Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

12 outubro 2015

Japão

日本国 (shinjitai)
日本國 (kyujitai)
Nippon-koku ou Nihon-koku
Japão




Bandeira



Selo Imperial

























Localização:
Ásia, Ásia Oriental.


Origem / Pequeno resumo histórico:
Etimologia - Os nomes japoneses para "Japão" são Nippon (にっぽん ) e Nihon (にほん ). Ambos são escritos em japonês usando o kanji (日本). O nome japonês Nippon é usado de forma oficial, inclusive no dinheiro japonês, selos postais e para muitos eventos desportivos internacionais. Nihon é um termo mais casual e frequentemente utilizado no discurso contemporâneo. Os japoneses referem-se a si mesmos como Nihonjin (日本人) e dão à sua língua o nome de Nihongo (日本語 ).
     Tanto Nippon quanto Nihon, literalmente significam "origem do sol" e muitas vezes são traduzidos como a "Terra do Sol Nascente". Esta nomenclatura vem das missões do Império com a dinastia chinesa Sui e refere-se à posição a leste do Japão em relação à China.

História - A ocupação humana do Japão remonta ao Paleolítico Superior e a data mais consensual para a primeira presença humana neste arquipélago é de 35.000 a.C., quando povos nómadas caçadores-colectores chegaram às ilhas vindos do continente através de istmos.
     As primeiras ferramentas japonesas de pedra lascada datam dessa época, e as de pedra polida datam de 30.000 a.C., as mais antigas do mundo. Ainda não se sabe por que essas ferramentas surgiram tão cedo no Japão.
     Em 1985, mergulhadores fizeram descobertas de estruturas megalíticas submersas em Yonaguni, Okinawa, o que atraiu muitos historiadores, arqueólogos e cientistas até ao sítio arqueológico, onde realizaram estudos para a sua datação. Chegaram à conclusão que os monumentos têm mais de 11.000 anos de idade, sendo os mais antigos do mundo. Os cientistas confirmam que esses monumentos encontrados submersos na costa do Japão são a evidência de que pode ter existido uma civilização desconhecida, anterior à Idade da Pedra.
     A primeira cultura cerâmica e civilização a desenvolver-se no Japão foi o Jomon, que não desenvolveu a agricultura nem a criação de animais. Os Jomon ocuparam as ilhas do Japão desde o final da quarta glaciação por volta de 14.000 a.C., deixando vestígios da sua ocupação através de peças de cerâmica, consideradas as mais antigas do mundo. Através da cerâmica assume-se que os Jomon eram semi-sedentários e tenham seguido uma religião politeísta, baseada no culto de elementos da natureza.

Horyu-ji, um dos mais antigos edifícios de madeira do mundo (ano 607), um dos tesouros
nacionais do Japão e Património Mundial da UNESCO.

     Entre 250 a.C. e 250 d.C. a cultura Yayoi substituiu a anterior e trouxe consigo a agricultura, metalurgia, bronze e o espelho. O Japão foi unificado pela primeira vez no Século VI pelo povo Yamato, que empreendeu a conquista da península da Coreia no final do século. Nos séculos seguintes a competição por cargos no governo enfraqueceu gradualmente o domínio japonês sobre a Coreia.
     Em 552 o budismo foi introduzido no Japão, trazido da Coreia e servindo como arma política contra o crescente poder dos sacerdotes, a religião tradicional, o xintoísmo debilitou-se, porém não desapareceu. As duas religiões uniram-se sob a égide do budismo. Após a morte do Imperador Shotoku, em 622, e um período de guerras civis, o Imperador Kōtoku deu início à reforma Taika, que criaria um estado com poderes concentrados nas mãos de um imperador rodeado por uma burocracia, à semelhança da Dinastia Tang na China.
     Em 710 a capital japonesa foi transferida de Asuka para Nara, dando início a um novo período da história japonesa no qual a cultura e a tecnologia chinesa tiveram maior influência e o budismo se difundiu com a criação de templos por parte do imperador nas principais regiões.
     Mais tarde a capital seria novamente transferida para Heian-kio, a moderna Quioto, e dar-se-ia o rompimento entre o Imperador Kammu e os monges budistas. A partir daí foi estabelecida a escrita japonesa e uma nova literatura. Foi nesse período de paz que surgiram a classe dos samurais como guardas da corte. Contudo, as disputas surgidas entre os clãs guerreiros Taira no Kiyomori e Minamoto no Yoritomo levaram a uma nova guerra civil que só teve fim em 1185, com a ascensão de Minamoto. Este estabeleceria o governo do xogunato em Kamakura.

Arte Namban com grupo de portugueses, (cerca de 1593 a 1600).
Biombo atribuído a Kano Domi.

     Foi durante o Século XVI que os comerciantes e missionários portugueses chegaram ao Japão pela primeira vez, dando início a um intenso período de trocas culturais e comerciais. No Japão os portugueses praticaram o comércio e a evangelização. Os missionários, principalmente os sacerdotes da Companhia de Jesus, levaram a cabo um intenso trabalho de missão e em cerca de 100 anos de presença portuguesa no Japão. Em 1582 a comunidade cristã no país chegou a cerca de 150 mil cristãos e 200 igrejas. Neste período, o Japão era uma sociedade feudal relativamente bem desenvolvida com tecnologia pré-industrial. O país era mais povoado do que qualquer país ocidental e tinha, no Século XVI, cerca de 26 milhões de habitantes.



Cultura:
     A cultura do Japão evoluiu ao longo do tempo, da cultura do país original Jomon, para a sua cultura híbrida contemporânea, que combina influências do Brasil, Europa e América do Norte. A cultura japonesa é o resultado das várias ondas de imigração provenientes do continente asiático e das Ilhas do Pacífico, seguido por uma forte influência cultural da China e um longo período de relativo isolamento do resto do mundo sob o Xogunato Tokugawa, até à chegada dos navios negros da Era Meiji no final do Século XIX, quando recebe uma enorme influência cultural estrangeira, que se torna ainda mais forte após o fim da Segunda Guerra Mundial. Como resultado, uma cultura distinta e diferente do resto da Ásia desenvolveu-se. Vestígios dessa cultura ainda existem no Japão contemporâneo.
     No último século, a cultura japonesa foi também influenciada pela Europa e pela América. Apesar destas influências, o Japão gerou um estilo único de artes (ikebana, origami, ukiyo-e), técnicas artesanais (bonecas, objectos lacados, cerâmica), espectáculo (dança, kabuki, noh,raku-go, Yosakoi, Bunraku), música (Sankyoku, Joruri e Taiko) e tradições (jogos, onsen, sento, cerimónia do chá), além de uma culinária única.

Pintura de Genji Monogatari (livro de literatura clássica japonesa),
de  Murasaki Shikibu

     O Japão moderno é um dos maiores exportadores de cultura do mundo. Os desenhos animados (animes), histórias em quadradinhos (mangá), filmes, a cultura pop japonesa - literatura e música conquistaram popularidade em todo o mundo, e especialmente em outros países asiáticos.
     Juntamente com o Reino Unido e com os Estados Unidos, o Japão é considerado uma super-potência cultural.


Principais recursos naturais:
Ouro, magnésio, prata, carvão, ferro, zinco, chumbo, alumínio, cromita, calcário, enxofre e petróleo (em pequenas quantidades e dispersos.)


Datas comemorativas:
  • Dia da Fundação Nacional do Japão - 11 de Fevereiro - Celebra a fundação do país, sem origem histórica, mas alguns historiadores apontam para cerca de 660 a.C..



  • Ano Novo - 1 de Janeiro - O mais importante feriado nacional no Japão.




  • No Japão, além do Dia da Fundação Nacional, no dia 11 de Fevereiro, que é um dia nacional, há também um Feriado Nacional (国民の休日」), kokumin no kyujitsu, que pode ser traduzido por "Dia de Folga do Cidadão") no dia 4 de Maio, entre o dia da Constituição, no dia 3 de Maio e o (「子供の日」), Kodomo no hi, (dia das Crianças) no dia 5 de Maio. Toda a nação tira um feriado por três dias consecutivos, dando ao termo “Feriado Nacional” um significado diferente.


Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Selo Imperial;
Hino Nacional - "Kimi ga yo" (君が代) - (“Que o seu reinado dure eternamente”).
Insígnia da Força Aérea do Japão.

Insígnia da Força Aérea do Japão



Lema:
平和と進歩 - Heiwa To Shinpo - (Paz e Progresso).


Capital:                                                           Língua oficial:
Tóquio                                                            Japonês



Imagens de Tóquio, capital do Japão



Moeda oficial:                                                 Tipo de Governo:
Iene (JPY)                                                         Monarquia Constitucional


Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
18 de Dezembro de 1956.


Organizações / Relações internacionais:

  • ONU - Organização das Nações Unidas;
  • AALCO - Associação Jurídica Consultiva Afro-Asiática;
  • AG - Grupo Austrália;
  • AIE - Agência Internacional de Energia;
  • APEC - Cooperação Económica Ásia-Pacífico;
  • CD - Comunidade das Democracias;
  • CERN - Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (estatuto especial);
  • CLA - Cúpula do Leste Asiático;
  • COI - Comité Olímpico Internacional;
  • CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (observador associado);
  • FMI - Fundo Monetário Internacional (membro permanente);
  • G7 - Grupo dos sete Países mais industrializados e desenvolvidos do mundo;
  • G7+5 - Grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais o grupo de cinco países mais desenvolvidos;
  • G10 - Grupo de onze economias mais desenvolvidas;
  • G20 (países industriais, maiores economias do mundo);
  • GFN - Grupo de Fornecedores Nucleares;
  • IHO - Organização Hidrográfica Internacional;
  • INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
  • IPU - União Inter-Parlamentar;
  • IRENA – Agência Internacional para as Energias Renováveis;
  • IRU - União Internacional de Transportes Rodoviários;
  • IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
  • MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
  • OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico;
  • OIM - Organização Internacional para as Migrações;
  • OMC - Organização Mundial do Comércio;
  • OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
  • PCA - Tribunal Permanente de Arbitragem;
  • PSIWMD - Iniciativa de Segurança contra a Proliferação de Armas de Destruição Maciça;
  • RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
  • SAARC - Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional (observador);
  • TA - Tratado da Antárctida;
  • TACSA - Tratado de Amizade e Cooperação no Sudeste Asiático;
  • TPI - Tribunal Penal Internacional;
  • UIC - União Internacional dos Caminhos-de-Ferro;
  • UNIDROIT - Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado;
  • WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
  • WIPO - Organização Mundial da Propriedade Intelectual.




Património Mundial (UNESCO):

  • Castelo de Himeji-jo (1993);
  • Monumentos Budistas na Região de Horyu-ji (1993);
  • Região de Shirakami-Sanchi, nas montanhas do norte de Honshu (1993);
  • Ilha de Yakushima (1993);
  • Monumentos Históricos da Antiga Quioto (Cidades de Quioto, Uji e Otsu) (1994);
  • Aldeias Históricas de Shirakawa-go e Gokayama (1995);

Aldeia Histórica de Shirakawa-go (UNESCO)


  • Memorial da Paz de Hiroshima (Cúpula Genbaku) (1996);
  • Santuário Xintoísta de Itsukushima (1996);

Santuário Xintoísta de Itsukushima (UNESCO)


  • Monumentos Históricos da Antiga Nara (1998);
  • Santuários e Templos de Nikko (1999);
  • Sítios Gusuku e Propriedades Relacionadas do Reino de Ryukyu (2000);

Castelo de Shuri, em Naha, uma das propriedades relacionadas do
Reino de Ryukyu (UNESCO)


  • Locais Sagrados e Rotas de Peregrinação nos Montes Kii (2004);
  • Península de Shiretoko (2005);
  • Mina de Prata de Iwami Ginzan e Sua Paisagem Cultural (2007);
  • Ilhas Ogasawara (2011);
  • Hiraizumi – Templos, jardins e sítios arqueológicos representantes da Terra Pura budista (2011);

Hiraizumi - Templos, jardins e sítios arqueológicos representantes da
Terra Pura Budista (UNESCO)


  • Fujisan, local sagrado e fonte de inspiração artística (2013);


Fujisan (Monte Fuji), local sagrado e fonte de inspiração artística (UNESCO)


  • Fábrica de Seda de Tomioka (2014);
  • Sítios da revolução industrial japonesa do período Meiji (2015).



Património Cultural e Imaterial da Humanidade (UNESCO):

  • Teatro Nōgaku (2001, 2008) - Iniciado com a importação do teatro Sangaku (Sarugaku) chinês no Século VIII, o Nōgaku adquiriu a sua forma actual no Século XIV e é a principal forma de teatro japonês. Existe em duas formas: o Nō com um narrador sobrenatural e actores mascarados, e o Kyōgen, cómico e mais semelhante à tradição Sangaku. O texto do Nōgaku é falado na linguagem do povo entre os Séculos XII e XVI.
  • Teatro de Marionetas Ningyo Jōruri Bunraku (2003, 2008) - Ningyo Jōruri Bunraku é uma arte de palco que engloba marionetas, canto e acompanhamento musical. Surgiu no Século XV através da junção do teatro Jōruri com a manipulação de fantoches. As narrativas desta forma antiga de Ningyo Jōruri Bunraku derivaram do sewamono (teatro contemporâneo) e do jidaimono (peças históricas). O teatro atingiu a sua forma actual no final do Século XIX, em que três bonecreiros manipulam enormes fantoches enquanto um músico toca o shamisen e um narrador (tayu) descreve as acções e os personagens.
  • Teatro Kabuki (2005, 2008) - Kabuki é uma forma de teatro japonês, conhecida pela estilização do drama e pela elaborada maquiagem usada por seus atores. O significado individual de cada ideograma é canto (ka), dança (bu) e habilidade (ki), e por isso a palavra kabuki é às vezes traduzida como “a arte de cantar e dançar”. Sua origem remonta ao início do Século XVII.
  • Ojiya-chijimi e Echigo-jofu, técnicas de fabrico de tecidos de rami da região de Uonuma (Niigata) (2009) - Os tecidos ligeiros e de grande qualidade fabricados com a planta de rami são ideais para os Verões cálidos do Japão. As técnicas de fabrico de tecidos com rami, denominadas Ojiya-Chijimi e Echigo-jofu, trazem a marca do clima frio da região, caracterizada pela precipitação de neve no Inverno.
  • Técnica de fabrico de papel Sekishu-banshi na região de Iwami (Shimane) (2009) - O papel mais resistente do Japão é fabricado através das técnicas Sekishu-banshee, únicas no seu género. No início era uma actividade complementar que ajudava no rendimento das famílias de agricultores. Muito apreciado no passado pelos comerciantes de livros de contas, o papel fabricado com estas técnicas utiliza-se hoje principalmente para os shoji (divisórias móveis), caligrafia e trabalho de conservação e restauro.
  • A procissão do Yamahoko, carros alegóricos do Festival de Gion, na cidade de Kyoto (2009) - Em 17 de Julho de cada ano, o Festival Gion, realizada na cidade de Kyoto, no Japão central, culmina com a grande procissão de Yamahoko, em que carros alegóricos engalanados com tapeçarias e ornamentos de madeira e metal desfilam nas ruas. São de decoração tão refinada que lhes foi dado o nome de "museus ambulantes".
  • As festividades de Koshikijima no Toshidon (2009) - Segundo uma crença popular japonesa, quando um novo período se inicia, vem visitar o nosso mundo uma divindade portadora de bênçãos. As festividades de Koshikijima no Toshidon têm início na véspera de Ano Novo na ilha de Shimo-Koshiki, a sudoeste do arquipélago japonês, têm por finalidade celebrar a chegada dessas divindades, chamadas Raiho-shi. No dia da festa, um grupo de dois a cinco homens disfarçam-se de divindades - chamadas Toshidon - vestindo mantos de palho decorados com plantas da ilha, para se protegerem contra a chuva. Colocam máscaras monstruosas, com narizes pontiagudos, dentes enormes e cornos demoníacos.
  • Dança tradicional dos Ianu (2009) - Os Ainu são um povo indígena que vive actualmente na maior parte na ilha de Hokkaido, no norte do Japão. A dança tradicional é apresentada em público durante as cerimônias e banquetes, bem como no contexto de festivais culturais recém-organizados, ou de gestão privada, em várias ocasiões da vida diária. As diversas modalidades desta dança estão intimamente ligadas ao estilo de vida e religião do povo Ainu.
  • O ritual Oku-noto no aenokoto (2009) - Oku-noto no aenokoto é um ritual agrícola transmitido de geração em geração pelos produtores de arroz da Península de Noto, no norte da província de Ishikawa, na parte central da ilha de Honshu, a principal do arquipélago japonês. Realizado duas vezes por ano, este ritual, invocatório de boas colheitas, é único no seu género entre todos os rituais da Ásia. A sua singularidade é que os chefes de família convidam os deuses dos arrozais para as suas casas, comportando-se como se espíritos invisíveis estivessem realmente presentes.
  • A dança de Kagura de Hayachine (2009) - Entre os Séculos XIV e XV, a população da região de Iwate, ao norte da principal ilha do arquipélago do Japão rendiam culto ao Monte Hayachine, considerando-o uma divindade. Esta veneração deu origem à Kagura, uma representação folclórica popular que continua a animar o Grande Festival do Santuário de Hayachine, celebrado no primeiro dia de Agosto de cada ano, na cidade de Hanamaki.
  • A arte cénica tradicional Gagaku (2009) - Caracterizado por cantos e músicas longas e lentas e pela sua mímica coreográfica, Gagaku é a mais antiga das artes de palco tradicionais japoneses. É realizada em banquetes e cerimônias do Palácio Imperial e nos cinemas em todo o país e é composto por três gêneros artísticos diferentes.
  • Desfile de procissão Furyumono de Hitachi (2009) - A chamada procissão Furyumono de Hitachi tem lugar nesta cidade, localizada na parte central do Japão. É comemorada todos os anos em Abril, durante o Festival  da Cereja, ou a cada sete anos em Maio, ao mesmo que se realiza o Grande Festival do Templo de Kamine. Cada uma destas quatro comunidades locais - Kita-machi, Higashi-machi, Nishi-machi e Hom-machi - fabrica um carro alegórico que cumpre a função de um lugar de culto a uma divindade e que, ao mesmo tempo, transporta um teatro de marionetas de vários andares de altura.
  • A tradição do Daimokutate (2009) - No santuário Yahashira, localizado na cidade de Nara, no centro do Japão, os jovens da comunidade de Kami-Fukawa vestem-se com roupas de samurai e colocam-se em semicírculo. São mantidos na posição vertical com arcos individuais nas suas mãos. Um por um, eles vão ocupando o centro do semicírculo a mando de um ancião, que lê o nome de cada um dos personagens das histórias sobre a rivalidade entre os clãs Genji e Heike. Cada jovem recita o texto do respectivo personagem com um tom distintivo na voz, mas sem desempenho gestual nem qualquer acompanhamento musical. Depois dos vinte e seis personagens se expressarem pela boca dos jovens, estes batem no chão ritmicamente com os pés e deixam o palco cantando. Originalmente, este ritual consagrava a admissão oficial do primogênito - quando cumpria dezassete anos - no círculo das vinte famílias da comunidade Kami-Fukawa. Actualmente, o Daimokutate é representado todos os anos em meados de Outubro, participando jovens de diversas idades e muitas outras famílias.
  • A tradição do Chakkirako (2009) - Localizada no centro do Japão, numa península da região de Kanagawa, banhada pelas águas do Pacífico, a cidade de Miura desenvolveu-se à volta de uma base naval militar e um porto civil, fornecendo abrigo para navios em passagem. Baseando-se em danças de outras cidades demonstradas pelos visitantes que eram marinheiros de outras portos, o povo de Miura começou a tradição de Chakkirako, a fim de celebrar o Ano Novo e trazer fortuna pescas abundantes nos meses seguintes. Em meados do século XVIII, este ritual assumiu a forma de um espectáculo que tinha como objectivo mostrar os talentos artísticos das jovens da cidade.
  • O Bugaku de Dainichido (2009) - Segundo a lenda, uns artistas itinerantes de Bugaku, uma representação ritual de música e dança do Palácio Imperial, actuou na cidade de Hachimantai, no norte do Japão, no início do século VIII, durante a reconstrução do Dainichido, o pavilhão do Templo. Daí o nome Bugaku de Dainichido, usado para descrever esta expressão artística que, ao longo do tempo, evoluiu consideravelmente e tem enriquecido com as contribuições da juventude local, com os ensinamentos transmitidos pelos mais velhos, no seio das comunidades locais de Osato, Azukisawa, Nagamine e Taniuchi.
  • O Akiu no Taue Odori (2009) - O Akiu no Taue Odori é uma dança que simula as acções que envolvem a plantação de arroz executadas pelos agricultores de Akiu, uma cidade no norte do Japão, a fim de orarem por uma boa colheita. Executada desde o final do século XVII em comunidades espalhadas por toda a região, esta dança é realizada hoje em festivais na Primavera e no Outono.
  • Yuki-tsumugi, técnica de fabrico de tecido de seda (2010) - A arte japonesa de tecelagem de seda, chamada Yuki-tsumugi, é praticada principalmente nas cidades de Yuki et Oyama, localizadas nas margens do Rio Kinu, no norte de Tóquio.
  • O Kumiodori, teatro musical tradicional de Okinawa (2010) - O Kumiodori é uma arte de performance japonesa praticada no arquipélago de Okinawa. Baseado em música e dança tradicionais deste arquipélago, o Kumiodori também integra uma série de elementos das principais ilhas do Japão, como o nogaku e kabuki - e da China. As obras do Kumiodori relatam eventos históricos ou lendários, com o acompanhamento musical de um instrumento tradicional de três cordas.
  • O Mibu no Hana Taue, ritual da plantação do arroz em Mibu (Hiroshima) (2011) - O Mibu no Hana Taue é um ritual japonês agrícola praticado pelas comunidades de Mibu e Kawahigashi, na região de Hiroshima. Pretende homenagear a divindade do arroz, a fim de dispensar uma colheita abundante. O ritual, que se realiza no primeiro domingo de Junho, quando já se concluiu o transplante de arroz, ilustra as fases de plantação e transplantação do arroz. Os agricultores levam ao Santuário de Mibu, o seu gado engalanado com colares coloridos e selas de montar ornamentadas.
  • Sada Shin Noh, conjunto de danças sagradas do Santuario de Sada (Shimane) (2011) - Sada Shin Noh é um conjunto de danças rituais de purificação que são executados em 24 e 25 de Setembro de cada ano no Santuário Sada, localizado na cidade japonesa de Matsue, pertencente à região de Shimane. A execução das danças visa purificar as novas esteiras de junco em que se sentarão as divindades tutelares do santuário.
  • Nachi no Dengaku: arte cénica religiosa representada na festa do fogo de Nachi (2012) - A arte chamada Nachi no Dengaku está profundamente ligada ao local sagrado de Kumano Sanzan, localizado em Nachisanku. A sua representação é feita em 14 de Julho de cada ano, dia do Festival do Fogo de Nachi, num palco montado no Santuário de Kumano Nachi. O elemento essencial da representação e da festa é uma dança ritual que é bailada ao som de uma flauta e de tambores, a fim de implorar abundantes colheitas de arroz.
  • Washoku: tradições culinárias dos japoneses, em particular para festejar o Ano Novo (2013) - O "washoku" é uma prática social com base num conjunto de competências, práticas, tradições e conhecimentos ligados à produção, transformação, preparação e consumo de alimentos. Este elemento do património cultural está ligado a um princípio essencial do respeito pela natureza e está intimamente ligado ao uso sustentável dos recursos naturais. Os conhecimentos básicos e as características sociais e culturais do "washoku" manifestam-se geralmente durante as celebrações do Ano Novo.
  • Washi, a arte tradicional da fabricação manual do papel japonês (2014) - As três comunidades japoneses que praticam "washi" - arte tradicional da fabricação manual de papel são: o bairro Misumi-cho, localizado na cidade de Hamada (Shimane); a cidade de Mino (Gifu); e os municípios de Higashi-chichibu e Ogawa (Saitama). O papel é feito a partir de fibras de amoreira, que são embebidas nas águas claras do rio, afim de engrossar. Em seguida são filtradas com uma tela de bambu. O papel obtido com esta técnica tradicional não só é usado para correspondência e para a execução de livros, mas também é usado no fabrico de painéis, e divisórias e portas de correr para o interior das casas.

A região metropolitana de Tóquio é a maior do mundo,
com mais de 35 milhões de habitantes


Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre

Sem comentários:

Enviar um comentário