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DASSAULT - BREGUET FALCON 20
Quantidade:
3
Utilizador:
Força Aérea
Entrada
ao serviço: Setembro de 1984
Data
de abate: 2004
Dados técnicos:
a)
Tipo de Aeronave
Avião
birreactor terrestre, de trem de aterragem triciclo retráctil, mono-plano de asa
baixa em flecha, revestimento metálico, cabina integrada na fuselagem,
destinado a transporte executivo.
Tripulação:
2 (pilotos).
b)
Construtor
Avions Marcel Dassault - Breguet Aviation /
França.
c)
Motopropulsor
Motores:
2 turborreactores General Electric
CF700, de 2.050 Kgf de impulsão.
d)
Dimensões
Envergadura …………............15,40 m
Comprimento…..…………......17,15 m
Altura………….…………….......5,32 m
Área alar ……….……............41,00 m²
e)
Pesos
Peso vazio……………..….….6.900 kg
Peso máximo……………….12.400 kg
f)
Performances
Velocidade máxima ……..….862 Km/h (Mach 0.82)
Velocidade de cruzeiro …….750 Km/h
Tecto de serviço ………...13.000 m
Raio de acção ……........…3.350 Km
g)
Armamento
Sem
armamento.
h)
Capacidade de transporte
6
passageiros.
Resumo histórico:
A Marcel Dassault,
em associação com a Sud-Aviation, projectou um pequeno bimotor a reacção para
transporte executivo, com os motores colocados na fuselagem, junto à cauda. O
protótipo começou a ser construído em Janeiro de 1962, sob a designação de Mystère
20.
A fuselagem do
protótipo foi construída pela Dassault e as asas e o conjunto da cauda pela
Sud-Aviation, com a primeira a assumir a responsabilidade da montagem final.
Curiosamente, os aviões de produção de série apresentaram-se com as fuselagens construídas pela Sud-Aviation, cabendo à Dassault a construção das asas, dos conjuntos da cauda e a montagem final.
Curiosamente, os aviões de produção de série apresentaram-se com as fuselagens construídas pela Sud-Aviation, cabendo à Dassault a construção das asas, dos conjuntos da cauda e a montagem final.
O protótipo
realizou o primeiro voo em 4 de Maio de 1963, utilizando motores Pratt & Whitney, de 1.489 Kg de impulsão.
No dia 10 de
Julho de 1964 voou pela primeira vez o protótipo em que se baseou a produção de
série, com motores General Electric CF700 turbofan de 2.050 Kg de impulsão, a
fuselagem aumentada em 45 cm, a distância entre as pernas do trem de aterragem
(espalho) aumentada de 1 m, rodas duplas e velocidade de aterragem inferior.
O sucesso do
Mystère 20 começou a ganhar forma logo que começaram a ser divulgados os
resultados obtidos pelo primeiro protótipo.
Em Agosto de 1963, quando ainda decorriam os voos de ensaio, a Business Jets Division of Pan American World Airways encomendou 54 aparelhos, com opção para mais 106, tendo como objectivo a sua exploração e, sobretudo, a sua comercialização no mercado internacional.
Em Agosto de 1963, quando ainda decorriam os voos de ensaio, a Business Jets Division of Pan American World Airways encomendou 54 aparelhos, com opção para mais 106, tendo como objectivo a sua exploração e, sobretudo, a sua comercialização no mercado internacional.
O primeiro Mystère
20 de produção fez o voo de ensaio em 1 de Janeiro de 1965. Em 9 de Junho de
1965, a França e os Estados Unidos conferiram-lhe a certificação oficial para
transporte aéreo. No dia seguinte, Jacqueline Auriol estabeleceu o recorde
mundial de velocidade para aeronaves da Classe C-1-g, voando 1.000 Km em
circuito fechado a 859,51 Km/h, repetindo a proeza em 15 de Junho, desta vez
voando 2.000 Km a 819,13 Km/h.
Desde o início
das negociações que a Business Jets Division designou os Dassault Mystère 20
por Dassault Fan Jet Falcon, designação que prevaleceu sobre a original,
passando estes aviões a ser internacionalmente designados por Dassault Falcon
20.
Na Primavera de
1966 a produção dos Falcon 20 alcançou a razão de 4,5 aeronaves por mês. Em
meados de 1966, a Business Jets Division, face ao sucesso obtido, concretizou a
encomenda de 115 unidades, a maior parte das quais para venda, ainda que tenha
operado com cerca de duas dezenas destes aviões.
Os Falcon 20
foram construídos em diferentes versões (20C, 20D, 20E, etc.), sofrendo
sucessivos melhoramentos, incidindo particularmente no aumento de autonomia e
das condições aerodinâmicas, bem como na sofisticação dos equipamentos electrónicos
de navegação. A versão com a porta de grandes dimensões obteve muito sucesso,
devido à capacidade de transportar carga volumosa.
Para além dos
utilizadores particulares, foi adquirido por muitos governos e forças armadas.
Imagem 3: Cortesia de © digitalhangar.blogspot.pt/ |
Muitos Falcon
20, embora inicialmente concebidos para missões de transporte, têm sofrido
conversões para missões específicas, tais como a calibração de ajudas electrónicas
à navegação aérea, treino de pilotos militares e civis de linha aérea, ambulância
e fotografia aérea, inclusive para fins científicos.
A Força Aérea
Francesa utiliza-os no treino de pilotos, com os equipamentos electrónicos de
combate e navegação iguais aos utilizados nos caças Mirage, e também no reboque
de alvos.
As Forças Aéreas
do Canadá, Espanha, Marrocos, Noruega e Paquistão operam Falcon 20 na guerra
electrónica, com equipamentos de contra-medidas electrónicas (ECM).
A Guarda Costeira
dos Estados Unidos adquiriu um número indeterminado de Falcon 20, que designou
por HU-25A Guardian, utilizando-os na vigilância marítima e na busca e
salvamento.
Uma variante de
maiores dimensões e mais potente surgiu em 1983, designada por Falcon 20G,
passando depois a adoptar a designação de Falcon 200.
(continua)
Fontes (primeira parte):
- Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
- Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
- Imagem 3: Cortesia de Paulo Alegria - Blog Digital Hangar;
- Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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