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16 dezembro 2013

Angola

República de Angola 

Repubilika ya Ngola



Bandeira
Brasão de Armas



















Localização:
África, África Austral, África Subsariana.




Origem / Formação / Pequeno resumo histórico:
     O nome Angola é uma derivação portuguesa do termo  bantu N’gola, título dos reis do Reino do Ndongo existente na altura em que os portugueses se estabeleceram em Luanda, no século XVI.
     Os habitantes originais de Angola foram caçadores-colectores Khoisan, dispersos e pouco numerosos. A expansão dos povos Bantu, vindos do Norte a partir do segundo milénio, forçou os Khoisan (quando não eram absorvidos) a recuar para o Sul onde grupos residuais existem até hoje, em Angola, na Namíbia e no Botswana.
    
     Em 1482 chegou à foz do Rio Congo uma frota portuguesa, comandada pelo navegador português Diogo Cão. De imediato estabeleceu relações com o Reino do Congo. Este foi o primeiro contacto de europeus com habitantes do território hoje abrangido por Angola, contacto este que viria a ser determinante para o futuro deste território e das suas populações.

     A partir do fim do século XV, Portugal seguiu na região uma dupla estratégia. Por um lado, marcou continuamente presença no Reino do Congo, por intermédio de (sempre poucos mas influentes) padres cultos (portugueses e italianos) que promoveram uma lenta cristianização e introduziram elementos da cultura europeia. Por outro, estabeleceu em 1575 uma feitoria em Luanda, num ponto de fácil acesso ao mar e à proximidade dos reinos do Congo e de Ndongo. Gradualmente tomaram o controle, através de uma série de tratados e guerras, de uma faixa que se estendeu de Luanda em direcção ao Reino do Ndongo. Este território, de uma dimensão ainda bastante limitada, passou mais tarde a ser designado como Angola. Por intermédio dos Reinos do Congo, do Ndongo e da Matamba, Luanda desenvolveu um tráfico de escravos com destino a Portugal, ao Brasil e à América Central que passou a constituir a sua base económica.

     Os holandeses ocuparam Angola entre 1641 e 1648 e procuraram estabelecer alianças com os estados africanos da região. Em 1648, Portugal retomou Luanda e iniciou um processo de conquista militar dos estados do Congo e Ndongo que terminou com a vitória dos portugueses em 1671, resultando num controle sobre aqueles reinos.
     Alcançada a desejada "ocupação efectiva", Portugal - melhor dito: o regime ditatorial entretanto instaurado naquele país por António de Oliveira Salazar – concentrou-se em Angola na consolidação do Estado colonial. Nos anos 1950 começou a articular-se uma resistência multifacetada contra a dominação colonial, impulsionada pela descolonização que se havia iniciado no continente africano, depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Esta resistência, que visava a transformação da colónia de Angola em país independente, desembocou a partir de 1961 num combate armado contra Portugal que teve três protagonistas: MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) e UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola).
     A situação alterou-se completamente quando em Abril de 1974 aconteceu em Portugal a Revolução dos Cravos, um golpe militar que pôs fim à ditadura em Portugal. Os novos detentores do poder proclamaram de imediato a sua intenção de permitir sem demora o acesso das colónias portuguesas à independência, o que levou a uma acirrada luta armada pelo poder entre os três movimentos e os seus aliados: a FNLA entrou em Angola com um exército regular, treinado e equipado pelas forças armadas do Zaire, com o apoio dos EUA; o MPLA conseguiu mobilizar rapidamente a intervenção de milhares de soldados cubanos, com o apoio logístico da União Soviética; a UNITA obteve o apoio das forças armadas do regime de apartheid então reinante na África do Sul. Esforços do novo regime português para que se constituísse um governo de unidade nacional não tiveram êxito.

     No dia 11 de novembro de 1975 foi proclamada a independência de Angola: pelo MPLA em Luanda, e pela FNLA e UNITA, em conjunto no Huambo. As forças armadas Portuguesas que ainda permaneciam no território regressaram a Portugal.

     Politicamente, continua a haver um forte predomínio do MPLA, que obteve claras maiorias parlamentares nas eleições realizadas em 1992, 2008 e 2012, garantindo a permanência nas funções de Presidente do Estado, desde 1979, do presidente do partido, José Eduardo dos Santos. Enquanto a FNLA desapareceu praticamente da cena, a UNITA consolidou, nas eleições de 2012, a sua posição como principal partido de oposição.

Cultura:
     Arte - A arte da máscara azul de Angola, como a maioria da arte africana, as máscaras de madeira e as esculturas, não são criações meramente estéticas. Elas têm um papel importante em rituais culturais, representando a vida e a morte, a passagem da infância à vida adulta, a celebração de uma nova colheita e o início da estação da caça. Os artesãos angolanos trabalham madeira, bronze e marfim.      Cada grupo étnico-linguístico tem seus próprios traços artísticos originais. Talvez a parte mais famosa da arte angolana seja o "Pensador de Cokwe", uma obra-prima da harmonia e simetria da linha.      O Lunda-Cokwe na parte nordeste de Angola, é conhecido também por suas artes plásticas superiores. Outras partes da assinatura de arte angolana incluem:
 - a máscara fêmea Mwnaa-Pwo desgastada pelos dançarinos masculinos em seus rituais de puberdade;
- máscaras poli-cromáticas de Kalelwa usadas durante cerimónias de circuncisão;
- máscaras de Cikungu e de Cihongo que conjuram acima das imagens da mitologia de Lunda-Cokwe. Duas figuras chaves neste panteão são a princesa Lweji e o príncipe da civilização Tschibinda-Ilunga;
- a arte em cerâmica preta de Moxico do centro / leste de Angola

     Dança - No país, a dança distingue diversos géneros, significados, formas e contextos, equilibrando a vertente recreativa com a sua condição de veículo de comunicação religiosa, curativa, ritual e mesmo de intervenção social. Não se restringindo ao âmbito tradicional e popular, manifesta-se igualmente através de linguagens académicas e contemporâneas. A presença constante da dança no quotidiano, é produto de um contexto cultural apelativo para a interiorização de estruturas rítmicas desde cedo.      

     Iniciando-se pelo estreito contacto da criança com os movimentos da mãe (às costas da qual é transportada), esta ligação é fortalecida através da participação dos jovens nas diferentes celebrações sociais (os jovens são os que mais se envolvem), onde a dança se revela determinante enquanto factor de integração e preservação da identidade e do sentimento comunitário.
     Depois de vários séculos de colonização portuguesa, Angola acabou por também sofrer misturas com outras culturas actualmente presentes no Brasil, Moçambique e Cabo Verde. Assim, Angola destaca-se pelos mais diversos estilos musicais, tendo como principais: o Semba, o Kuduro e a Kizomba.

     Literatura- A literatura de Angola nasceu antes da independência, em 1975, mas o projecto de uma ficção que conferisse ao homem africano o estatuto de soberania surge por volta de 1950, gerando o movimento "Novos Intelectuais de Angola".
     Alguns escritores angolanos: José Luandino Vieira (1935), Prémio Camões em 2006; “Pepetela” ou Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos (1941), Prémio Camões em 1997; Adriano Botelho de Vasconcelos (1955); Agostinho Neto (1922-1979); Ana Paula Ribeiro Tavares (1952); António Jacinto (1924-1991); Arlindo Barbeitos (1940); Henrique Abranches (1932-2002); Isabel Ferreira (1958); João Melo (1955); José Eduardo Agualusa (1960); Kardo Bestilo (1976); Luís Filipe Guimarães da Mota Veiga (1948-1998); Ondjaki (1977); Paulo de Carvalho (1960); Uanhenga Xitu (1924); Victor Kajibanga (1964) e Viriato Clemente da Cruz (1928-1973).

     Festas - Algumas das festas típicas de Angola são:
Festas do Mar - Estas festas tradicionais designadas por “Festas do Mar”, têm lugar na cidade do Namibe. Estas festas provêm de antigas tradições com carácter cultural, recreativo e desportivo. Habitualmente realizam-se na época de verão e é habitual serem conjugadas com exposições de produtos relacionados com a agricultura, pescas, construção civil, petróleos e agro-pecuária.

Carnaval - O desfile principal realiza-se na avenida da marginal de Luanda. Vários corsos carnavalescos alegóricos desfilam numa das principais avenidas de Luanda e de Benguela.

Festas da Nossa Senhora de Muxima - O Santuário da Muxima está localizado no Município da Kissama, Província do Bengo e durante todo o ano recebe milhares de fiéis. É uma festa muito popular que se realiza todos os anos e que, pelas suas características religiosas, atrai inúmeros turistas.

     Cinema - O início da produção cinematográfica em Angola tem como base a atracção pelo “exotismo” das paisagens, povos, costumes e culturas locais, bem como o registo do crescimento e desenvolvimento do império colonial português em África.

     Miss Universo – A angolana Leila Lopes trouxe o título de Miss Universo, pela primeira vez para Angola, em 2011.


Principais recursos naturais:
Petróleo, diamantes, minério de ferro, fosfatos, cobre, feldspato, ouro, bauxite e urânio.


Dia da independência nacional:
11 de Novembro (comemora a proclamação da independência, de Portugal, em 1975).



Vista parcial de Luanda, capital de Angola



Símbolos nacionais:                                                                       Capital:
Bandeira Nacional;                                                                         Luanda
Brasão de Armas;
Hino Nacional ("Angola Avante");
Insígnia da Força Aérea Angolana.

Insígnia da Força Aérea Angolana


Lema:
Virtus Unita Fortior
(A unidade dá força)


Língua Oficial:                                                                               Moeda oficial:
Português                                                                                        Kwanza


Tipo de Governo:
República presidencialista.


Data de entrada como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
1 de Dezembro de 1976.


Organizações / Relações internacionais:
  • ONU - Organização das Nações Unidas;
  • OMC - Organização Mundial do Comércio;
  • CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa;
  • OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo;
  • UA - União Africana;
  • BAfD - Banco Africano de Desenvolvimento;
  • SADC - Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral;
  • COMESA - Mercado Comum para a África Oriental e Austral;
  • ZPCAS - Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul;
  • MNA - Movimento dos Países Não-Alinhados;
  • UL - União Latina;
  • CEEAC - Comunidade Económica dos Estados da África Central;
  • COI - Comité Olímpico Internacional;
  • Grupo dos 77 - Nações em desenvolvimento;
  • ICO - Organização Internacional do Café;
  • IPU - União Inter-Parlamentar;
  • CEEAC - Comunidade Económica dos Estados da África Central;
  • INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
  • MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
  • OIM - Organização Internacional para as Migrações;
  • WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
  • PSIWMD - Iniciativa de Segurança contra a Proliferação de Armas de Destruição Maciça;
  • IRENA - Agência Internacional para as Energias Renováveis;
  • IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
  • ANWFZ - Tratado Africano para a Formação de uma Zona Livre de Armas Nucleares (assinado, não ractificado);
  • BAD - Banco Africano de Desenvolvimento;
  • WIPO - Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

Fontes:
Wikipédia, a enciclopédia livre;
Organizações / Relações internacionais: Cortesia de Embaixada da República de Angola (Portugal).

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