Imagem 1 |
GRUMMAN G-44 WIDGEON
Quantidade: 12
Utilizador: Aviação Naval e Força Aérea
Entrada ao serviço: 1942
Data de abate: Finais de 1962
Dados técnicos:
a. Tipo de Aeronave
Avião bimotor anfíbio de casco, com flutuadores-estabilizadores nas asas, trem de aterragem convencional retráctil, asa alta, revestimento metálico, cabina integrada na fuselagem, concebido para transporte utilitário. Tripulação: 1 (piloto).
b. Construtor
Grumman Aircraft Engineering Corp. / USA.
c. Motopropulsor
Motores: 2 motores Ranger L-440-5, de 6 cilindros em linha arrefecidos por ar, de 200 hp cada.
Hélices: de madeira, de duas pás, de passo fixo.
d. Dimensões
Envergadura.................12,19 m
Comprimento..................9,47 m
Altura............................3,48 m
Área alar......................22,76 m²
e. Pesos
Peso vazio......................1.447 Kg
Peso máximo..................2.040 Kg
f. Performances
Velocidade máxima..............246 Km/h
Velocidade de cruzeiro..........222 Km/h
Tecto de serviço...............4.450 m
Raio de acção..................1.480 Km
g. Armamento
Sem armamento.
h. Capacidade de transporte
4 a 5 passageiros.
Imagem 2 |
Resumo histórico:
Os Grumman G-44 Widgeon eram pequenos aviões anfíbios para 4 ou 5 passageiros. Em 1941 entraram ao serviço as versões militares J4F-1, para a Guarda Costeira dos Estados Unidos (US Coast Guard), a versão J4F-2, para a Marinha dos Estados Unidos (US Navy), e a versão OA-14, para a Força Aérea do Exército dos Estados Unidos (USAAF).
A Real Força Aérea do Canadá (RCAF) e a Marinha Britânica (Royal Navy) também utilizaram os Widgeon, sob a designação de Gosling.
Foram produzidas cerca de 200 unidades nas diferentes versões. Foi usado principalmente como transporte civil no interior dos Estados Unidos, aproveitando a versatilidade de utilizar pequenas pistas de terra, lagos e rios.
Percurso em Portugal:
a. Aviação Naval
Em 1942 a Aviação Naval (AN) adquiriu 12 aviões anfíbios Grumman G-44 Widgeon, destinados a missões de transporte ligeiro, reconhecimento e fotografia aérea. Foram colocados nos Centros de Aviação Naval (CAN) do Bom Sucesso, de Aveiro e de Ponta Delgada, e ainda na Esquadrilha B do Aeroporto de Lisboa. A AN atribuiu-lhes as matrículas de 119 a 130, que correspondiam aos números de construção de 1241 a 1252.
O Grumman Widgeon número 129 esteve destacado na Missão Hidrográfica de Moçambique, realizando levantamentos aero-fotográficos entre 1947 e 1952. Terminada a missão, manteve-se durante alguns anos ao serviço do Governador de Moçambique, regressando mais tarde ao Continente.
O Widgeon número 130 foi destacado para a Missão Hidrográfica de Cabo Verde (1946 e 1947) e Guiné (1948 a 1952). Depois destas missões, regressou também ao Continente.
Estavam inteiramente pintados em alumínio, com o casco a preto. A Cruz de Cristo, sem círculo branco, estava pintada em ambos os lados das asas, e as cores nacionais, sem escudo, cobriam totalmente o leme de direcção. A matrícula estava pintada a preto nos lados da fuselagem, sob os estabilizadores horizontais. Nos lados do estabilizador vertical encontrava-se uma pequena âncora preta.
Os aviões colocados no CAN de Aveiro apresentavam ainda, a meio da fuselagem, a característica andorinha preta, símbolo daquela Unidade.
b. Força Aérea
A Força Aérea Portuguesa (FAP) recebeu alguns Widgeon, colocando-os na Base Aérea N° 6, Montijo, e na então Base Aérea N° 5, S. Jacinto.
Foi-lhes atribuída a numeração de 2401 a 2412, que nunca utilizaram. Esta numeração foi utilizada, mais tarde, no T-37C.
Fonte fidedigna permite afirmar que em 1955 os voos em Widgeon eram registados nas cadernetas de voo dos pilotos com as matrículas da AN. É seguro afirmar que no segundo semestre desse ano, o número 125 estava a operar em S. Jacinto e o número 130 no Montijo.
Afigura-se que a FAP nunca lhes aplicou o sistema padrão de insígnias e matrículas. Foram retirados de serviço em 1962.
O Widgeon número 128 encontra-se em exposição no Museu da Marinha. O 129, que esteve destacado em Moçambique, encontra-se exposto no Museu do Ar.
Foi-lhes atribuída a numeração de 2401 a 2412, que nunca utilizaram. Esta numeração foi utilizada, mais tarde, no T-37C.
Fonte fidedigna permite afirmar que em 1955 os voos em Widgeon eram registados nas cadernetas de voo dos pilotos com as matrículas da AN. É seguro afirmar que no segundo semestre desse ano, o número 125 estava a operar em S. Jacinto e o número 130 no Montijo.
Afigura-se que a FAP nunca lhes aplicou o sistema padrão de insígnias e matrículas. Foram retirados de serviço em 1962.
O Widgeon número 128 encontra-se em exposição no Museu da Marinha. O 129, que esteve destacado em Moçambique, encontra-se exposto no Museu do Ar.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Colecção Altimagem;
Imagem 2: Colecção Altimagem;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
Sem comentários:
Enviar um comentário