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25 outubro 2014

Dassault-Breguet Falcon 20 (primeira parte)

Imagem 1

DASSAULT - BREGUET FALCON 20

Quantidade: 3
Utilizador: Força Aérea
Entrada ao serviço: Setembro de 1984
Data de abate: 2004


Dados técnicos:
a)       Tipo de Aeronave
Avião birreactor terrestre, de trem de aterragem triciclo retráctil, mono-plano de asa baixa em flecha, revestimento metálico, cabina integrada na fuselagem, destinado a transporte executivo.
Tripulação: 2 (pilotos).
b)       Construtor
Avions Marcel Dassault - Breguet Aviation / França.
c)       Motopropulsor
Motores: 2  turborreactores General Electric CF700, de 2.050 Kgf de impulsão.
d)       Dimensões
                Envergadura …………............15,40 m
                Comprimento…..…………......17,15 m
                Altura………….…………….......5,32 m
                Área alar ……….……............41,00 m²
e)       Pesos
                Peso vazio……………..….….6.900 kg
                Peso máximo……………….12.400 kg
f)        Performances
                Velocidade máxima ……..….862 Km/h (Mach 0.82)
                Velocidade de cruzeiro …….750 Km/h
                Tecto de serviço ………...13.000 m
                Raio de acção ……........…3.350 Km
g)      Armamento
Sem armamento.
h)      Capacidade de transporte
6 passageiros.



Imagem 2
Resumo histórico:
     A Marcel Dassault, em associação com a Sud-Aviation, projectou um pequeno bimotor a reacção para transporte executivo, com os motores colocados na fuselagem, junto à cauda. O protótipo começou a ser construído em Janeiro de 1962, sob a designação de Mystère 20.
     A fuselagem do protótipo foi construída pela Dassault e as asas e o conjunto da cauda pela Sud-Aviation, com a primeira a assumir a responsabilidade da montagem final.
     Curiosamente, os aviões de produção de série apresentaram-se com as fuselagens construídas pela Sud-Aviation, cabendo à Dassault a construção das asas, dos conjuntos da cauda e a montagem final.
     O protótipo realizou o primeiro voo em 4 de Maio de 1963, utilizando motores Pratt & Whitney, de 1.489 Kg de impulsão.
     No dia 10 de Julho de 1964 voou pela primeira vez o protótipo em que se baseou a produção de série, com motores General Electric CF700 turbofan de 2.050 Kg de impulsão, a fuselagem aumentada em 45 cm, a distância entre as pernas do trem de aterragem (espalho) aumentada de 1 m, rodas duplas e velocidade de aterragem inferior.

     O sucesso do Mystère 20 começou a ganhar forma logo que começaram a ser divulgados os resultados obtidos pelo primeiro protótipo.
     Em Agosto de 1963, quando ainda decorriam os voos de ensaio, a Business Jets Division of Pan American World Airways encomendou 54 aparelhos, com opção para mais 106, tendo como objectivo a sua exploração e, sobretudo, a sua comercialização no mercado internacional.
     O primeiro Mystère 20 de produção fez o voo de ensaio em 1 de Janeiro de 1965. Em 9 de Junho de 1965, a França e os Estados Unidos conferiram-lhe a certificação oficial para transporte aéreo. No dia seguinte, Jacqueline Auriol estabeleceu o recorde mundial de velocidade para aeronaves da Classe C-1-g, voando 1.000 Km em circuito fechado a 859,51 Km/h, repetindo a proeza em 15 de Junho, desta vez voando 2.000 Km a 819,13 Km/h.
     Desde o início das negociações que a Business Jets Division designou os Dassault Mystère 20 por Dassault Fan Jet Falcon, designação que prevaleceu sobre a original, passando estes aviões a ser internacionalmente designados por Dassault Falcon 20.
     Na Primavera de 1966 a produção dos Falcon 20 alcançou a razão de 4,5 aeronaves por mês. Em meados de 1966, a Business Jets Division, face ao sucesso obtido, concretizou a encomenda de 115 unidades, a maior parte das quais para venda, ainda que tenha operado com cerca de duas dezenas destes aviões.
     Os Falcon 20 foram construídos em diferentes versões (20C, 20D, 20E, etc.), sofrendo sucessivos melhoramentos, incidindo particularmente no aumento de autonomia e das condições aerodinâmicas, bem como na sofisticação dos equipamentos electrónicos de navegação. A versão com a porta de grandes dimensões obteve muito sucesso, devido à capacidade de transportar carga volumosa.
Para além dos utilizadores particulares, foi adquirido por muitos governos e forças armadas.
   
Imagem 3: Cortesia de © digitalhangar.blogspot.pt/

     Muitos Falcon 20, embora inicialmente concebidos para missões de transporte, têm sofrido conversões para missões específicas, tais como a calibração de ajudas electrónicas à navegação aérea, treino de pilotos militares e civis de linha aérea, ambulância e fotografia aérea, inclusive para fins científicos.
     A Força Aérea Francesa utiliza-os no treino de pilotos, com os equipamentos electrónicos de combate e navegação iguais aos utilizados nos caças Mirage, e também no reboque de alvos.
     As Forças Aéreas do Canadá, Espanha, Marrocos, Noruega e Paquistão operam Falcon 20 na guerra electrónica, com equipamentos de contra-medidas electrónicas (ECM).
     A Guarda Costeira dos Estados Unidos adquiriu um número indeterminado de Falcon 20, que designou por HU-25A Guardian, utilizando-os na vigilância marítima e na busca e salvamento.
     Uma variante de maiores dimensões e mais potente surgiu em 1983, designada por Falcon 20G, passando depois a adoptar a designação de Falcon 200.

(continua)

Fontes (primeira parte):
  • Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
  • Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
  • Imagem 3: Cortesia de  Paulo Alegria - Blog Digital Hangar;
  • Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.

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