République de Guinée
República da Guiné
Localização:
África, África Ocidental, África Subsariana
Origem / Pequeno resumo histórico:
A área ocupada
hoje pela Guiné fez parte do território de diversos povos africanos, incluindo
o império Songai, no período entre os Séculos X e XV, quando a região tomou
contacto pela primeira vez com os comerciantes europeus.
O período
colonial da Guiné se iniciou quando tropas francesas penetraram na região em
meados do Século XIX. A dominação francesa foi assegurada ao derrotarem as
tropas de Samory Touré, guerreiro de etnia malinke, o que deu aos franceses o
controle do que é hoje a Guiné e regiões adjacentes.
A França
definiu, em fins do Século XIX e início do XX, as fronteiras da actual Guiné
com os territórios britânico e português que hoje formam, respectivamente, Serra
Leoa e Guiné-Bissau.
Liderados por Ahmed
Sékou Touré, líder do Partido Democrático da Guiné (PDG), que ganhou 56 das 60
cadeiras nas eleições territoriais de 1957, o povo da Guiné decidiu em
plebiscito, por esmagadora maioria, rejeitar a proposta de pertencer a uma
Comunidade Francesa. Os franceses retiraram-se rapidamente, e em 2 de Outubro de
1958 a Guiné tornou-se um país independente, com Sékou Touré como presidente.
Sob o governo de
Touré a Guiné tornou-se numa ditadura de partido único, com uma economia
fechada, de carácter socialista, e intolerante aos direitos humanos, liberdade de
expressão ou oposição política, a qual foi brutalmente suprimida. Antes
acreditado por sua defesa de um nacionalismo sem barreiras étnicas, Touré
gradualmente passou a depender do seu próprio grupo étnico, os malinke, para
preencher posições no seu governo. Alegando tentativas de golpe oriundas do
exterior e do próprio país, o regime de Touré visou inimigos reais e
imaginários, aprisionando milhares em prisões similares aos gulag soviéticos,
onde centenas pereceram. A repressão do regime levou mais de 1 milhão de
pessoas ao exílio, e a paranóia de Touré arruinou as relações com países
estrangeiros, incluindo países africanos vizinhos, aumentando o isolamento
económico da Guiné e, posteriormente, devastando a sua economia.
Sékou Touré
morreu a 26 de Março de 1984, e uma junta militar encabeçada pelo coronel Lansana
Conte tomou o poder a 3 de Abril de 1984. O país continuou sem eleições
democráticas até 1993, quando foram realizadas eleições e Lansana Conté
ganhou-as numa disputa apertada. O presidente foi reeleito em 1998. O
presidente foi severamente criticado ao prender, em 1999, um importante líder
da oposição. As tensões com a vizinha Serra Leoa ainda persistem.
Em 22 de Dezembro
de 2008, o presidente Conté faleceu, tendo sido substituído por uma junta militar
que, aproveitando-se da vaga no poder, anunciou através do capitão Musa Dadis
Camara um golpe de estado, que suspendeu a constituição e as instituições
republicanas do país.
Cultura:
A cultura da
Guiné estabeleceu-se no mundo através dos djembefolás (tocadores de djembê),
como o Mamady Keita, que expandiu a cultura do país através do mundo. Não só
Mamady como Adama Dramé, Famoudou Konatê e sua filha Fanta Konatê (cantora
guineense conhecida), além de muitos outros, têm os seus nomes conhecidos no mundo.
A cultura é chamada Mandingue.
Dentre os
estilos musicais, podemos citar o Dununbá.
Principais recursos naturais:
Bauxita, ferro, diamantes, ouro e urânio.
Datas comemorativas:
Dia da Independência - 2 de Outubro - Celebra a data da
independência, da França, em 1958.
Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional - “Liberté” (“Liberdade”);
Insígnia da Força Aérea da Guiné.
Lema:
"Travail, Justice, Solidarité" ("Trabalho,
Justiça, Solidariedade")
Capital: Língua
oficial:
Conacri Francês
Moeda oficial: Tipo
de Governo:
Franco guineense (GNF) República semi-presidencialista
Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações
Unidas):
12 de Dezembro de 1958
Organizações / Relações internacionais:
- ONU - Organização das Nações Unidas;
- CEDEAO - Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental;
- COI - Comité Olímpico Internacional;
- Grupo dos 77 - Nações em desenvolvimento;
- ICDO - Organização Internacional de Protecção Civil;
- INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
- IRENA - Agência Internacional para as Energias Renováveis;
- MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
- MNA - Movimento dos Países Não-Alinhados;
- OCI - Organização da Conferência Islâmica;
- OIF - Organização Internacional da Francofonia;
- OIM - Organização Internacional para as Migrações;
- OMC - Organização Mundial do Comércio;
- OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
- TPI - Tribunal Penal Internacional;
- WAMZ - Zona Monetária do Oeste Africano;
- UIHJ - União Internacional dos Oficiais de Justiça;
- WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
- ZPCAS - Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul;
- ANWFZ - Tratado Africano para a Formação de uma Zona Livre de Armas Nucleares.
Património Mundial (UNESCO):
- Reserva Natural Integral do Monte Nimba (1981, 1982) (sítio transfronteiriço com a Costa do Marfim)
Património Oral e Imaterial da Humanidade (UNESCO):
- Espaço Cultural de Sosso-Bala (2008) - O balafon sagrado, chamado Sosso-Bala, é considerado como o símbolo da liberdade e da coesão do povo mandinga, disperso por um território que pertencia ao Império do Mali. Este instrumento pertencia e foi tocado originariamente pelo rei Soumaoro Kanté, que subiu ao trono no Século XIII. Desde então tem acompanhado ao longo dos séculos a transmissão dos épicos, especialmente o épico Sunjata e os seus hinos à glória do fundador do império de Mali. O Sosso-Bala é uma espécie de xilofone com 1,5 m de comprimento, constituído por 20 lâminas cuidadosamente cortadas e talhadas em diferentes comprimentos. Cada uma das quais possui uma abóbora que serve como caixa de ressonância.
Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre