Imagem 1 |
AEROSPATIALE TB-30 EPSILON
Quantidade:
18
Utilizador:
Força Aérea
Entrada
ao serviço: Janeiro de 1989
Data
de abate: Em serviço
Dados técnicos:
a)
Tipo de Aeronave
Avião
mono-motor terrestre, de trem de aterragem triciclo retráctil, mono-plano de asa
baixa, revestimento metálico, cabina de dois lugares em tandem com cobertura
transparente, destinado à instrução e treino de pilotos.
Tripulação:
2 (piloto-instrutor e aluno).
b)
Construtor
Aerospatiale / França;
SOCATA - Societé de Construction d’Avions de
Tourisme et d’Affaires / França.
c)
Motopropulsor
1
motor Avco Lycoming AEI0-540-L1B5D, de 6 cilindros horizontais arrefecidos por
ar, debitando 300 hp.
Hélice:
Metálico, de duas pás, de passo variável.
d)
Dimensões
Envergadura …………............7,92 m
Comprimento…..…………......7,59 m
Altura………….…………….....2,66 m
Área alar ……….……............9,60 m²
e)
Pesos
Peso vazio……………..……..…932 kg
Peso máximo………………...1.300 kg
f)
Performances
Velocidade máxima ………...520 Km/h
Velocidade de cruzeiro ….….370 Km/h
Tecto de serviço ……….….7.010 m
Tecto máximo ……………..7.300 m
Raio de acção ……………..1.300 Km
Autonomia … …………….03h 45m
g)
Armamento
320
Kg de bombas em quatro suportes instalados nas asas.
h)
Capacidade de transporte
Nenhuma.
Resumo
histórico:
O estudo do
Aerospatiale TB-30 Epsilon teve a sua origem em 1978, face a um pedido da Força
Aérea Francesa, que pretendia utilizar um avião ligeiro de treino, com
capacidade para avaliar a aptidão dos alunos-pilotos antes de iniciarem a
instrução nos aviões de reacção. A aplicação de um motor alternativo de fraca
potência a um avião de concepção contemporânea causou, naquela época, alguma
estranheza. Por trás, estava a intenção da Força Aérea Francesa de possuir um
avião de instrução básica de pilotagem especialmente apto em operar em altitudes
mais baixas que o habitual, dada a saturação do espaço aéreo francês nas
altitudes mais elevadas. Como efeito secundário, deveria conseguir-se uma exploração
bastante económica.
O protótipo
realizou o primeiro voo em 22 de Fevereiro de 1979. O desenho foi melhorado ao
longo desse ano, terminando com uma célula inteiramente metálica, com a
previsão de resistir a 10.000 horas de voo na dura missão de instrução de voo,
incluindo a execução de figuras acrobáticas. O painel de instrumentos foi
desenhado de forma semelhante ao dos aviões a reacção, recebendo também
equipamentos de voo sem visibilidade actualizados.
O protótipo da
nova versão começou a voar em 1980.
A construção dos
Aerospatiale TB-30 Epsilon foi entregue à SOCATA, uma subsidiária da
Aerospatiale, que iniciou as entregas à Força Aérea Francesa a partir de 23 de
Junho de 1983.
A SOCATA
encerrou a produção dos Epsilon em Novembro de 1989.
Percurso em
Portugal:
Em 1986 a Força
Aérea Portuguesa (FAP) estabeleceu um contrato com a Aerospatiale para o
fornecimento de 18 aviões TB-30 Epsilon. O primeiro chegou a Portugal em
Janeiro de 1989, sendo os restantes montados nas Oficinas Gerais de Material
Aeronáutico (OGMA), em Alverca.
Imagem 3: Emblema da Esquadra 101, BA1. |
Os Epsilon foram
colocados na Esquadra 101 - "Roncos" - da Base Aérea Nº 1 (BA1), Sintra, cuja missão é
ministrar instrução elementar e básica de pilotagem.
Em Julho de 1989
teve início o primeiro curso de instrutores, e em Outubro do mesmo ano
iniciou-se o primeiro curso de alunos-pilotos.
Registaram-se
dois acidentes com os Epsilon. No dia 21 de Março de 1991, o 1412 embateu
violentamente no solo, provocando a morte aos dois tripulantes e a destruição
total do avião. Acidente semelhante ocorreu no dia 24 de Maio de 1993, com o
1408, provocando também a morte aos dois tripulantes e a destruição total da
aeronave.
Em Julho de 1993
a Esquadra 101 é transferida para a Base Aérea Nº 11 (BA11), Beja, onde manteve intensa actividade na formação de pilotos.
Em 26 de Julho de 1995, a Esquadra 101 foi condecorada com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos.
Em 26 de Julho de 1995, a Esquadra 101 foi condecorada com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos.
Imagem 4 |
Os Aerospatiale
TB-30 Epsilon receberam as matrículas da FAP, correspondendo aos números de
construtor indicados entre parêntesis: 1401 (147), 1402 (156), 1403 (157), 1404
(161), 1405 (162), 1406 (163), 1407 (164), 1408 (165), 1409 (166), 1410 (167),
1411 (168), 1412 (169), 1413 (170), 1414 (171), 1415 (172), 1416 (173), 1417
(174) e 1418 (175).
Em 1993 estas
matrículas foram alteradas para 11401 a 11418.
Os Epsilon
encontram-se inteiramente pintados em branco (FS 17.925), com as pontas das
asas, as pontas dos estabilizadores horizontais e o topo do estabilizador
vertical em dayglo. Ostentam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco limitado
por uma estreita circunferência em azul escuro, com 45 cm de diâmetro, no
extra-dorso da asa esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados da
fuselagem. As cores nacionais, sem escudo, estão colocadas nos lados do estabilizador
vertical, dentro de um rectângulo com 30 cm de comprimento. Os números de
matrícula, com 50 cm de altura, encontram-se a preto (FS 17.038) em ambos os
lados das asas, alternando com a insígnia e também sobre os rectângulos com as
cores nacionais do estabilizador vertical, estes com 15 cm de altura.
Em 2009, a Esquadra 101 regressa novamente à BA1, local onde continua a honrar o seu lema "...Ensinando os Princípios da Arte."
Em 2009, a Esquadra 101 regressa novamente à BA1, local onde continua a honrar o seu lema "...Ensinando os Princípios da Arte."
Fontes:
- Imagens 1 e 4: © Carlos Pedro - Blog Altimagem;
- Imagem 2: Cortesia de airwar.ru;
- Imagem 3: Cortesia de Estado-Maior da Força Aérea;
- Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000; Cortesia de Estado-Maior da Força Aérea.
Sem comentários:
Enviar um comentário