Enciclopédia Altimagem de Fotografia
(continuação)
Nota: quando os símbolos se encontram ao centro, dois ou mais dos termos seguintes possuem a mesma simbologia.
Nota: quando os símbolos se encontram ao centro, dois ou mais dos termos seguintes possuem a mesma simbologia.
BOKEH - Termo de origem japonesa que designa
a área da fotografia que está fora de foco ou distorcida. É um efeito produzido por objectivas fotográficas. Designa a
"qualidade estética" da área da fotografia que se encontra fora de foco (imagens 1 e 2).
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Imagem 1: Bokeh com objectiva de 85mm e uma abertura equivalente a f/1.2. (foto de Carlos Luis) |
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Imagem 2: Bokeh com objectiva de 200mm e uma abertura equivalente a f/2.8. (foto de Gregory F. Maxwell). |
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BÓRAX – (sodium borate) – Na2B4O7·10H2O – Também conhecido por tetraborato de sódio, ou somente por borato de sódio. Pó cristalino branco ligeiramente solúvel em água. Em fotografia é utilizado como um alcalino suave, como acelerador na composição de reveladores de grão fino e em alguns banhos de viragem.
BOTÃO DE PREVISÃO DA PROFUNDIDADE
DE CAMPO – (preview button of depth of field) – Quando accionado, ele fecha a abertura de uma objectiva para a
exposição seleccionada, permitindo uma vista (escura), da profundidade de campo
através do visor. As grandes aberturas do diafragma possuem uma profundidade de campo limitada - apenas uma pequena área à frente e atrás do plano de focagem aparece nítida. As pequenas aberturas proporcionam uma grande profundidade de campo, com uma área mais alargada de nitidez aparente.
Ao premir o botão de previsão (ou pré-visualização) da profundidade de campo, a imagem escurece porque chega menos luz ao sensor, devido à redução da abertura da objectiva para o modo de pré-visualização. No entanto, nas câmaras que possuem ecrã LCD, a imagem não escurece porque a câmara amplifica automaticamente a luz, de modo a proporcionar uma imagem em Live View e facilitando assim a verificação da profundidade de campo. Ver ABERTURA; Ver DIAFRAGMA; Ver DISTÂNCIA FOCAL; Ver FOCAGEM EM LIVE VIEW; Ver PROFUNDIDADE DE CAMPO; Ver NÚMEROS f /.
Ao premir o botão de previsão (ou pré-visualização) da profundidade de campo, a imagem escurece porque chega menos luz ao sensor, devido à redução da abertura da objectiva para o modo de pré-visualização. No entanto, nas câmaras que possuem ecrã LCD, a imagem não escurece porque a câmara amplifica automaticamente a luz, de modo a proporcionar uma imagem em Live View e facilitando assim a verificação da profundidade de campo. Ver ABERTURA; Ver DIAFRAGMA; Ver DISTÂNCIA FOCAL; Ver FOCAGEM EM LIVE VIEW; Ver PROFUNDIDADE DE CAMPO; Ver NÚMEROS f /.
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Imagem 3: Exemplo de um botão de previsão da profundidade de campo numa câmara Canon EOS. |
BOUNCED FLASH – Termo inglês para "flash reflectido" ou "flash de ressalto". Técnica utilizada pelos fotógrafos em interiores ou exteriores, também denominada de técnica do "flash rebatido". Quando existe pouca luz disponível, as paredes, tectos ou mesmo uma sala inteira servem de reflector da luz do flash para obter a luz suficiente para iluminar um motivo, sendo uma luz menos directa e com sombras mais suaves ou inexistentes. Em exteriores é utilizado uma película reflectora. Esta técnica também é comum em cinema, com luzes de tungsténio ou reflectores, e foi iniciada por Subatra Mitra em 1956 (imagem 4).Ver FLASH REFLECTIDO; Ver MITRA, SUBRATA.
Imagem 4: Exemplo de utilização da técnica de "flash reflectido" (bounced flash). A cabeça do flash é apontada para o tecto, onde a luz é reflectida para o motivo a fotografar. (cortesia de: Nikon).
BOYLE, ROBERT – (1627-1691) – Filósofo natural, químico, físico e inventor irlandês. Como cientista é mais conhecido pela Lei de Boyle. No campo da fotografia, foi o primeiro a descrever, em 1663, que o cloreto de prata fica negro quando exposto à luz, embora tenha atribuído este facto à oxidação pelo ar (imagem 5). Ver CLORETO DE PRATA.
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Imagem 5: Robert Boyle |
BRACKETING – Técnica que consiste
em executar uma série de fotografias ao mesmo motivo (pelo menos três), com o
mesmo ponto de vista, alterando apenas um determinado parâmetro, de modo a
conseguir a imagem desejada. Existem vários tipos de bracketing:
Qualquer um destes tipos de bracketing pode ser automático, dependendo do tipo de câmara fotográfica.
- Bracketing de exposição (Exposure bracketing);
- Bracketing de focagem (Focus bracketing);
- Bracketing de balanço de brancos (White Balance bracketing);
- Bracketing de profundidade de campo (Depth-of-field bracketing);
- Bracketing de flash (Flash bracketing);
- Bracketing de ISO (ISO bracketing).
Qualquer um destes tipos de bracketing pode ser automático, dependendo do tipo de câmara fotográfica.
BRACKETING DE BALANÇO DE BRANCOS
– (White Balance bracketing) – Consiste em tirar, pelo menos, três fotografias ao mesmo motivo, variando
apenas as definições do balanço de brancos, de modo a garantir que pelo menos
uma das fotografias possui o balanço de brancos mais correcto.
BRACKETING DE EXPOSIÇÃO – (Exposure bracketing) – Consiste
em tirar, pelo menos, três fotografias ao mesmo motivo, variando apenas os
valores da exposição, de modo a garantir que pelo menos uma das fotografias
possui o valor de exposição ideal para um dado motivo (imagem 6). Ver AJUSTE DE CONTROLE
DE EXPOSIÇÃO; Ver FOTOGRAFIA HDR.
- 4 stops |
- 2 stops |
+ 2 stops |
+ 4 stops |
Imagem 6: Exemplo de fotos obtidas com o bracketing de exposição (fotos de Kevin McCoy)
BRACKETING DE FLASH – (flash bracketing) – Técnica de trabalho com flash electrónico, especialmente quando usado como flash de preenchimento, combinado com a luz existente, mantendo o valor total da exposição. A quantidade de luz fornecida pelo flash varia numa série escalonada, com a finalidade de encontrar a combinação ideal de luz ambiente e flash de preenchimento. Se a quantidade de luz do flash não puder ser alterada facilmente (por exemplo, com flash de estúdio), alternativamente poderá ser alterada a abertura. No entanto, este método também irá afectar a profundidade de campo e a exposição à luz ambiente. Deverá ter-se em atenção que as técnicas de flash com sincronização a alta velocidade não estão disponíveis em flash's de estúdio.
BRACKETING DE FOCAGEM – (focus bracketing) – Consiste
em tirar, pelo menos, três fotografias ao mesmo motivo, variando apenas a
focagem do mesmo, de modo a garantir que uma das fotografias possui a focagem
correcta ou a focagem desejada pelo fotógrafo (imagem 7).
BRACKETING DE ISO – (ISO bracketing) – Técnica de simulação de exposição em que a abertura e a velocidade do obturador permanecem constantes, mudando apenas o valor ISO. Neste caso, os níveis de brilho são alterados, aumentando ou diminuindo o ganho, existindo a amplificação do sinal digital antes da conversão para um arquivo de imagem, como JPEG ou TIFF. Esta técnica deve ser utilizada com a câmara no modo manual. O modo mais fácil de implementar é tirando uma única foto, bem exposta, no formato RAW, aplicando a compensação de exposição na edição de imagem. Isto é o equivalente à técnica de "puxar" no processamento dos filmes fotográficos e, como estes, vai afectar a quantidade de "grão" ou ruído numa imagem.
BRACKETING DE PROFUNDIDADE DE CAMPO – (DOF-depth-of-field bracketing) – Técnica que consiste em tirar uma série de imagens com aberturas diferentes e sucessivas (f-stops), mantendo a exposição, e adaptando com a velocidade do obturador (em câmaras analógicas), ou adaptando com o valor ISO (em câmaras digitais).
BRANDT, BILL – (1904-1983) – Fotógrafo britânico conhecido pelas suas imagens a preto e branco sobre os contrastes na sociedade britânica e as fotos distorcidas de nus e paisagens. Iniciou o seu trabalho como ajudante de fotógrafo em Paris, sendo influenciado pelo movimento surrealista. Em 1931 instalou-se em Londres, iniciando o seu trabalho sobre as diferenças sociais na sociedade britânica e os contrastes que proporcionavam, assim como os problemas com as greves dos mineiros. Durante a II Guerra Mundial trabalhou para o Governo britânico, fotografando a vida nocturna da população londrina durante os bombardeamentos. O seu trabalho exerceu muita influência durante a segunda metade do Século XX.
BRACKETING DE PROFUNDIDADE DE CAMPO – (DOF-depth-of-field bracketing) – Técnica que consiste em tirar uma série de imagens com aberturas diferentes e sucessivas (f-stops), mantendo a exposição, e adaptando com a velocidade do obturador (em câmaras analógicas), ou adaptando com o valor ISO (em câmaras digitais).
BRANDT, BILL – (1904-1983) – Fotógrafo britânico conhecido pelas suas imagens a preto e branco sobre os contrastes na sociedade britânica e as fotos distorcidas de nus e paisagens. Iniciou o seu trabalho como ajudante de fotógrafo em Paris, sendo influenciado pelo movimento surrealista. Em 1931 instalou-se em Londres, iniciando o seu trabalho sobre as diferenças sociais na sociedade britânica e os contrastes que proporcionavam, assim como os problemas com as greves dos mineiros. Durante a II Guerra Mundial trabalhou para o Governo britânico, fotografando a vida nocturna da população londrina durante os bombardeamentos. O seu trabalho exerceu muita influência durante a segunda metade do Século XX.
BRANQUEADOR – (blanching) – Banho químico que
se destina a «rehalogeneizar» a prata negra. Solução química ácida que torna
solúvel os cristais de prata metalizados tanto nos processos de Slide em Preto
e Branco como também nos Negativos, Papéis e Slides em Cores.
BRANQUEAMENTO – (whitening) – Processo de
branquear através de um banho químico. A imagem de prata obtida pela exposição
e pela revelação pode, através da operação de branqueamento, voltar a ser
transformada num haleto cuja densidade pode ser reduzida (redução),
completamente eliminado através da
fixação (positivação a cor), ou transformado numa imagem tingida (viragem).
BRANQUEAMENTO TOTAL – (total whitening) – Método de
produção de desenhos lineares a partir de imagens fotográficas. A foto é
revelada normalmente, os contornos esboçados e a imagem de prata negra
completamente branqueada, de modo a restar somente o contorno desenhado.
BRASSAÏ – (1899-1984) – Pseudónimo de Gyula Halász, fotógrafo e escritor húngaro conhecido pelos seus trabalhos sobre Paris, cidade onde desenvolveu a sua carreira. Capturando a essência da cidade nas suas fotos, Brassaï publicou o seu primeiro livro fotográfico em 1933. Num ensaio do seu amigo Henry Miller, este chamou-o de "O olho de Paris". Fotografou muitos dos seus amigos artistas, como Pablo Picasso, Salvador Dali, Henri Matisse e Alberto Giacometti, assim como muitos dos proeminentes escritores da época, como Jean Genet e Henri Michaux, entre outros.
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Imagem 8: Câmara Braun Super Paxette I, 1955 |
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Imagem 9: Câmara SLR Braun, 1960/65 |
BREWSTER, SIR DAVID – (1781–1868)
– Físico, matemático, astrónomo, escritor, cientista e inventor escocês, cujos estudos conduziram à descoberta do princípio do caleidoscópio, em 1816. Criou igualmente o estereoscópio, instrumento para a criação de imagens
tridimensionais, utilizando duas fotografias e visores específicos. Na física é conhecido pela Lei de Brewster (imagens 10 e 11). Ver LEI DE BREWSTER.
BRILHO – (brightness) – Quantidade de luz reflectida por uma superfície. Intensidade ou quantidade de luz emitida por uma fonte leve. A luminância de uma cor.
BRILHANTE – (bright) – Diz-se “brilhante”
quando se descreve um tipo de papel fotográfico para impressão, com grande
quantidade de brilho. Ver TIPOS DE PAPEL PARA FOTOGRAFIA.
BROMETO DE POTÁSSIO – (potassium bromide) – KBr –
Cristais brancos e translúcidos com a forma de pequenos cubos, muito solúveis
em água. Em fotografia utiliza-se como retardador na formulação de branqueadores
e reveladores, com vista à redução do véu, e como componente de banhos de
branqueamento. Ver AGENTE LIMITADOR.
BROMETO DE PRATA – AgBr – Composto químico amplamente utilizado em fotografia, nomeadamente no fabrico do papel fotográfico e nas películas fotográficas, devido à sua alta sensibilidade à luz. No fabrico de películas fotográficas, os sais de prata são colocados em suspensão numa camada de gelatina. Quando a luz incide sobre o composto, o brometo e a prata são ionizados, gerando uma imagem latente nas zonas negativas que contêm brometo de prata ionizado pela luz. No desenvolvimento do processo fotográfico, o agente revelador, que pode ser composto por metol e hidroquinona, cede electrões ao brometo de prata ionizado, estabilizando os dois elementos do composto e provocando, assim, a sua separação. Ver CLORETO DE PRATA; Ver SAIS DE PRATA; Ver REVELADOR.
BROMETO DE SÓDIO – (sodium bromide) – NaBr – Cristais brancos solúveis. Em
fotografia é utilizado para substituir o retardador de brometo de potássio em reveladores
e branqueadores.
BRONICA – Também conhecida como Zenza Bronica, é uma marca japonesa de câmaras fotográficas de película, de médio formato. Estas câmaras surgiram em 1958, quando o fundador da empresa, Zenzaburo Yoshino (1911-1988), introduziu uma câmara desenhada por si, a câmara de película de rolo "Bronica Z", durante o Philadelphia Camera Show, nos Estados Unidos. As câmaras Bronica tiveram grande sucesso em todo o mundo, pois além da sua grande qualidade, usavam lentes de alta qualidade Nikkor. Mais tarde introduziu objectivas de fabrico próprio e foi adquirida pela fabricante de objectivas Tamron (imagem 12). Ver YOSHINO, ZENZABURO.
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Imagem 12: Câmara Zenza Bronica, modelo SQAI, com objectiva de 40mm |
BUFFER – Área de memória
temporária (intermédia) que fornece dados antes dos mesmos serem escritos numa
uma área permanente. Em câmaras digitais, a memória onde as imagens são
guardadas antes de serem transpostas para o cartão de memória.
BUILT-IN FLASH – Ver FLASH EMBUTIDO.
BUILT-IN LIGHT METER – Ver FOTÓMETRO
INCORPORADO.
BULB – Modo de disparo do
obturador que permite que este fique aberto durante todo o tempo em que o mesmo
esteja pressionado. O uso do modo B permite longas exposições de tempo, além
das velocidades de obturador normais. Neste modo o obturador permanecerá aberto
enquanto o botão do obturador permanecer pressionado. (imagem 13). Ver B; Ver AJUSTE B (BULB); Ver VELOCIDADE DO OBTURADOR.
BUNSEN, ROBERT – (1811-1899) – Químico alemão, mais conhecido por ter aperfeiçoado o queimador inventado pelo físico-químico britânico Michael Faraday, actualmente conhecido como "Bico de Bunsen". Trabalhou com emissões espectrais de elementos químicos aquecidos. Descobriu os elementos Césio e Rubídio. Em 1843 construiu o primeiro fotómetro visual simples, designado por fotómetro de mancha de gordura. O seu princípio assentava no facto de que uma mancha de gordura sobre o papel não sobressai em relação ao que se encontra à sua volta quando se faz incidir sobre ambos os lados a mesma intensidade luminosa (imagem 14). Ver FOTÓMETRO; Ver DENSITÓMETRO.
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Imagem 14: Robert Bunsen |
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Imagem 15: René Burri |
BURST MODE – (1) Também conhecido como "Continuous Mode" ou "disparo contínuo". Em fotografia, é o modo de disparo
contínuo para capturar várias imagens consecutivas apertando o disparador
somente uma vez, mantendo-o pressionado durante toda a operação (imagem 16).
(2) Em informática, é um termo da tecnologia de computadores. É um modo de transmissão para acelerar a leitura ou escrita em unidades de memória.
(2) Em informática, é um termo da tecnologia de computadores. É um modo de transmissão para acelerar a leitura ou escrita em unidades de memória.
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Imagem 16: Sequência de imagens do Grande Geysir, na Islândia, obtida em "burst mode"com uma câmara Nikon D90 com objectiva Tamron f/2.8, 17-50mm. 17mm focus, f/16, 0,005s de exposição por imagem. |
BYTE – Conjunto de 8 bits. Também conhecido como "palavra", e também chamado de octeto.
Equivalências:
- 8 bits = 1 byte;
- 1024 bytes = 1 quilobyte (KB);
- 1024 kbytes = 1 megabyte (MB);
- 1024 megabytes = 1 gigabyte (GB);
- 1024 Gigabytes = 1 Terabyte (TB).
A notação para "bit" utiliza um "b" minúsculo (Kb, Mb, Gb, Tb), enquanto a notação para "byte" utiliza um "B" maiúsculo (KB, MB, GB, TB).
Na fotografia digital, uma imagem é medida em pixel's. 1 pixel tem (como o byte) 8 bits. Por exemplo, uma fotografia digital com 1 megapixel tem, aproximadamente, 1024 megabytes.
Por sua vez, 1 megabyte = 1024 kilobyte = 1.048.576 bytes = 8.388.608 bits.
Ver BIT; Ver MEGAPIXEL; Ver PIXEL.
(continua)
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