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10 abril 2016

Carta aberta aos MORALISTAS dos media e das redes sociais

Durante quase 6 anos, todos os VOSSOS discursos e os VOSSOS argumentos eram baseados neste conceito de MORALIDADE: Que era IMORAL exigir alguma coisa aos nossos CREDORES (os RICOS, DONOS do DINHEIRO) – nós TODOS é que teríamos de ser bem comportados e OBEDECER cegamente a TUDO o que eles exigissem e VOCÊS dissessem!




CARTA ABERTA AOS MORALISTAS QUE POVOAM OS MEDIA E AS REDES SOCIAIS

(Jornalistas, Comentadores, Políticos, Fiscalistas, Advogados, Banqueiros, Gestores Públicos, Administradores do PSI20, etc.)

Meus caros,
NUNCA MAIS ME VÃO CALAR!

Nos últimos quase 6 anos fomos OBRIGADOS a ouvir os VOSSOS discursos MORALISTAS:
- Que tínhamos de EMPOBRECER porque vivíamos acima das nossas possibilidades;
- Que tínhamos de EMIGRAR porque o País não tinha riqueza para tantos;
- Que tínhamos de nos portar bem e cumprir TUDO o que os nossos credores mandassem (a tese do BOM ALUNO), porque o dinheiro era deles e nós é que o tínhamos usado.

Cada vez que um de nós questionava o que quer que fosse, lá vinham as VOSSAS respostas MORALISTAS:
- Que era IMORAL ter os povos trabalhadores do norte da Europa (especialmente da Alemanha, da Finlândia e da Áustria) a sacrificarem-se para pagar aos preguiçosos do sul da Europa (especialmente de Portugal, da Grécia e de Espanha);
- Que era IMORAL usar o dinheiro dos credores e, agora, tentar questionar os juros que nos cobravam, os prazos que nos exigiam ou as condições que nos impunham.

Todos os VOSSOS discursos e os VOSSOS arguentos eram baseados no conceito de MORALIDADE e IMORALIDADE.
Que era IMORAL exigir aos nossos CREDORES (os RICOS, os DONOS do DINHEIRO):

- Sustentar os nossos Reformados (que ganhavam demais e se tinham reformado cedo demais);
- Sustentar os nossos Funcionários Públicos (que eram demais, ganhavam demais e, principalmente, trabalhavam de menos);
- Sustentar os beneficiários do RSI (que eram todos uns oportunistas, mentirosos e desonestos);
- Sustentar os nossos Desempregados (que eram todos uns preguiçosos que preferiam receber subsídios do que trabalhar);
- Sustentar os nossos DOENTES (com os quais não valia a pena gastar tanto dinheiro para os manter vivos, especialmente os mais velhos e já não produtivos).

Durante quase 6 anos, todos os VOSSOS discursos e os VOSSOS argumentos eram baseados neste conceito de MORALIDADE: Que era IMORAL exigir alguma coisa aos nossos CREDORES (os RICOS, os DONOS do DINHEIRO) – nós TODOS é que devíamos de ser bem comportados e OBEDECER cegamente a TUDO o que eles exigissem e VOCÊS dissessem!

No fundo, durante quase 6 anos, todos VOCÊS nos tentaram convencer (e, a muitos, conseguiram convencer mesmo), que os RICOS são todos BONS (que até nos emprestam dinheiro) e MORAIS (e eventualmente, cumpridores  dos ditames da santa madre igreja) e que nós todos, os Pobres, somos todos PREGUIÇOSOS, INDIGNOS do País que temos, do Povo que somos.

E, que sabemos agora?
Que os tais DONOS DO DINHEIRO:
- O escondem;
- Fogem aos impostos;
- Corrompem os políticos para ganhar negócios;
- Promovem, patrocinam, financiam ou lucram com todo o tipo de negócios escuros e sem escrúpulos.

Seis (6) anos a ouvir-vos falar de MORALIDADE?
Moralidade?
6 anos?
Chega! Calem-se!

NENHUM de vocês tem, neste momento, qualquer MORAL para falar de MORALIDADE!

Meus caros, a mim, NUNCA mais me vão calar!
Vão ter de me ouvir!
Vão ter de ouvir os meus argumentos e vão ter de arranjar argumentos vossos que não sejam os da MORALIDADE, porque essa, a MORALIDADE (e a HONESTIDADE), os vossos DONOS (os DONOS do DINHEIRO), NÃO TÊM NENHUMA (provaram-no!).
Repito: A mim, NUNCA mais me vão calar!

Carlos Paz, professor de economia

Fonte:
Cortesia de  Carlos Paz - Portugal Glorioso (Blog)

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