Enciclopédia Altimagem de Fotografia
(continuação)
Nota: quando os símbolos se encontram ao centro, dois ou mais dos termos seguintes possuem a mesma simbologia.
Nota: quando os símbolos se encontram ao centro, dois ou mais dos termos seguintes possuem a mesma simbologia.
EASTMAN, GEORGE – (1854-1932) – Industrial americano que abasteceu o mercado fotográfico mundial
com o famoso “caixote” Kodak. Esta “primitiva” máquina caracterizava-se por
incorporar uma emulsão sensível num suporte flexível no interior da mesma (imagens 2 a 4).
Imagem 3: Envelope postal do primeiro dia de circulação, de 1954, honrando George Eastman. |
Imagem 4: Primeira página da patente nº 388,850, de 4 de Setembro de 1888, de George Eastman, respeitante à primeira câmara fotográfica projectada, a Kodak Black. |
ECRÃ DE FOCAGEM
– focusing screen – É um elemento das câmaras reflex situado no trajecto da luz, imediatamente
antes do pentaprisma do visor óptico. Serve para permitir ao fotógrafo ver a
imagem formada pela luz que passa através da objectiva. Neste elemento estão
ainda gravados auxiliares de focagem, como os pontos de focagem automática ou o
micro-prisma utilizado na focagem manual. Alguns ecrãs de focagem possuem linhas
gravadas, a fim de facilitar a composição (imagens 5 e 6).
Imagem 5: Ecrã de focagem de uma câmara Praktica Super TL 1000. |
Imagem 6: Localização do ecrã de focagem, a verde. |
ED – extra low dispersion glasss – Iniciais em inglês para "Extra low Dispersion glass" (lente de dispersão extra baixa). Designação de um tipo de lente apocromática fabricada pela Nikon para algumas das suas objectivas, em que a dispersão da luz que passa através da mesma ocupa uma área do espectro secundário muito menor que a de uma lente normal (imagem 7). Ver APOCROMÁTICO.
Imagem 7: A diferença entre uma lente normal e uma lente ED |
EDTA – C10H16N2O8 – Do inglês Ethylenediamine tetraacetic acid, ou ácido etilenodiamino tetra-acético. Composto orgânico que se apresenta em forma de pó branco, moderadamente solúvel em água. Age como agente químico quelante, formando complexos muitos estáveis com diversos iões metálicos, como o cálcio e o magnésio. Em química fotográfica utiliza-se em fórmulas de reveladores, a fim de evitar manchas devidas à precipitação destes iões, principalmente quando se utilizam águas duras. Ver DUREZA DA ÁGUA.
EF – electro-focus – Inicias do inglês "Electro-Focus" (focagem electrónica). Designação
de algumas objectivas da Canon para o sistema EOS, analógico e digital.
As Lentes Canon
EF pertencem a uma linha de objectivas fotográficas introduzidas pela Canon em 1987,
utilizadas por câmaras SLR e DSLR. A sua principal característica é a focagem
automática ou focagem electrónica, que funciona com um pequeno
motor incorporado que se comunica com a câmara através de contactos electrónicos
no encaixe da baioneta (imagem 8). Ver EOS.
Imagem 8: Contactos electrónicos de uma objectiva Canon EF (foto de Nebrot) |
EFEITO ABNEY – Fenómeno visual de mudança do valor da tonalidade ou da cor, após uma alteração aparente da pureza da mesma. Por outras palavras, consiste na mudança de cor que um feixe de luz colorida aparenta possuir quando a este se adiciona luz branca. A junção de luz branca causa uma dessaturação da fonte monocromática, quando percebida pelo olho humano. A mudança do comprimento de onda dominante dita qual a cor a ser observada ou a mudança de tonalidade da mesma. Esta variação é fisiológica e não de natureza física, ou seja, é uma ilusão de óptica (imagem 9). Ver ABNEY, WILLIAM DE WIVELESLIE.
Imagem 9: Efeito Abney |
EFEITO DE CALLIER – Efeito de variação no contraste das imagens provocado pela dispersão da luz direccional procedente de
um sistema de ampliação por condensador ou por difusor, num filme fotográfico.
Nos ampliadores com sistema por condensador as zonas claras dos negativos são muito densas e concentram mais luz do que as zonas de sombra, de baixa densidade. Tal facto produz uma cópia de maior contraste do que uma cópia de contacto, pois cada ponto do filme fotográfico recebe luz apenas de uma direcção.
Nos ampliadores com sistema por difusor a luz dispersa-se previamente, sendo o contraste muito menor, pois cada ponto da película recebe luz de todas as direcções.
A diferença de contraste entre os ampliadores com condensador e com difusor é de cerca de meio grau. Não deve ser confundido com a variação na nitidez, que também é devido diferenças parciais de coerência (imagens 10 e 11). Ver AMPLIADOR POR CONDENSADOR; Ver CONDENSADOR; Ver AMPLIADOR POR DIFUSOR; Ver DIFUSOR.
Nos ampliadores com sistema por condensador as zonas claras dos negativos são muito densas e concentram mais luz do que as zonas de sombra, de baixa densidade. Tal facto produz uma cópia de maior contraste do que uma cópia de contacto, pois cada ponto do filme fotográfico recebe luz apenas de uma direcção.
Nos ampliadores com sistema por difusor a luz dispersa-se previamente, sendo o contraste muito menor, pois cada ponto da película recebe luz de todas as direcções.
A diferença de contraste entre os ampliadores com condensador e com difusor é de cerca de meio grau. Não deve ser confundido com a variação na nitidez, que também é devido diferenças parciais de coerência (imagens 10 e 11). Ver AMPLIADOR POR CONDENSADOR; Ver CONDENSADOR; Ver AMPLIADOR POR DIFUSOR; Ver DIFUSOR.
EFEITO DE INTERMITÊNCIA – Ao serem combinadas, uma série de exposições breves não
produzem o mesmo efeito fotográfico que uma única exposição de duração igual à
soma das anteriores. A este fenómeno dá-se o nome de efeito de intermitência.
EFEITO KOSTINSKY – Efeito de revelação no qual os pontos densos da imagem tendem a afastar-se
uns dos outros e os pontos claros a aproximar-se. Deve-se ao facto
do revelador não estar distribuído uniformemente e esgotar-se rapidamente nos
sítios em que dois pontos muito expostos se encontram perto um do outro. Como a
revelação continua nas superfícies exteriores, os referidos pontos parecem afastar-se.
Evita-se o aparecimento deste efeito agitando a emulsão (da película ou papel) no revelador, de modo a conseguir-se uma revelação uniforme em toda a superfície da emulsão.
EFEITO SABBATIER – Efeito parcialmente positivo e parcialmente negativo
que se obtém quando, durante a revelação, se expõe rapidamente uma emulsão à
luz branca e se continua depois a revelar normalmente. Também é conhecido pela designação de «pseudo-solarização».
Efeito Sabbatier
é a inversão parcial dos valores tonais de uma imagem a preto e branco ou a cores, resultante da exposição à luz actínica de material fotossensível (película ou papel) durante a
fase de revelação do seu processamento químico, sendo facilmente identificado pela existência de uma estreita linha
que separa as áreas de luz e de sombra da imagem.
É frequente ser incorrectamente designado por "solarização" ou "falsa solarização"; Inicialmente, estes termos eram usados para descrever o efeito observado em casos de grande sobre-exposição do negativo na câmara fotográfica. Quando é criado um efeito semelhante numa câmara escura, este toma o nome de Efeito Sabbatier ou Pseudo-solarização.
Este efeito foi descrito pela primeira vez em 1859 no livro «L'Art du Photographe», de H. de la Blanchere. Em 1860 foi descrito novamente por L. M. Rotherford e C. A. Seely em sucessivos números da revista «American Journal of Photography» e pelo Conde Schouwaloff, na revista francesa «Cosmos». Este efeito deveria ter sido baptizado de "Efeito Blanchere", pois não foi descrito por Sabbatier até 1860 ou por qualquer outro artigo publicado pela Sociedade Francesa de Fotografia até 1862.
É frequente ser incorrectamente designado por "solarização" ou "falsa solarização"; Inicialmente, estes termos eram usados para descrever o efeito observado em casos de grande sobre-exposição do negativo na câmara fotográfica. Quando é criado um efeito semelhante numa câmara escura, este toma o nome de Efeito Sabbatier ou Pseudo-solarização.
Este efeito foi descrito pela primeira vez em 1859 no livro «L'Art du Photographe», de H. de la Blanchere. Em 1860 foi descrito novamente por L. M. Rotherford e C. A. Seely em sucessivos números da revista «American Journal of Photography» e pelo Conde Schouwaloff, na revista francesa «Cosmos». Este efeito deveria ter sido baptizado de "Efeito Blanchere", pois não foi descrito por Sabbatier até 1860 ou por qualquer outro artigo publicado pela Sociedade Francesa de Fotografia até 1862.
O efeito, inicialmente, era causado por uma
exposição excessiva forte, por erro humano ou por uma exposição acidental, a material
sensível à luz branca.
A fotógrafa norte americana Lee Miller fez esta descoberta acidentalmente, quando trabalhava com Man Ray e, a partir daí, aperfeiçoou a técnica. (imagem 12). Ver ACTÍNICO; Ver ACTINISMO; Ver LUZ ACTÍNICA; Ver MILLER, LEE; Ver RAY, MAN.Imagem 12: "O Nu na Fotografia", 1937, de Man Ray. Efeito Sabbatier que se observa perfeitamente nas linhas de separação entre as zonas claras e escuras da imagem. |
EFEITO TAMPÃO – Propriedade que alguns compostos (ácidos fracos ou bases fracas conjuntamente com os respectivos sais) conferem às soluções e que as tornam particularmente
resistentes a variações de pH. São exemplos os pares ácido acético/acetato de
sódio, ácido oxálico/oxalato de potássio.
EFEITO TELEFOTO – Ver ACHATAMENTO DE PLANOS; Ver COMPRESSÃO DE PLANOS.
EFL – Iniciais
em inglês de Equivalent Focal Lenght. Ver DISTÂNCIA FOCAL EQUIVALENTE.
EGGLESTON,
WILLIAM – (n.1939) – Fotógrafo norte americano conhecido por conseguir o reconhecimento da fotografia a cores como um modo de expressão artística, digno de exposições em galerias de arte. Recebeu o Prémio Internacional da Fundação Hasselblad em 1998 e o Prémio PhotoEspaña em 2004.
EISENSTAEDT, ALFRED – (1898-1995) – Fotógrafo e foto-jornalista norte-americano nascido na antiga Prússia (actual Polónia). Foi recrutado pelo exército alemão na II Guerra Mundial. A partir de 1931 trabalhou como freelancer para a Associated Press. A partir de 1936 trabalhou como foto-jornalista para a revista Life, naturalizando-se norte-americano em 1942 e viajando em trabalho por todo o mundo. Recebeu a Medalha Nacional das Artes em 1989 e o prémio Masters of Photography, atribuído pelo International Center of Photography. (imagens 13 e 14). Ver ASSOCIATED PRESS; Ver INTERNATIONAL CENTER OF PHOTOGRAPHY.
Imagem 13: Alfred Eisenstaedt em 1932, com 34 anos. |
Imagem 14: "O Beijo", de 1945, de Alfred Eisenstaedt, talvez uma das suas fotos mais conhecidas. |
ELIMINAÇÃO – Também conhecido como "recorte": certas zonas de um negativo são pintadas com um líquido preto do
lado oposto ao da emulsão. Como a luz não consegue penetrar nessas zonas, ficam
geralmente brancas na cópia final. Este processo é muito utilizado na
fotografia industrial para eliminar fundos desnecessários.
ELIMINADOR DE
HIPOSSULFITOS – Banho químico que elimina os vestígios do agente fixador
existentes numa emulsão (película ou papel).
Utiliza a
seguinte fórmula:
Peróxido de
hidrogénio 100 ml
Amoníaco 10 ml
Água 1 litro
Preparar a
solução imediatamente antes de usar. Mergulhar a emulsão, previamente lavada, durante cerca
de 8/10 minutos. Voltar a lavar. Uma imersão demorada pode diminuir a densidade
nas zonas claras. Ver AGENTE ELIMINADOR; Ver EMULSÃO.
EMULSÃO – (1) Material sensível à luz, constituído por uma suspensão de haletos de prata
protegida por gelatina, aplicada sobre camadas diferentes, de molde a produzir
placas, películas ou papel fotográfico.
(2) Nome dado a um colóide, que consiste numa mistura na qual uma ou mais substâncias se encontram uniformemente dispersas numa outra substância, sob a forma de pequenas partículas formadas por agregados de moléculas. Um sistema coloidal apresenta, assim, dois componentes: o meio disperso (fase dispersa) e o meio dispersante (fase contínua). Os colóides são, assim, classificados de acordo com o estado físico destas duas fases. Os colóides, abundantemente presentes no quotidiano, têm uma influência e um impacto consideráveis no Homem. São exemplos de colóides o leite, a maionese, o fumo, o nevoeiro, as nuvens, o sangue, a gelatina, as natas batidas, a laca, a neblina, a pedra-pomes, a pasta dentífrica, o champô, as partículas de matéria do ar ou a cerveja. O estudo dos colóides foi iniciado em 1860 pelo químico escocês Thomas Graham.
Não confundir com o termo «Colódio». Ver EMULSÃO FOTOGRÁFICA; Ver GRAHAM, THOMAS.
(2) Nome dado a um colóide, que consiste numa mistura na qual uma ou mais substâncias se encontram uniformemente dispersas numa outra substância, sob a forma de pequenas partículas formadas por agregados de moléculas. Um sistema coloidal apresenta, assim, dois componentes: o meio disperso (fase dispersa) e o meio dispersante (fase contínua). Os colóides são, assim, classificados de acordo com o estado físico destas duas fases. Os colóides, abundantemente presentes no quotidiano, têm uma influência e um impacto consideráveis no Homem. São exemplos de colóides o leite, a maionese, o fumo, o nevoeiro, as nuvens, o sangue, a gelatina, as natas batidas, a laca, a neblina, a pedra-pomes, a pasta dentífrica, o champô, as partículas de matéria do ar ou a cerveja. O estudo dos colóides foi iniciado em 1860 pelo químico escocês Thomas Graham.
Não confundir com o termo «Colódio». Ver EMULSÃO FOTOGRÁFICA; Ver GRAHAM, THOMAS.
EMULSÃO
FOTOGRÁFICA – Mistura sensível à luz e onde se forma a imagem fotográfica. As
emulsões fotográficas comerciais são misturas muito complexas. Em termos gerais, a emulsão é
formada por gelatina, na qual estão finamente dispersos cristais de haletos de
prata (cloreto, brometo e iodeto, este último nas películas). Para além destes
constituintes fundamentais, incorporam-se muitos outros produtos destinados a
incutir características especiais: ajustar a sensibilidade à intensidade da
luz (sensibilizadores), ajustar a sensibilidade à cor da luz (corantes), a implementar
a resistência física, a evitar reflexos internos da luz ou aumentar a
longevidade da emulsão antes e depois de exposta. Uma emulsão fotográfica não é propriamente uma emulsão, pois certas substâncias que estão dispersas ou espalhadas no meio, nomeadamente os cristais de haletos de prata, não se encontram no estado líquido. No entanto, por razões óbvias, nunca foi adoptado o termo «dispersão fotográfica». Assim, o termo utilizado sempre foi «emulsão fotográfica». Ver D-MAX.
EMULSÃO NORMAL –
Termo aplicado a uma emulsão apenas sensível à luz ultravioleta e azul.
ENDURECEDOR – Solução aquosa que contém substâncias que conferem à gelatina uma maior
resistência física. Em geral são utilizadas em processamentos a temperaturas
superiores a 25º C, ou quando se usam métodos de secagem a quente. As
substâncias endurecedoras mais usadas são os alúmens de potássio e de crómio. O
endurecimento normalmente é feito em simultâneo com a fixação, mediante o uso
de fixadores endurecedores, mas pode igualmente ser realizado noutras fases,
mesmo antes da revelação (em casos de temperaturas efectivamente elevadas: da
ordem dos 30º C).
ENFRAQUECIMENTO – Também designado por «Redução». Processo que visa reduzir a densidade de uma
imagem mediante a remoção de parte da prata que a compõe. O enfraquecimento é
realizado por soluções que contém, como componentes activos, oxidantes de
prata, tais como o ferro-cianeto de potássio e o per-sulfato de potássio ou de
amónio.
(continua)
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