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DE HAVILLAND DH-115 VAMPIRE T.55
Quantidade: 2
Utilizador: Força Aérea
Entrada ao serviço: Setembro de 1952
Data de abate: 1962
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Avião
monorreactor terrestre, de trem de
aterragem triciclo escamoteável, monoplano de asa baixa, bifuselado, revestimento em contraplacado, bilugar de postos lado-a-lado, destinado a
instrução avançada de pilotagem. Tripulação: 2 (piloto-instrutor e aluno).
b.
Construtor
De
Havilland Aircraft Co. Ltd. /
Grã-Bretanha.
Sob
licença: Desconhecidos / Austrália, França, Índia e Itália.
c.
Motopropulsor
Motor:
1 turbo-reactor De Havilland Goblin 35, de 1.586 Kgf de impulsão.
d.
Dimensões
Envergadura
…………...........11,60 m
Comprimento…..…………....10,50
m
Altura………….……….....….....1,87
m
Área
alar ……….…….............23,10 m²
e.
Pesos
Peso
vazio……………...……2.890 Kg
Peso
máximo………………..5.060 kg
f.
Performances
Velocidade
máxima ……......…….885 Km/h
Velocidade
de cruzeiro ……...desconhecido
Tecto
de serviço ……………...12.200 m
Raio
de acção………………......1.270 Km
g.
Armamento
Sem
armamento.
h.
Capacidade de transporte
Nenhuma.
Resumo histórico:
A “família Vampire” da De Havilland começou a ser
planeada nos anos da II Guerra Mundial, em 1941. O primeiro protótipo do DH
Vampire iniciou os voos de teste em Março de 1943, iniciando-se a produção em
Setembro de 1943 com a versão DH Vampire F.1, da qual se construíram 120
unidades. Embora tenha sido o segundo caça a reacção de produção britânica – o
primeiro foi o birre-actor Gloster Meteor – não chegou a participar na II Guerra Mundial,
dado que os Vampire só chegaram às unidades de combate em 1946, já depois de terminada a guerra.
Dado o sucesso alcançado, sem demora surgiram outras versões:
- DH Vampire F.3, de caça;
- o caça-bombardeiro DH Vampire F.5, cujo protótipo realizou o primeiro voo em 23 de Junho de 1948;
- o DH Vampire FB.9, um caça tropicalizado;
- o caça nocturno DH Vampire NF.10, que apareceu em 1949 e dos quais foram construídos 95 exemplares;
- e a versão de instrução DH-115 Vampire T.11, com cerca de 800 unidades construídas na Grã-Bretanha e 200 unidades construídas no estrangeiro, sob licença.
Em 23 de Maio de 1948, um DH Vampire F.1 bateu o
recorde mundial de altitude, subindo a 59.446 pés (18.000 metros).
A produção total dos DH Vampire nas diversas
versões ultrapassou os 4.000 exemplares, muitos deles construídos sob licença
na Austrália, França, Índia e Itália.
Com o vertiginoso progresso das aviões a reacção,
os Vampire ficaram desactualizados como aviões de combate. Foram então
convertidos em aviões de instrução, sob diversas designações, entre elas a
DH-115 Vampire T.55.
Percurso em Portugal:
Em Setembro de 1952 chegaram a Portugal dois De
Havilland DH-115 Vampire T.55, que foram os primeiros aviões a reacção da Força
Aérea Portuguesa (FAP).
Foram colocados na Base Aérea N° 2 (BA2), Ota. A aquisição teve em vista a preparação dos pilotos da FAP para operar aviões a reacção, mas a sua utilidade foi quase nula. Primeiro, por serem de origem britânica, o que causou dificuldades de adaptação aos nossos pilotos destinados às esquadras de caça que, na sua maioria, tinham recebido treino nos Estados Unidos ou em bases americanas na Alemanha Ocidental; segundo, porque os aviões a reacção que a FAP veio a receber – os F-84G Thunderjet – eram de origem americana.
Foram colocados na Base Aérea N° 2 (BA2), Ota. A aquisição teve em vista a preparação dos pilotos da FAP para operar aviões a reacção, mas a sua utilidade foi quase nula. Primeiro, por serem de origem britânica, o que causou dificuldades de adaptação aos nossos pilotos destinados às esquadras de caça que, na sua maioria, tinham recebido treino nos Estados Unidos ou em bases americanas na Alemanha Ocidental; segundo, porque os aviões a reacção que a FAP veio a receber – os F-84G Thunderjet – eram de origem americana.
Em meados da década de 1950, os DH-115 Vampire
encontravam-se na Base Aérea Nº 3 (BA3), Tancos, onde raramente voavam, absolutamente desenquadrados
entre os trimotores Junkers Ju-52/3m, alguns bimotores Oxford e os mono-motores
ligeiros Piper L-21 Super Cub, numa Base cuja actividade primária era o apoio
aos pára-quedistas e às Unidades do Exército em Tancos, Santa Margarida e
Vendas Novas.
É possível que tenham regressado à BA2 em 1956.
Tinham os números de construtor 15072 e 15073. Na FAP tiveram os números de
matrícula 5801 e 5802. (ver imagens 4 e 5).
Totalmente pintados em alumínio, ostentavam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco, no extra-dorso da asa esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados exteriores dos fusos de ligação aos estabilizadores da cauda. As cores nacionais, sem escudo, encontravam-se em rectângulos colocados nas faces exteriores dos estabilizadores verticais. As matrículas estavam pintadas a preto nas asas, alternando com as insígnias, e nas faces exteriores dos lemes de direcção (não sobre as cores nacionais, devido à pequena dimensão dos estabilizadores verticais).
Totalmente pintados em alumínio, ostentavam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco, no extra-dorso da asa esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados exteriores dos fusos de ligação aos estabilizadores da cauda. As cores nacionais, sem escudo, encontravam-se em rectângulos colocados nas faces exteriores dos estabilizadores verticais. As matrículas estavam pintadas a preto nas asas, alternando com as insígnias, e nas faces exteriores dos lemes de direcção (não sobre as cores nacionais, devido à pequena dimensão dos estabilizadores verticais).
Imagem 4: Cortesia de http://digitalhangar.blogspot.pt |
Tratando-se de “um casal”, pintaram num, uma boca masculina e no outro uma boca feminina. (ver imagens 4 e 5).
Imagem 5: Cortesia de http://digitalhangar.blogspot.pt |
O Museu do Ar possui um DH-100 Vampire FB 9,
ex-Força Aérea da África do Sul que, embora de modelo diferente, é semelhante
aos DH-115 Vampire T.55 adquiridos pela FAP.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico
da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Imagens 3, 4 e 5: Cortesia de Paulo Alegria - Blog Digital Hangar;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Imagens 3, 4 e 5: Cortesia de Paulo Alegria - Blog Digital Hangar;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século
XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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