República del Ecuador
República do Equador
Bandeira |
Brasão de Armas |
Localização:
América, América do Sul, América Latina, América Andina.
País
mega-diverso (faz parte do conjunto de países que albergam o maior índice
de biodiversidade da Terra).
Origem / Pequeno resumo histórico:
Etimologia - O
nome Equador vem do substantivo comum equador, do espanhol ecuador, um dos círculos
máximos da Terra, que atravessa o país em toda a sua extensão; daí a atribuição
do nome, ocorrida entre 1830 e 1832, quando o país se separou da Grande
Colômbia, em espanhol Gran Colômbia.
História - A história
do Equador compreende um período de cerca de nove mil anos, sendo subdividido
em cinco períodos principais: Era pré-colombiana, Conquista Espanhola, Era
Colonial, Independência e República. A história do Equador tem início com o
estabelecimento de várias civilizações, seguidas pelo crescimento dos Incas, e
estes pelos colonizadores espanhóis. Na primeira metade do Século XIX, surgiram
os ideais de independência da América em relação ao domínio espanhol,
influenciado pelos Libertadores Simón Bolívar e José de San Martín.
Atahualpa, o último Imperador Inca |
Durante o
período pré-inca, as pessoas viviam em clãs, que formavam grandes tribos,
algumas aliadas entre si e que formavam poderosas confederações, como a
Confederação de Quito. No entanto, no Século XV, os incas tomaram a região,
durante uma invasão muito dolorosa e sangrenta para os povos locais.
Após a ocupação de Quito pelos exércitos de Huayna Capac (1593-1595),
os incas desenvolveram um extenso centro administrativo e começaram a
colonização da região. A era pré-colombiana no Equador pode ser dividida em
quatro períodos: o período pré-cerâmico, o período de formação, o período de
desenvolvimento regional e integração e o da chegada dos incas.
Em 1531, com a Guerra
Civil Inca, os espanhóis desembarcaram no Equador. Liderados por Francisco
Pizarro, os conquistadores viram que o conflito e doenças estavam destruindo o
império. Depois de receber reforços em Setembro de 1532, Pizarro partiu para Atahualpa
recém vitorioso.
Captura do Sapa Inca (Imperador) Atahualpa pelas forças de Pizarro em Cajamarca. |
Atahualpa
temia os homens vestidos com roupas dos pés a cabeça, com longas barbas e cavalos
(um animal que os incas não conheciam). Na cidade, Pizzaro montou uma armadilha
para os incas e o Massacre de Cajamarca começou. As forças incas eram muito
superiores aos espanhóis em quantidade, no entanto, a superioridade espanhola
em armas, tácticas e o facto do mais confiável general inca estar em Cusco levou
a uma derrota fácil e a captura do imperador inca.
Nas primeiras
décadas de dominação espanhola a população indígena foi dizimada pelo contágio
de doenças às quais os nativos não eram imunes, tempo em que os nativos também
foram forçados ao trabalho pelos proprietários de terras espanhóis através do
sistema de trabalho de encomenda. Em 1563, a cidade de Quito foi elevada à
categoria de distrito administrativo da monarquia espanhola, com a criação da Real
Audiência de Quito.
A luta pela
independência na Audiência de Quito foi parte de um movimento em toda a América
Hispânica liderada por crioulos. O ressentimento com os privilégios dos
chamados peninsulares (nascidos na Espanha) em relação aos crioulos foi o combustível
da revolução contra o domínio colonial. A centelha foi a invasão da Espanha por
Napoleão Bonaparte, depois da deposição do rei Fernando VII e, em Julho de
1808, colocou seu irmão, José Bonaparte, no trono espanhol.
Em 1822 forças
locais se organizaram e derrotaram o exército monarquista se unindo à Grã
Colômbia, república fundada por Simón Bolívar, da qual só veio a separar-se no
dia 13 de Maio de 1830.
O Século XIX foi
marcado por instabilidades, com rápidos movimentos políticos e institucionais.
O conservador Gabriel García Moreno unificou o país nos anos de 1860 com o
apoio da Igreja católica.
Com o aumento da
demanda mundial de cacau, desde o início de 1800, produziu-se uma migração dos
alti-planos em direcção à fronteira agrícola da costa do Pacífico.
Depois da Segunda
Guerra Mundial, a recuperação do mercado agrícola e o crescimento da indústria
da banana ajudaram a restabelecer a prosperidade e paz política.
Num ambiente em
que quase toda a América do Sul foi palco de golpes militares, o retorno de
políticas populistas provocou inquietações que foram motivo de intervenções
militares domésticas nos anos sessenta, época em que a descoberta de petróleo
atraíram companhias estrangeiras e foi fundada a "Amazónia
Equatoriana".
Em 1972, um
golpe militar derrubou o regime de José María Velasco Ibarra passando a
utilizar a riqueza do petróleo e empréstimos estrangeiros para custear um
programa de industrialização, reforma agrária, e subsídios para consumidores
urbanos.
Com o
desvanecimento do ciclo económico do petróleo, o Equador voltou à democracia em
1979, sob o primeiro presidente da Constituição equatoriana de 1979, Jaime
Roldós Aguilera, candidato de uma grande frente partidária, a
"Concentração de Forças Populares" ou "CFP" que obteve
expressiva vitória sobre Sixto Durán Ballén do Partido Cristão Social
"(PSC)".
Em 15 de Janeiro
de 2003, o Coronel aposentado Lucio Gutiérrez, membro da junta militar que
subverteu presidente Jamil Mahuad em 2000, assumiu a presidência do Equador com
uma plataforma de combate à corrupção.
Lucio Gutiérrez
deixou o poder em 2005 diante da falta de apoio das Forças Armadas e no meio de
fortes protestos, o que conduziu a que seu vice-presidente, Alfredo Palacio,
assumisse a presidência. Nas eleições seguintes, Rafael Correa foi eleito e
assumiu o cargo em 15 de Janeiro de 2007, sendo o actual presidente do país. Em
28 de Setembro de 2008 foi adoptada uma nova Constituição.
Imagem de um Vicunha. Em segundo plano, o monte Chimborazo, o ponto mais alto do Equador e o vulcão mais alto do Mundo. |
Cultura:
A cultura
equatoriana é definida, em sua maioria, pelos mestiços, que têm ancestrais são
tradicionalmente de herança espanhola, mas também são influenciados em
diferentes graus pelas tradições nativas e, em alguns casos, por elementos
africanos.
A primeira e mais significativa onda de imigração moderna para o
Equador era constituída por colonizadores espanhóis, após a chegada dos
europeus em 1499. Um menor número de outros europeus e norte-americanos migraram
para o país no final do Século XIX e início do Século XX e, em menor número, polacos,
lituanos, ingleses, irlandeses e croatas durante e após a Segunda Guerra
Mundial.
As comunidades indígenas do Equador foram integradas na cultura
principal do país em diferentes graus, mas alguns também podem praticar suas
próprias culturas nativas, em particular nas comunidades indígenas mais remotas
da bacia amazónica.
O idioma espanhol é falado como o primeiro idioma por mais
do que 90% da população e, como primeiro ou segundo idioma por mais do que 98%
dos habitantes do país. Parte da população do Equador pode falar línguas
ameríndias, em alguns casos, como uma segunda língua. Dois por cento da
população fala apenas línguas ameríndias.
Entre os
personagens famosos nascidos no Equador, se incluem os pintores Enrique Tábara,
Oswaldo Guayasamín, Eduardo Kingman, Bolívar Mena Franco, Felix Aráuz e Juan
Villafuerte; o poeta e estadista José Joaquín de Olmedo; o poeta, filósofo e ensaísta Iván Carvajal Aguirre; o erudito Benjamin Urrutia; o tenista Pancho
Segura; e o atleta olímpico Jefferson Pérez.
Principais recursos naturais:
Petróleo, madeira e energia hidráulica.
Datas comemorativas:
Dia da Independência - 10 de Agosto -Aniversário do primeiro
grito da independência, em 1809;
Dia da Raça - 10 de Outubro - Festa Nacional. Celebra a
chegada dos espanhóis à América, em 1492.
Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional - "Salve, Oh Patria"
Insígnia da Força Aérea do Equador;
Insígnia da Aviação Naval do Equador.
Insígnia da Força Aérea do Equador |
Insígnia da Aviação Naval do Equador |
Lema:
Dios, Patria y Libertad (“Deus, Pátria e Liberdade”)
Imagens de Quito, capital do Equador (UNESCO) |
Capital: Língua
oficial:
Quito Espanhol
Moeda oficial: Tipo
de Governo:
Dólar americano República
presidencialista
Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações
Unidas):
21 de Dezembro de 1945
Organizações / Relações internacionais:
- ONU - Organização das Nações Unidas;
- ACHR - Convenção Americana para os Direitos Humanos;
- ALADI - Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio;
- ALBA - Aliança Boliviana para as Américas;
- CAN - Comunidade Andina de Nações;
- CDS - Conselho de Defesa Sul-Americano;
- CELAC - Comunidade dos Estados Latino-Americanos e das Caraíbas;
- CI-A - Conferência Ibero-Americana;
- CIDH - Tribunal Inter-Americano de Direitos Humanos;
- CLAD- Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento;
- COI - Comité Olímpico Internacional;
- FPIA - Fórum Parlamentar Ibero Americano;
- Grupo dos 77 - Nações em desenvolvimento;
- ICO - Organização Internacional do Café;
- IHO - Organização Hidrográfica Internacional;
- INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
- IPU - União Inter-Parlamentar;
- IRENA - Agência Internacional para as Energias Renováveis;
- IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
- MERCOSUR - Mercado Comum do Sul;
- MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
- MNA - Movimento dos Países Não-Alinhados;
- OEA - Organização dos Estados Americanos;
- OIM - Organização Internacional para as Migrações;
- OLADE - Organização Latino-Americana de Energia;
- OMC - Organização Mundial do Comércio;
- OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo;
- OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
- OTCA - Organização do Tratado de Cooperação Amazónica;
- TA - Tratado da Antárctida;
- TPI - Tribunal Penal Internacional;
- UL - União Latina;
- UNASUL - União das Nações Sul-Americanas;
- WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
- GR - Grupo do Rio;
- OEI - Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura;
PCA - Tribunal Permanente de Arbitragem;- RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
- WIPO - Organização Mundial da Propriedade Intelectual.
Património Mundial (UNESCO):
- Ilhas Galápagos (conjunto de 13 ilhas), (1978, 2001);
- Cidade de Quito (1978);
- Parque Nacional Sangay (1983);
- Centro Histórico de Santa Ana de los Rios de Cuenca (1999).
Tartaruga das Galápagos (UNESCO) |
Basílica do Voto Nacional, Centro Histórico de Quito (UNESCO) |
Prédio estilo ecléctico com varandas e janelas tipo indo-Árabe, em Cuenca (UNESCO) |
Património Oral e Imaterial da Humanidade (UNESCO):
- Património Oral e Manifestações Culturais do Povo Zápara (2008) (partilhado com o Peru) - Os Zápara são um dos povos mais antigos da Amazónia. A sua cultura oral inclui grande compreensão da vida natural da floresta de chuva, bem como complexas práticas mitológicas e artísticas. O povo Zápara vive numa região da selva amazónica que abrange o Equador e o Peru. Vivendo numa das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, Os Zápara são os últimos representantes de um grupo etno-linguístico, que incluiu muitos outros locais antes da conquista espanhola. No coração da Amazónia desenvolveram um conhecimento particularmente rico de cultura oral, do seu ambiente natural, como evidenciado pela abundância do seu vocabulário sobre a flora e a fauna e os seus conhecimentos de plantas medicinais da selva.
- Tecidos tradicionais do chapéu de palha equatoriano (2012) - Os chapéus de palha são tecidos a partir de fibras de uma palmeira peculiar que cresce ao longo da costa do Equador. Os agricultores cultivam toquillales na costa e recolhem as hastes, depois de separar a fibra da casca verde, que é fervida para remover a clorofila, sendo depois seca com carvão e enxofre. Com essa matéria-prima os tecelões tecem o cálice e a aba do chapéu.
Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre
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