DE HAVILLAND DH-85 LEOPARD-MOTH
Quantidade: 1
Utilizador: Aeronáutica Militar
Entrada ao serviço: 1934
Data de abate: Desconhecida
Dados Técnicos:
a. Tipo de Aeronave
Avião monomotor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, com patim de cauda, monoplano de asa alta, revestido a tela, cabina integrada na fuselagem, destinado a turismo e transporte ligeiro. Tripulação: 1 (piloto).
b. Construtor
De Havilland Aircraft Co. / Grã-Bretanha.
c. Motopropulsor
Motor: 1 motor De Havilland Gipsy Major, de 4 cilindros em linha, arrefecidos por ar, de 130 hp.
Hélice: Em madeira, de duas pás, de passo fixo.
d. Dimensões
Comprimento …..…….…..7,47 m
Altura………….……....……2,67 m
Área alar ……….……..… 19,14 m²
e. Pesos
Peso vazio……………........……. ..637 kg
Peso máximo à descolagem…...1009 kg
f. Performances
Velocidade máxima ……….…..220 Km/h
Velocidade de cruzeiro …….…192 Km/h
Tecto de serviço …………..…6.555 m
Raio de acção …………….….1.151 Km
g. Armamento
Sem armamento.
h. Capacidade de transporte
3 passageiros.
A fábrica De
Havilland, tradicionalmente conhecida por produzir aviões clássicos, entrou a
partir dos anos trinta, no que poderia chamar-se a Era dos Moth e Dragons,
produzindo em conceitos de voo, máquinas inovadoras e pioneiras.
A partir do
original DH-60 Moth, produziram-se muitos modelos que se tornaram célebres em
todo o mundo. Tomando por base o bem sucedido DH-80A Puss-Moth, foi desenvolvido
o DH-85 Leopard-Moth, com mais espaço para acomodação de passageiros e motor de
maior potência. Começou a voar em 1934, tornando-se relativamente popular,
sendo um dos preferidos para transporte de executivos e particulares. Foram
construídos 133 exemplares.
Percurso em
Portugal:
Em 1934
realizou-se em Portugal uma subscrição pública para aquisição de um avião,
tendo em vista a realização de um voo Lisboa-Timor-Macau-Índia-Lisboa, que dois
militares da Aeronáutica Militar (A.M.), Capitão Humberto da Cruz (piloto) e 1º
Sargento António Lobato (mecânico), se propunham realizar.
Foi adquirido um
De Havilland DH-85 Leopard-Moth, que descolou de Heston, Grã-Bretanha, no dia
12 de Setembro de 1934 e, depois de efectuar escalas em Paris, Tours, Biarritz
(França) e Espinho, chegou ao destino, o Campo de Aviação da Amadora, no dia 14
desse mês. Foi matriculado na A.M. com o número 30.
A viagem a Timor, Macau e Índia, que se iniciou na Amadora em 25 de Outubro de 1934 e terminou
também na Amadora em 21 de Dezembro desse ano, foi um enorme sucesso.
Foi em Timor que
recebeu, solenemente, o baptismo de «Dilly».
Depois desta
viagem continuou a voar integrado no Grupo Independente de Aviação de
Bombardeamento (GIAB), em Alverca.
Mais tarde, em data não especificada, o «Dilly» foi oferecido ao governo da Guiné, recebendo a matrícula civil CR-GAA, o que leva a deduzir que foi a primeira matrícula civil atribuída naquele território ultramarino.
Mais tarde, em data não especificada, o «Dilly» foi oferecido ao governo da Guiné, recebendo a matrícula civil CR-GAA, o que leva a deduzir que foi a primeira matrícula civil atribuída naquele território ultramarino.
Acabou destruído
num acidente no aeródromo de Bolama, ardendo completamente.
Quanto á
pintura, alguns quadros de artistas orientais representam o “Dilly”, na viagem
a Timor, com a fuselagem em vermelho e as asas e o conjunto estabilizador da
cauda em branco, com o número ”30” pintado a branco na fuselagem, não se podendo
garantir a fidelidade da reprodução artística.
Quando ao serviço no GIAB,
encontrava-se totalmente pintado de branco, com o distintivo da Unidade pintado
na porta, o nome «Dilly» nos lados das coberturas do motor e o número de
matrícula nos lados da fuselagem.
Depois de ser
entregue ao Governo da Guiné manteve a pintura anterior, substituindo o número
de matrícula pelas letras da matrícula civil, que se sobrepunham a uma diagonal
com as cores nacionais.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea
Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no
Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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