JUNKERS W34-L
Quantidade: 1
Utilizador: Aeronáutica Militar
Entrada ao serviço: 1928
Data de abate: 1935
Dados Técnicos:
a. Tipo de Aeronave
Avião mono-motor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, com patim de cauda, ou hidroavião de flutuadores, mono-plano de asa baixa, revestimento metálico em chapa corrugada, cabina de pilotagem descoberta e de passageiros no interior da fuselagem, destinado a transporte de passageiros de médio curso. Tripulação: 2 (pilotos).
b. Construtor
Junkers Flugzeug und Motorenwerke A. G. / Alemanha.
c. Motopropulsor
Motor: 1 motor Bristol Júpiter, de 9 cilindros radiais arrefecidos por ar, de 380 hp.
Hélice: metálico, de duas pás, de passo fixo.
d. Dimensões
Envergadura ……………17,75 m
Comprimento …………..10,50 m
Altura ………………...……3,50 m
Área alar ………………..43,00 m²
e. Pesos
Peso vazio ………. ….……2.500 kg
Peso máximo…………......3.200 kg
f. Performances
Velocidade máxima….……210 km/h
Velocidade de cruzeiro……180 km/h
Tecto de serviço……..…...5.400 m
Raio de acção ……………1.200 Km
g. Armamento
Sem armamento.
h. Capacidade de transporte
Seis passageiros ou o equivalente em carga.
Resumo histórico:
Os aviões dos modelos Junkers W33 e W34 foram apresentados em 1926 e, dada a semelhança, foi utilizada a linha de montagem dos Junkers F13 na sua construção. Foram construídos como hidroaviões de flutuadores e aviões terrestres.
A diferença entre estes modelos residia essencialmente nos motores utilizados. O W33 utilizava um motor Junkers L-5, de cilindros em linha, com 310 hp, e o W34 utilizava um motor de cilindros radiais Gnome-Rhône Júpiter VI, de 420 hp.
Como era usual na época, foram construídas várias versões de ambos os modelos, com adaptação dos motores mais indicados, consoante o fim a que se destinavam. Parece que a versão que utilizou motores com maior potência foi a Junkers W34He, com motores radiais BMW 132A, de 660 hp.
Uma versão construída especialmente para missões de reconhecimento e bombardeamento recebeu a designação militar de Junkers K43.
Enquanto que os Junkers W33 foram mais utilizados no transporte de carga e correio, os Junkers W34 foram normalmente utilizados no transporte de passageiros.
Foram construídos 1.791 aviões Junkers W34.
Percurso em Portugal:
O único Junkers W34-L que existiu em Portugal pertenceu à Aeronáutica Militar (AM) e foi adquirido directamente à fábrica. Estava dotado de trem de aterragem de rodas. Foi transportado para Portugal em voo, pilotado por dois militares portugueses (Cyfka Duarte e Ribeiro da Fonseca), que descolaram de Dessau em 7 de Agosto de 1928 e aterraram na Amadora no dia 10, depois de terem feito escalas em Colónia, Paris e Burgos, percorrendo os 2.175 km de distância em 15 horas e 40 minutos.
Foi baptizado de «Monteiro Torres», em homenagem ao piloto português abatido em França durante a I Guerra Mundial. Este exemplar único tomou parte, em conjunto com nove Vickers Valparaíso III, no Cruzeiro às Colónias, iniciado na Amadora no dia 14 de Dezembro de 1935.
O «Monteiro Torres» acabou abandonado em Tambacunda, hoje República do Mali, por ter sofrido avaria irrecuperável.
O «Monteiro Torres» acabou abandonado em Tambacunda, hoje República do Mali, por ter sofrido avaria irrecuperável.
Estava totalmente pintado em alumínio, com a parte dianteira da fuselagem em preto anti-reflexo, como era tradicional nos aviões da fábrica Junkers. Apresentava a Cruz de Cristo, sobre círculo branco, em ambas as superfícies das asas e a bandeira nacional, com escudo, no leme de direcção. O seu nome de baptismo estava escrito nos lados da fuselagem, entre o motor e a cabina de pilotagem. Não se tem conhecimento se a AM lhe atribuiu número de matrícula.
Fontes:
Foto: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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