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25 fevereiro 2015

Haiti

République d'Haïti
Repiblik d Ayiti
República do Haiti



Bandeira


Brasão de Armas



















Localização:
América, América Central, América Latina, Caraíbas.


Origem / Pequeno resumo histórico:
     Os primeiros humanos nesta ilha e nas caraíbas, conhecida como Quisqueya pelos índios arauaques (ou taínos), chegaram à ilha há mais de 7000 anos.
     Em 5 de Dezembro de 1492, Cristóvão Colombo chegou a uma grande ilha, à qual deu o nome de Hispaniola. Mais tarde passou a ser chamada de São Domingos pelos franceses. Dividida entre dois países, a República Dominicana e o Haiti, é a segunda maior das Grandes Antilhas, com a superfície de 76.192 km² e cerca de 9 milhões de habitantes. Com 641 quilómetros de extensão entre os seus pontos mais extremos, a ilha tem um formato semelhante à cabeça de um caimão, pequeno crocodilo abundante na região, cuja "boca" aberta parece pronta a devorar a pequena ilha de La Gonâve. O litoral norte abre-se para o oceano Atlântico, e o sul para o mar das Caraíbas (ou das Antilhas).
     Já no fim do Século XVI, quase toda a população nativa havia desaparecido, escravizada ou morta pelos conquistadores. A parte ocidental da ilha, onde hoje fica o Haiti, foi cedida à França pela Espanha em 1697. No Século XVIII, a região foi a mais próspera colónia francesa na América (chamada, enquanto colónia francesa, de Saint-Domingue) graças à exportação de açúcar, cacau e café.
     Após uma revolta de escravos, em 1794, o Haiti tornou-se o primeiro país do mundo a abolir a escravatura.
Toussaint Louverture (1743-1803)
     Nesse mesmo ano, a França passou a dominar toda a ilha. Em 1801, o ex-escravo Toussaint Louverture, líder da Revolução Haitiana, tornou-se governador-geral, mas, logo depois, foi deposto e morto pelos franceses.
O líder Jean Jacques Dessalines organizou o exército e derrotou os franceses em 1803. No ano seguinte, foi declarada a independência (o segundo país a tornar-se independente nas Américas) e Dessalines proclamou-se imperador. Como forma de retaliação, em 1804, os partidários da escravatura europeus e norte americanos mantiveram o Haiti sob bloqueio comercial durante 60 anos.
     Em 1815 Simon Bolívar refugiou-se no Haiti, após o fracasso de sua primeira tentativa de luta contra os espanhóis. Recebeu dinheiro, armas e pessoal militar, com a condição de que abolisse a escravidão nas terras que libertasse. Posteriormente, para colocar fim ao bloqueio, o Haiti, sob o governo de Jean Pierre Boyer, cercado pela frota da ex-metrópole, concordou em assinar um tratado pelo qual seu país pagaria à França a quantia de 150 milhões de francos a título de indemnização. A dívida foi depois foi reduzida para 90 milhões mas, ainda assim, destruiu a economia do país.
     Após um período de instabilidade, o Haiti foi dividido em dois e a parte oriental – a actual República Dominicana – foi reocupada pela Espanha. Em 1822, o presidente Jean-Pierre Boyer reunificou o país e conquistou toda a ilha. Em 1844, porém, nova revolta derrubou Boyer e a República Dominicana conquistou a independência.

     Em 12 de Janeiro de 2010, um terremoto de proporções catastróficas, com magnitude sísmica de 7.3 na escala de Richter, atingiu o país a aproximadamente 22 quilómetros da capital, Port-au-Prince. Em seguida, foram sentidos na área múltiplos tremores com magnitude em torno de 5.9 graus. O palácio presidencial, várias escolas, hospitais e outras construções ficaram destruídos após o terremoto e estima-se que 80% das construções de Port-au-Prince foram destruídas ou seriamente danificadas. O número de mortos não é conhecido com precisão.

Vista aérea do Haiti, após o terramoto de 2010.

     Em 3 de Fevereiro de 2010 o primeiro-ministro Jean-Max Bellerive afirmou que já passava de 200 mil o número de óbitos e o número de desabrigados pode chegar aos três milhões. Diversos países disponibilizaram recursos em dinheiro para amenizar o sofrimento do país mais pobre do continente americano. O presidente norte-americano Barack Obama, afirmou logo após a tragédia que o povo haitiano não seria esquecido, obrigando a comunidade internacional a reflectir sobre a responsabilidade dos países que exploraram e abandonaram o Haiti. Segundo as Nações Unidas, o sismo foi o pior desastre já enfrentado pela organização desde sua criação em 1945. A Cruz Vermelha Internacional informou que sete em cada dez haitianos vivem com menos de dois dólares por dia.


Cultura:
     A cultura do Haiti possui raízes com características marcantes da região oeste da África, além de ser influenciada pela França devido à sua colonização, como é notável em sua música, religião e linguagem. A cultura também engloba contribuições adicionais do nativo Taino e imperialismo espanhol.

Música – Um dos géneros musicais presentes no Haiti é a Kompa, que envolve uso de sintetizadores, guitarra, batidas de médio a rápido andamento e o uso de metais ou saxofone. Diferente do zouk, as canções são escritas em crioulo haitiano.
     A música haitiana combina uma ampla gama de influências extraídas dos muitos povos que se instalaram na ilha das caraíbas. Ela reflecte ritmos franceses, africanos, espanhóis e de outras culturas que habitaram a ilha de Hispaniola, com uma influência menor dos tainos nativos. Entre os estilos musicais exclusivos da nação estão músicas derivadas de tradições cerimoniais do vodu haitiano, entre outros.

Arte – Cores brilhantes, perspectiva ingénua e humor astuto são características da arte haitiana. Alimentos deliciosos, grandes e exuberantes paisagens são temas favoritos nesta terra de pobreza e fome. Ir ao mercado é a actividade mais social da vida no campo. Animais da selva, rituais, danças, e os deuses evocam o passado Africano.

Festas – A época mais festiva do ano no Haiti é durante o Carnaval (referido como Kanaval em crioulo haitiano). As festividades começam em Fevereiro. As cidades estão cheias de música, carros alegóricos de desfile, e as pessoas dançando e cantando nas ruas. A semana do Carnaval é tradicionalmente uma época que dura toda a noite, com festas, e representa um escape ao quotidiano. Um festival que ocorre antes da Páscoa, é celebrado por um número significativo da população, e a sua celebração pode ter levado a tornar-se um estilo de música de carnaval. Muitos dos jovens também participam em festas e divertem-se em boites chamadas discotecas, (pronuncia-se "deece-ko") e participar de Bal. Este termo deriva da palavra balada, e são eventos muitas vezes celebrados por multidões.

Arquitectura – Os monumentos mais famosos do Haiti são o Palácio de Sans Souci e da Cidadela, inscrita como Património Mundial da Humanidade em 1982. Situado no Norte do Maciço de la Hotte, num dos Parques Nacionais do Haiti, com estruturas construídas no início do Século XIX. Os edifícios estão entre os primeiros a ser construído após a independência do Haiti da França.
     Jacmel, a cidade colonial, que foi provisoriamente aceite como Património Mundial, foi amplamente danificada pelo terremoto que atingiu o Haiti em 2010.

Casa de estilo victoriano em Port-au-Prince
(Foto de Doron)

Religião - Na religião, o Haiti é semelhante ao resto dos países da América Latina, predominantemente cristão, com 80% a 85% de católicos romanos. Cerca de 20% professam o protestantismo. Uma população pequena, mas crescente, de muçulmanos e hindus existem no país, principalmente na capital Port-au-Prince.
     O Vodu, abrangendo várias tradições diferentes, possui origens do Centro Oeste Africano, Europa e do continente americano. É amplamente praticado, apesar do estigma negativo que ele carrega dentro e fora do país. O número exacto de praticantes vudus é desconhecido. No entanto, acredita-se que uma pequena quantidade da população a pratica, muitas vezes a par da sua fé cristã.

Folclore - O Haiti é conhecido pelas suas ricas tradições folclóricas. O país tem muitos contos mágicos que fazem parte do Vodu haitiano. O ditador Papa Doc era um crente forte no folclore do país e de elementos utilizados para orientar o seu governo brutal do país.

Desporto – No início do Século XX, foi relatado que a briga de galos era o desporto mais popular no Haiti, apesar de sua popularidade, ter, posteriormente, decrescido. Actualmente, o futebol é o desporto mais popular no Haiti, apesar do basquetebol estar crescendo em popularidade. Pequenos clubes de futebol já competem a nível local.


Principais recursos naturais:
Sem recursos naturais relevantes. Para a economia do Haiti, destaca-se a indústria do turismo e as exportações de café, cana-do-açúcar e cacau.


Datas comemorativas:
Dia da Independência - 1 de Janeiro - Celebra a data da Declaração da Independência, da França, em 1804.


Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional; “La Dessalinienne”, adoptado em 1904.


Lema:
L'union fait la force” (“A união faz a força”)


Vista parcial de Port-au-Prince, capital do Haiti.
(Foto de Helena Heredero)

Capital:                                                  Línguas oficiais:
Port-au-Prince                                     Francês e crioulo


Moeda oficial:                                     Tipo de Governo:
Gourde ou Gurde (HTG)                     República semi-presidencialista


Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
24 de Outubro de 1945.


Organizações / Relações internacionais:
  • ONU - Organização das Nações Unidas;
  • AEC - Associação dos Estados das Caraíbas;
  • ACHR - Convenção Americana para os Direitos Humanos;
  • AOSIS - Aliança dos Pequenos Estados Insulares;
  • CARICAD - Centro para o Desenvolvimento e Administração das Caraíbas;
  • CARICOM - Comunidade das Caraíbas;
  • CELAC - Comunidade dos Estados Latino-Americanos e das Caraíbas;
  • CIDH - Tribunal Inter-Americano de Direitos Humanos;
  • COI - Comité Olímpico Internacional;
  • ICDO - Organização Internacional de Protecção Civil;
  • CRNM - Mecanismo Regional de Negociações das Caraíbas;
  • Grupo dos 77 - Nações em desenvolvimento;
  • INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
  • IPU - União Inter-Parlamentar;
  • IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
  • MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
  • OEA - Organização dos Estados Americanos;
  • OIF - Organização Internacional da Francofonia;
  • OIM - Organização Internacional para as Migrações;
  • OLADE - Organização Latino-Americana de Energia;
  • OMC - Organização Mundial do Comércio;
  • OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
  • PCA - Tribunal Permanente de Arbitragem;
  • UIHJ - União Internacional dos Oficiais de Justiça;
  • UL - União Latina;
  • WCO - Organização Mundial das Alfândegas.


Património Mundial (UNESCO):
  • Parque Nacional Histórico - Cidadela, Sans-Souci e Ramiers (1982).

Palácio de Sans-Souci (UNESCO). Foto de Rémi Kaupp.


Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre.