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MORANE-SAULNIER H
Quantidade: 1
Utilizador: Aeronáutica Militar
Entrada ao serviço: 16 de Outubro de 1916
Data de abate: Desconhecida
Dados Técnicos:
a. Tipo de Aeronave
Avião monomotor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, com patim de cauda, monoplano de asa média suportada por cabos a partir de escoras colocadas por cima e por baixo da fuselagem, revestido a tela, monolugar de cabina descoberta, destinado a missões de reconhecimento. Tripulação: 1 ( piloto ).
b. ConstrutorSociété Anonyme des Aeroplanes Morane-Saulnier / França.
c. Motopropulsor
Motor: 1 motor Anzani de 5 cilindros radiais arrefecidos por ar, de 45 hp.
Hélice: De madeira, de duas pás, de passo fixo.
d. Dimensões
Envergadura …………. 9,12 m
Altura ……………. ….…2,30 m
Área alar ……………...14,00 m²
e. Pesos
Peso vazio ………...…. 278 kg
Peso máximo …...…… 438 kg
f. Performances
Velocidade máxima ………….…135 km/h
Velocidade de cruzeiro ………Desconhecido
Tecto de serviço ………………1.000 m
Raio de acção …………………...405 km
g. Armamento
Sem armamento.
h. Capacidade de transporte
Nenhuma.
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Resumo histórico:
O primeiro avião que usou o famoso nome Morane foi um mono-plano construído em 1911 por Borel e Léon Morane, designado por Borel-Morane, que era mais conhecido simplesmente por Morane.
Este avião ganhou em Maio de 1911 a corrida Paris-Madrid, pilotado pelo francês Jules Vedrines.
Nos finais de 1911 Leon Morane desfez a sociedade com Borel, levando consigo o engenheiro Raymond Saulnier, responsável pelo projecto do avião Borel-Morane. Assim, em Outubro de 1911 constituiu-se a Societé de Constructions Aéronautiques Morane-Saulnier.
Em Dezembro do mesmo ano, a Morane-Saulnier, demonstrando grande vitalidade, expôs no III Salão Aeronáutico de Paris vários aviões em fase de construção.
Em Dezembro do mesmo ano, a Morane-Saulnier, demonstrando grande vitalidade, expôs no III Salão Aeronáutico de Paris vários aviões em fase de construção.
O primeirp Morane-Saulnier, utilizando um motor Gnôme de 50hp, começou a voar em Janeiro de 1912. No dia 25 desse mês bateu o recorde de velocidade para a distância de 300 Km. Seguiram-se outros sucessos, que culminaram com a conquista da Taça da Alemanha, em Abril de 1912.
Em Dezembro do mesmo ano o piloto francês Rolland Garros bateu o recorde de altitude com um Morane-Saulnier, descolando de Tunes e subindo a 5.610 metros. Ainda nesse mês realizou a primeira travessia aérea “reduzida” do Mediterrâneo, ligando Tunes a Marsala, na Sicília.
Em Dezembro do mesmo ano o piloto francês Rolland Garros bateu o recorde de altitude com um Morane-Saulnier, descolando de Tunes e subindo a 5.610 metros. Ainda nesse mês realizou a primeira travessia aérea “reduzida” do Mediterrâneo, ligando Tunes a Marsala, na Sicília.
Em 1913, a fama dos mono-planos Morane-Saulnier continuou a crescer graças á sua participação em vários feitos aeronáuticos, numa época extraordinariamente romântica e aventureira, dos quais se destaca a primeira travessia do Estreito da Florida, de Key West a Havana, e a primeira travessia aérea “completa” do Mediterrâneo, de Saint Raphael (França) a Bizerta (Tunísia).
O Morane-Saulnier H foi construído em 1913. Segundo algumas fontes, foram produzidos 76 para a Aviação Militar Francesa, que os utilizou nos primeiros meses da I Guerra Mundial.
O Morane-Saulnier H foi construído em 1913. Segundo algumas fontes, foram produzidos 76 para a Aviação Militar Francesa, que os utilizou nos primeiros meses da I Guerra Mundial.
O uso que os franceses lhe deram em combate foi muito limitado, não obstante o interessante trabalho de observação aérea realizado pelos dez aviões utilizados pelos britânicos do Royal Flying Corps.
Percurso em Portugal:
O único exemplar do Morane-Saulnier H que existiu em Portugal chegou a Lisboa a bordo do cargueiro «Garrone» no dia 6 de Outubro de 1916, na companhia de 5 Farman F-40 e 3 Caudron G.3. Foi entregue à Escola de Aeronáutica Militar (EAM) de Vila Nova da Rainha, que o utilizou na instrução de pilotagem.
Sabe-se que foi utilizado com assiduidade pelo Oficial de Marinha Sacadura Cabral, que aproveitando as instalações e os aviões da EAM, preparava o Serviço de Aviação da Armada, mais tarde designado por Aviação Naval.
Quanto à pintura, é assunto pouco esclarecido. Sabe-se que durante algum tempo usou nas asas a insígnia da Força Aérea Francesa, substituída depois pela portuguesa da época, circular em vermelho e verde. A data de abate é desconhecida.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;Imagem 2: Cortesia de Hargrave - The Pioneers;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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