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11 novembro 2012

General Aircraft Monospar ST-12

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GENERAL AIRCRAFT MONOSPAR ST-12

Quantidade: 1
Utilizador: Aviação Naval
Entrada ao serviço: Agosto de 1936
Data de abate: 1944

Dados Técnicos:

a.      Tipo de Aeronave

                Avião bimotor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, mono-plano de asa baixa, revestido a tela, cabina integrada na fuselagem , destinado a  transporte ligeiro. Tripulação: 1 (piloto).

b.      Construtor

        General Aircraft Ltd. / Grã-Bretanha.

c.       Motopropulsor

        Motor: 2 motores De Havilland Gipsy Major I, de 4 cilindros em linha arrefecidos por ar, de 130 hp.
        Hélice: De madeira, de duas pás, de passo fixo.

d.      Dimensões

        Envergadura …………....12,24 m
        Comprimento…..…….……8,03 m
        Altura………….…...…….…2,13 m
        Área alar ……….…….….20,34 m²

e.      Pesos

        Peso vazio………….…..……671 kg
        Peso máximo……………..1.190 kg

f.        Performances

        Velocidade máxima ……....209 Km/h
        Velocidade de cruzeiro …..185 Km/h
        Tecto de serviço ……...…5.480 m
        Raio de acção ………...……870 Km

g.      Armamento

        Sem armamento.

h.      Capacidade de transporte

        3 passageiros.



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Resumo histórico:
     A designação Monospar, derivada do sistema de construção inventado pelo engenheiro suíço Stieger, foi atribuída indistintamente aos modelos ST-4, ST-12 e ST-15, construídos pela General Aircraft Ltd.
     A versão Monospar ST-4 data de 1932 e as Monospar ST-12 e ST-15 de 1935. A principal diferença entre os dois primeiros modelos residia na motorização. Enquanto que os Monospar ST-4 usavam motores de cilindros em estrela, os motores dos Monospar ST-12 eram de cilindros em linha.
     Os General Aircraft Monospar eram bimotores mono-planos de asa baixa, muito ligeiros, com estrutura metálica coberta a tela, com quatro depósitos de combustível que totalizavam 190 litros. A parte dianteira, formada por quatro tubos de dural forrados a tela, alojava um piloto e três passageiros.
Entre as diversas aplicações, para além do transporte de passageiros, contam-se as de ambulância e fotografia aérea.

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Percurso em Portugal:
     Em 1936, a Aviação Naval (A.N.) adquiriu na Grã-Bretanha, com verbas provenientes da venda de selos comemorativos da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, um pequeno avião bimotor General Aircraft Monospar ST-12 em segunda mão. Foi adquirido para executar fotografia aérea para as Missões Hidrográficas do Ultramar e Ilhas Adjacentes.
     Os trabalhos de instalação do equipamento fotográfico foram realizados nas oficinas do Centro de Aviação Naval (CAN) do Bom Sucesso, em Lisboa.

     Durante 1937 e 1938, o Monospar ST-12 esteve inserido na Brigada Aérea da Missão Hidrográfica de Angola, tendo realizado o primeiro levantamento aéreo da costa, portos e rios angolanos.
     Concluídos os trabalhos, a Brigada Aérea angolana foi extinta e o avião transferido para a Brigada Aérea da Missão Hidrográfica de Moçambique, em 1939, mantendo-se na mesma tarefa, levando a cabo o primeiro levantamento aero-fotográfico da costa, portos e rios de Moçambique até 1941.

     Regressou a Lisboa por via marítima, por necessitar de uma grande revisão de manutenção, realizadas nas oficinas do CAN do Bom Sucesso. Em 1942 já operava novamente em Moçambique.
     Concluídos os trabalhos em 1943, o Monospar ST-12 foi oferecido ao Quartel-General de Moçambique. Por certo, devido ao desgaste e à incapacidade local de o submeter a outra grande revisão de manutenção, não sobreviveu durante muito mais tempo, sendo retirado de serviço em 1944.

A A.N. não lhe atribuiu qualquer matrícula.
O Quartel-General de Moçambique atribuiu-lhe o número de matrícula 15.
O General Aircraft Monospar ST-12 encontrava-se inteiramente pintado em alumínio. Tinha a Cruz de Cristo, sem círculo branco, em ambos os lados das asas e as cores nacionais, com escudo, num rectângulo no leme de direcção. 


Fontes:
Imagens 1 e 3: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.

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