Enciclopédia Altimagem de Fotografia
(continuação)
Nota: quando os símbolos se encontram ao centro, dois ou mais dos termos seguintes possuem a mesma simbologia.
ABNEY, WILLIAM DE WIVELESLIE – (1843-1920) – Astrónomo, químico e fotógrafo inglês, pioneiro de vários desenvolvimentos técnicos na fotografia. Investigou sobre o escurecimento do negativo e a luz incidente. Contribuiu para o desenvolvimento da teoria das cores e a sua visualização, bem como a fotografia e fotometria astronómicas. Em 1874 desenvolveu uma emulsão fotográfica seca que substituiu as emulsões húmidas. Em 1978-1979 desenvolveu emulsões para fotografia instantânea e infravermelha. Em 1880 descobriu a hidroquinona, um dos mais importantes químicos para a revelação de fotografias. Criou também vários tipos de papel fotográfico, incluindo uma fórmula de papel com gelatina e cloreto de prata, em 1882. Foi eleito membro da Royal Society em 1876, que o agraciou com a Medalha Rumford em 1882. (imagem 1).
Imagem 1: William de Wiveleslie Abney |
ABÓBADA – dome photo studio – Em fotografia é o nome dado a um fundo liso e curvo, sem bordos, cantos ou dobras e que dá a sensação de espaço infinito. É geralmente utilizada em fotografia de estúdio. Se para ela forem projectadas sombras ou luz colorida, poderá servir para criar um fundo abstracto, conhecido pelos fotógrafos como Ciclorama Parabólico (imagem 2). Ver CICLORAMA PARABÓLICO.
ABRIR O DIAFRAGMA – open the diaphragm – Aumentar o
tamanho da abertura do diafragma, com o propósito de aumentar a intensidade de
luz. Para tanto, devemos diminuir o número f/ utilizado. Exemplo: de f/11 para
f/8. A operação inversa é fechar o diafragma. (imagens 3 e 4).
Imagem 3: Animação de um diafragma de 9 lâminas de uma câmara fotográfica |
ABSORÇÃO – absorption – Diz-se da luz que, ao incidir numa superfície, é por esta parcial ou quase completamente absorvida. A luz absorvida transforma-se em calor e a luz não absorvida é transmitida (por superfícies transparentes ou translúcidas) ou reflectida (por superfícies opacas). Termo utilizado em relação às lentes das objectivas, aparelhos ópticos, microscópios, oftalmologia, etc.
ABSTRACTA, FOTOGRAFIA – Ver ARTE ABSTRACTA e FOTOGRAFIA ABSTRACTA.
ABSTRACTA,
IMAGEM – Ver ARTE ABSTRACTA e FOTOGRAFIA ABSTRACTA.
ABRIR – open – Aumentar o tamanho da abertura do diafragma, com o propósito de aumentar a intensidade de luz. Para tanto, devemos diminuir o n. f/ utilizado. Exemplo: de f/11 para f/8. A operação inversa é Fechar o diafragma. (imagens 3 e 4).
Imagem 4: Os números f e a correspondente abertura do diafragma |
ACÇÃO – Ver FOTOGRAFIA DE ACÇÃO.
ACCESSORIE SHOE – Ver SAPATA DE FLASH.
ACELERADOR – accelerator – Composto do revelador que acelera a acção do agente redutor da solução. Estes produtos são geralmente alcalinos. Ver “Agente Acelerador”.
ACENTUAÇÃO – accentuation – Sistema de controlo local de luz que permite dar mais exposição a determinadas zonas de um positivo ou negativo, isto é, papel ou película.
ACETONA – acetone – CH3(CO)CH3 –
Líquido incolor, inflamável e cheiroso. Dissolve-se fácilmente em álcool e
água. É utilizado na recuperação de filmes de celulóide. Como regra de
segurança, deve ser guardado longe do calor e em garrafas bem tapadas, a fim de
impedir a sua evaporação. Evitar inalar os seus vapores.
ACESSÓRIOS – accessories – Em fotografia,
acessório é todo o equipamento que, não intervindo directamente com o acto de
fotografar, é acoplado ou interligado com a câmara fotográfica de modo a obter
melhores imagens, melhor desempenho, efeitos especiais, etc.
ACETATO DE POLIVINIL – polyvinyl acetate – Adesivo resistente, flexível, de secagem rápida, não reversível, difícil de remover, usado em reparações de embalagens, álbuns e estojos de fotografias. Não deve ser usado para efectuar reparações em provas fotográficas por ser irreversível. Adicionado a cola de amido ou metilcelulose produz uma mistura mais facilmente reversível.
ACETOBUTIRATO DE CELULOSE – (butyrate PULP) – Plástico, utilizado como suporte de película rígida, filme de artes gráficas,
filme para fotografia aérea e filme de raio-X. Foi introduzido no mercado em
1935. Apresenta boa estabilidade dimensional. Tem a vantagem de ser solúvel em
solventes não tóxicos, sendo por isso usado em artes gráficas, onde é frequente
dissolver-se o suporte para montar a emulsão sobre outras imagens.
ACETOPROPIONATO DE CELULOSE – acetopropionate PULP – Plástico usado como suporte de
película de cinema amador. Foi introduzido no mercado em 1931.
ÁCIDO – acid – Substância que provoca a descida do pH de uma solução aquosa. Consoante a influência que têm na variação do pH, os ácidos podem ser fortes (ácido clorídrico, ácido sulfúrico), médios (ácido acético, ácido oxálico) ou fracos (bissulfitos de sódio ou de potássio, metabissulfitos de sódio ou de potássio, alúmens de potássio ou de crómio).Estes produtos químicos são usados no processamento de película e papel em laboratório de fotografia a preto e branco.
ÁCIDO ACÉTICO – acetic acid – C2H4O2 – Também conhecido como ácido etanoico, é um ácido fraco com acentuado cheiro a vinagre, solúvel em água em todas as proporções. Quando concentrado solidifica por volta dos 16º C, razão por que é conhecido como ácido acético glacial. Para fins fotográficos deve ter uma concentração de 28 %. É um acidulante de uso geral que se utiliza, principalmente, na preparação dos banhos de interrupção, na concentração de 2 %. Pode, também, integrar algumas fórmulas de inversão, de fixadores endurecedores, de branqueadores e de soluções de viragem. É um produto corrosivo e deve ser manipulado com cuidado sob pena de graves irritações na pele, nos olhos ou nas vias respiratórias. Os seus vapores são inflamáveis, pelo que os frascos devem ser mantidos afastados de fontes de calor.
ÁCIDO BÓRICO – boric acid – H3BO3 – Ácido muito fraco utilizado em algumas fórmulas de reveladores de grão fino, nos banhos de interrupção e em fixadores endurecedores.
ÁCIDO NÍTRICO – nitric acid – HNO3 – Utilizado no
fabrico de emulsões, em tonalizadores e branqueadores. É muito corrosivo.
ÁCIDO OXÁLICO – oxalic acid – HO2CCO2H – Produto químico de aspecto
cristalino branco, bastante solúvel na água à temperatura ambiente. Moderadamente
solúvel em água. Venenoso. Utiliza-se em algumas fórmulas de banhos de viragens, como conservante de reveladores e em platinotipia. Decompõe-se lentamente sob a acção da luz, devendo ser guardado em frascos escuros.
ÁCIDO SULFÚRICO – sulfuric acid – H2SO4 – Ácido muito forte, extremamente
corrosivo e que ataca rapidamente as substâncias orgânicas (em presença de um
oxidante, como o permanganato de potássio, pode dar origem a combustões
espontâneas de substâncias orgânicas, tais como papéis ou tecidos).
Utiliza-se em solução diluída como acidulante de fixadores, nos processos
de inversão e de viragem, assim como em redutores. Ver AGENTE REDUTOR.
ACOPLADOR DE COR – coupler color – Substância que
gera um corante por reacção química com outra substância. Os acopladores de cor
são usados nos processos fotográficos cromogénios. Podem ser incorporados na
emulsão ou nos banhos de revelação. São invisíveis e reagem com os produtos
químicos resultantes da revelação dos sais de prata, formando cor na proporção
da quantidade de prata revelada. Exemplos de filmes que usam acopladores de cor
na emulsão: Ektachrome, Fujichrome, Agfachrome, Kodacolor, Fujicolor,
Agfacolor; exemplo de filme que usa acopladores de cor nos banhos de revelação:
Kodachrome.
ACRÍLICAS, LENTES – acrylic lens) – As lentes
das objectivas mais antigas eram fabricadas a partir de cristal ou vidro óptico.
Nas câmaras tipo "High Tech" - Profissionais, com "Auto
Focus", este material foi substituído pelo acrílico por ser mais leve,
para permitir a livre tracção do motor e minimizar seu custo final.
ACKERMAN, MICHAEL – (n. 1967) –
Fotógrafo norte-americano nascido em Israel. É um autodidacta da Agência VU.
Expõe em permanência em numerosas galerias e as suas fotos estão incluídas na
Casa Europeia da Fotografia, em Paris. Ver CASA EUROPEIA DA FOTOGRAFIA; Ver AGÊNCIA VU.
ACROBAT – Aplicativo desenvolvido
pela Adobe que gera arquivos PDF (Portable Document Format). Podem ser
visualizados pelo Acrobat Reader em qualquer computador, independentemente da plataforma, sistema operacional ou tipos de fonte. (imagem 5).
ACTÍNICO – actinic – Capacidade da luz em provocar alterações químicas ou físicas em qualquer substância. Durante a exposição, o poder actínico da luz transforma a estrutura dos cristais sensíveis de uma emulsão fotográfica,
dando assim origem à prata negra que irá formar a imagem. Ver EFEITO SABBATIER; Ver MATERIAL SENSÍVEL.
ACTINÓMETRO – actinometer – (1) Do grego aktís, -ĩnos, «raio» + métron, «medida».Tipo de fotómetro
antigo. Expunha-se à luz um material sensível até ele escurecer, comparando-o
depois com um tom normalizado. O tempo necessário para ficar com esse tom
constituía a base do cálculo para a exposição.
(2) Em meteorologia, é um
instrumento que serve para medir a intensidade da radiação solar.
Imagem 6: Ansel Adams (c. 1950) |
Imagem 7: "The tetons and the Snake River", de Ansel Adams, 1952. |
ADAMSON, ROBERT – (1821-1848) – Fotógrafo escocês da época Victoriana. Pioneiro da fotografia na Escócia, iniciou-se na fotografia como assistente de William Fox Talbolt, de quem a prendeu a técnica do Calótipo. Embora tenha falecido aos 26 anos, ficou na História da Fotografia por ter executado calótipos para David Octavius Hill, tendo produzido excelentes retratos e fotografias de grupo, principalmente dos membros fundadores da Igreja da Escócia, entre 1843 e 1848, além de outros tipos de retratos de rua e de paisagens (imagem 8).
Imagem 8: Robert Adamson |
ADAPTADOR PARA PELÍCULA EM ROLO – adapter for film on roll – Acessório especial para as máquinas, que permite utilizar película em rolo em máquinas concebidas para usar película em folha ou em cassete.
ADAPTER RING – Ver ANEL ADAPTADOR.
ADELMAN, MARTYN – (n. 1947) –
Adelman assumiu a
fotografia tardiamente, recebendo cedo uma atribuição que incluiu imagens para o projecto "Yes'Close", do
álbum Edge. Durante a década de 1980 fez trabalhos de retrato a preto-e-branco para a capa e revista Blitz.
ADEREÇOS – props – Objectos usados em estúdio fotográfico para ajudar compor, a iluminar, a enquadrar ou a embelezar o motivo fotografado (pessoas ou objectos). São considerados adereços desde os projectores para iluminação, fundos para fotografia, até cadeiras, vasos com flores, móveis ou adereços de moda para fotografia.(imagem 9). Ver ESTÚDIO FOTOGRÁFICO; Ver SEIDEL, JOSEF.
ADEREÇOS – props – Objectos usados em estúdio fotográfico para ajudar compor, a iluminar, a enquadrar ou a embelezar o motivo fotografado (pessoas ou objectos). São considerados adereços desde os projectores para iluminação, fundos para fotografia, até cadeiras, vasos com flores, móveis ou adereços de moda para fotografia.(imagem 9). Ver ESTÚDIO FOTOGRÁFICO; Ver SEIDEL, JOSEF.
Imagem 9: Foto-estúdio e museu Josef Seidel, em Krumlov, na República Checa, com vários adereços. |
ADITIVOS – additions – Em fotografia, dá-se o nome de
aditivos (ou aglutinantes) ao conjunto de materiais foto-sensíveis, como
gelatinas, emulsões fotográficas, halogenetos de prata, etc., destinados a melhorar o rendimento das propriedades de um determinado produto. Não confundir
com aditivos alimentares ou outros aditivos químicos (lubrificantes, etc).
ADOX – Em fotografia, ADOX é uma
marca com uma longa história. Originalmente, era um nome de marca utilizado pela empresa alemã Fotowerke Dr. C. Schleussner GmbH de Frankfurt am Main,
primeiro fabricante do mundo materiais fotográficos.
O fundador da empresa, Dr. Carl
Schleussner, fez um trabalho pioneiro sobre o processo fotográfico do colódio
durante os primeiros anos de fotografia, formando a sua fábrica em 1860. Trabalhando com o físico Wilhelm Röntgen, descobridor dos raios X, o Dr.
Schleussner inventou igualmente a primeira placa de raio-X. A empresa começou a
comercializar câmaras Schleussner, sob a marca ADOX, no primeiro terço do
século 20.
Reconhecendo a crescente importância da marca, a empresa foi renomeada
para "Adox Fotowerke Dr. C. Schleussner GmbH". Em 1952, eles
introduziram uma linha de filmes muito finos de 35 mm sob a marca ADOX. Em
1962, a família Schleussner vendeu as suas participações fotográficas para a
DuPont, uma empresa norte americana líder do mercado na área da fotografia. A DuPont tornou-se proprietária da marca, registando-a
nos Estados Unidos.
A DuPont licenciou a tecnologia
de filme Adox, mas não a marca, a Fotokemika. As receitas e as patentes para a
produção de filmes e papéis foram vendidos na década de 1960 para a empresa
jugoslava Efke em Zagreb (Croácia desde 1991).
A DuPont manteve a marca Adox,
transferindo-a para uma subsidiária, a Sterling Diagnostic Imaging, para a utilizar nos seus filmes de raios-X. A marca ADOX ainda é aplicada
num produto químico industrial, o cloreto de sódio.
Em 1999, a Sterling Diagnostic Imaging foi comprada pela empresa
alemã Agfa, sendo absorvida pela unidade de Ciências da Saúde da Agfa. Desta forma,
a marca fotográfica ADOX voltou a ser alemã. A Agfa não utilizou a marca ADOX,
e a marca foi removida do registo de marcas alemãs no Escritório de Patentes em
Março de 2003. A marca ADOX foi quase imediatamente aproveitada por empresas no
Canadá e nos Estados Unidos, e pela FOTOIMPEX na Alemanha. No entanto, nenhum está
relacionado com a empresa C. Schleussner GmbH original.
Entre as câmaras fabricadas pela ADOX, o projector de diapositivos ADOX 300-M foi a primeira câmara a utilizar objectivas intercambiáveis em todo o mundo.
Actualmente a marca possui continuação, através da ADOX Foto Werke GmbH, com sede em Bad Saarow, na Alemanha. (imagens 10 a 14).
Imagem 10: Logotipo original da empresa ADOX |
Imagem 11: Câmara ADOX 66, de 1950 |
Imagem 12: Câmara ADOX Golf 6x6 cm, 1953 |
Imagem 13: Câmara ADOX Polo (1960-1963) |
Imagem 14: Projector de slides ADOX 300-M |
ADOX FOTO WERKE GmbH – Ver ADOX.
ADVANCED PHOTO SYSTEM – O Advanced Photo System, conhecido pela sigla APS, é um sistema resultante de uma join-venture das empresas Canon, Fujifilm, Kodak, Minolta e Nikon que decidiram juntar esforços no sentido de informatizar o processo fotográfico, estabelecendo um novo padrão para a fotografia e, ao mesmo tempo, consolidando os avanços técnicos e tecnológicos alcançados no decorrer do empreendimento. O APS foi apresentado ao público oficialmente em 22 de Abril de 1996 e incluiu um novo tipo de rolo específico com um novo conjunto de características. Foi criado e vocacionado especialmente para fotógrafos amadores. (imagens 15 e 16). Ver APS.
Imagem 15: Rolo APS |
Imagem 16: Indicadores de um rolo APS |
(continua)