abate: 1974


Dados técnicos:
a.       Tipo de Aeronave
Avião bimotor terrestre, de trem de aterragem triciclo retráctil, mono-plano de asa baixa, revestimento metálico, cabina integrada na fuselagem, destinado ao transporte ligeiro de passageiros. Tripulação: 1 (piloto).
b.       Construtor
Cessna Aircraft Corp. / USA.
c.       Motopropulsor
Motores: 2 motores Continental TS-10-520E, de 6 cilindros horizontais arrefecidos por ar, de 340 hp.
Hélices: metálicos, de três pás, de passo variável e posição de bandeira.
d.       Dimensões
Envergadura...................12,14 m
Comprimento…..............10,28 m
Altura………….…...........  3,55 m
Área alar..................…..18,27 m²
e.       Pesos
Peso vazio……………......1.698 Kg
Peso máximo..................2.860 Kg
f.        Performances
Velocidade máxima …….......420 Km/h
Velocidade de cruzeiro..........386 Km/h
Tecto de serviço ………......7.980 m
Raio de acção...................1.490 Km
g.       Armamento
Nenhum.
h.       Capacidade de transporte
6 a 8 passageiros.


Imagem 2: Cessna 421


Resumo histórico:
     O Cessna 401 foi concebido para o transporte e seis a oito passageiros, tendo em vista o mercado de executivos.
     Tal como outros modelos da série 400 da fábrica Cessna, era um bimotor de asa baixa com os depósitos de combustível colocados nas pontas das asas.
     O protótipo realizou o primeiro voo em Agosto de 1968, tendo a produção terminado em 1973, depois de construídos cerca de 400 exemplares.
     O reduzido número de exemplares produzidos deve estar relacionado com o desenvolvimento simultâneo do Cessna 402, mais versátil e com capacidade para oito a dez passageiros, cujas versões, a partir de 1971, passaram a ser designadas como Cessna 402A Utililiner e Cessna 402B Businessliner.


Percurso em Portugal:
     Entre 1968 e 1974 voou em Moçambique um avião Cessna 401 com as insígnias da Força Aérea Portuguesa (FAP), em condições fora do comum.
     A pintura nada tinha a ver com a usada pela FAP: a parte superior da fuselagem a branco e a parte inferior a azul escuro, com a separação ao nível da junção das asas. A mesma pintura estava aplicada às asas, com o extra-dorso em branco e o intra-dorso em azul.
     A insígnia da Cruz de Cristo, sobre círculo branco orlada por estreito aro a azul escuro, estava unicamente colocada nos lados da fuselagem. Os lados do estabilizador vertical apresentavam o rectângulo com as cores nacionais, sem escudo, com os algarismos pretos da matrícula por cima, sendo o único lugar onde esta se encontrava.
     Sem qualquer razão plausível ostentava a matrícula FAP 3406, que era a repetição de uma matrícula já atribuída a um Dornier Do-27 recebido entre 1961 e 1962.
     Este Cessna nunca esteve atribuído a qualquer unidade da FAP. Presume-se que era propriedade de um empresário local que trabalhava para o Governo Português. A confirmar-se esta presunção, este avião operava normalmente com a sua verdadeira matrícula civil, provavelmente CR-MFZ, só utilizando o visual de avião militar português em ocasiões muito especiais.
     O seu rasto perde-se em 1974, coincidindo com o fim da Guerra do Ultramar.


Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de  aviastar.org;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.

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