Imagem 1 |
HAWKER HURRICANE Mk IIb
HAWKER HURRICANE Mk IIc
HAWKER HURRICANE Mk Xb
HAWKER HURRICANE Mk XIb
HAWKER HURRICANE Mk XIIb
Quantidade: 142
Utilizador: Aeronáutica Militar e Força Aérea
Entrada ao serviço: 7 de Agosto de 1943
Data de abate: 1954
Dados técnicos:
a) Tipo de Aeronave (modelos Mk IIb e Mk IIc)
Avião monomotor
terrestre, de trem de aterragem convencional retráctil, de asa baixa,
revestimento misto (parte traseira da fuselagem em tela), monoplano, monolugar
de cabina coberta, destinado a missões de caça. Tripulação: 1 (piloto).b) Construtor
Hawker Aircraft Ltd. / Grã-Bretanha.
Outros: Gloster Aircraft Co. Ltd. / Grã-Bretanha;
Canadian Car & Foundry Incorp. / Canadá.
c) Motopropulsor
Motor: 1 motor Rolls-Royce Merlin XX, de 12 cilindros em V arrefecidos por líquido, de 1.280 hp.
Hélice: de madeira, de três pás, de passo variável.
d) Dimensões
Comprimento…..………….....9,83 m
Altura………….…………..…...3,98 m
Área alar ……….……...........23,88 m²
e) Pesos
Peso vazio……………..…….2.335 kg
Peso máximo………………..3.850 kg
f) Performances
Velocidade máxima ……..….….547 Km/h
Velocidade de cruzeiro ……......420 Km/h
Tecto de serviço ……………..12.200 m
Raio de acção……………….......770 Km
g) Armamento
Mk IIb: 12 metralhadoras Browning calibre 7,7 mm instaladas no interior das asas e duas bombas de 113 ou 227 Kg suspensas nas asas;
Mk IIc: 4 canhões Hispano calibre 20 mm instalados no interior das asas e 227 Kg de bombas suspensas nas asas.
h) Capacidade de transporte
Nenhuma.
Imagem 2: Hawker Hurricane Mk II |
Resumo histórico:
O Hawker Hurricane foi, sem dúvida,
a mais famosa criação de Sir Sydney Camm, engenheiro da Hawker Aircraft Ltd., a
quem se deve outros projectos que fizeram história, como os Hawker Hart, Hind e
Fury e o relativamente recente Harrier.
A
AMS (Air Ministry Specification) F.7/30 foi o ponto de partida. Em Outubro de
1933, Sir Camm discutiu com o Ministro do Ar os preliminares de um projecto
cuja designação passou por diversas alterações. Inicialmente designado por
Private Venture Fury Monoplane, passou, em Janeiro de 1934, para Private
Venture Interceptor Fighter e, em Setembro desse ano, para Hawker High-Speed
Monoplane. Finalmente terminou como Hawker Hurricane.
O
protótipo do Hawker Hurricane realizou o primeiro voo de teste em 6 de Novembro
de 1935, pulverizando uma série de recordes: Atingiu a velocidade máxima de 506
Km/h (314 mph) a 5.000 metros de altitude e subiu desde o nível do mar até aos
4.500 metros (14.760 pés) em 5 minutos e 7 segundos. Não obstante estas
espectaculares marcas, não recebeu de imediato qualquer encomenda por parte das
entidades oficiais.
A
Hawker, consciente da qualidade do avião que tinha projectado, tomou a
iniciativa de preparar as linhas de montagem. A ordem oficial para a
construção dos Hurricane não demorou muito: em 3 de Junho de 1936 foi emitida
a ordem de encomenda inicial de 600 unidades – extraordinária para a época –
seguindo-se outras ainda mais substanciais.
O
primeiro Hawker Hurricane Mk I saiu das linhas de montagem em 12 de Outubro de
1937 e, dois meses depois, já equipava algumas das esquadras de caça do Comando
de Caça da Royal Air Force (RAF).
Quando
a Grã-Bretanha entrou na II Guerra Mundial, em 1939, a RAF dispunha de 497
Hawker Hurricane, que equipavam 18 esquadras.
Em meados de Julho de 1940, quando os alemães iniciaram os bombardeamentos maciços sobre a Inglaterra, facto que viria a ficar na História como a “Batalha de Inglaterra”, a RAF dispunha de 26 esquadras equipadas com Hurricane.
Um mês depois, 2.309 Hurricane equipavam 32 esquadras, enquanto que os Supermarine Spitfire equipavam somente 19 esquadras.
Em meados de Julho de 1940, quando os alemães iniciaram os bombardeamentos maciços sobre a Inglaterra, facto que viria a ficar na História como a “Batalha de Inglaterra”, a RAF dispunha de 26 esquadras equipadas com Hurricane.
Um mês depois, 2.309 Hurricane equipavam 32 esquadras, enquanto que os Supermarine Spitfire equipavam somente 19 esquadras.
As
diferenças de performances entre estes dois extraordinários aviões reflectiu-se
na táctica da sua utilização. Os Spitfire enfrentavam os caças germânicos e os
Hurricane abatiam os bombardeiros.
Ambos desempenharam as suas tarefas brilhantemente, neutralizando os intentos do inimigo, dando motivo à célebre frase do então Primeiro Ministro Britânico Sir Winston Churchill: “Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”.
Ambos desempenharam as suas tarefas brilhantemente, neutralizando os intentos do inimigo, dando motivo à célebre frase do então Primeiro Ministro Britânico Sir Winston Churchill: “Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”.
Imagem 3 |
Os
Hawker Hurricane utilizavam motores Rolls-Royce Merlin II de 1.030 hp, hélices
Watts de duas pás e passo fixo, as asas e parte da fuselagem revestidas a tela
e dispunham, como armamento básico, 8 metralhadoras Browning calibre 7,7 mm com
fitas de 333 munições cada, instaladas nas asas (4+4).
A
Hawker aperfeiçuou o modelo original, dotando-o de hélices Rotol de três pás e
passo variável, assim como as asas passaram a ter revestimento metálico.
Do
constante esforço para melhorar o avião, resultaram os Hurricane Mk IIa, com o
motor Merlin XX de 1.280 hp, cujo protótipo foi ensaiado em 11 de Junho de 1940
e que entraram ao serviço em Agosto desse ano.
Seguiram-se as versões Hurricane Mk IIb, com 12 metralhadoras 7,7 mm e a capacidade para transportar duas bombas de 227 Kg; Hurricane Mk IIc, com 4 canhões Hispano de 20 mm e capaz de transportar 227 kg de bombas, e o Hurricane Mk IId, com dois canhões Vickers de 40 mm.
Seguiram-se as versões Hurricane Mk IIb, com 12 metralhadoras 7,7 mm e a capacidade para transportar duas bombas de 227 Kg; Hurricane Mk IIc, com 4 canhões Hispano de 20 mm e capaz de transportar 227 kg de bombas, e o Hurricane Mk IId, com dois canhões Vickers de 40 mm.
Os
Hurricane Mk II viram também o seu raio de acção aumentado, graças à
possibilidade de poder usar depósitos de combustível auxiliares sob as asas,
largáveis em voo. Desta forma, os Hurricane passaram a operar como caças e
caças-bombardeiro. Quando utilizados nesta modalidade chamavam-lhes os “ Hurribomber”.
(continua)
Fontes:Imagens 1 e 3: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares
Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa,
2000.
Sem comentários:
Enviar um comentário