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MILES MAGISTER Mk I
Quantidade:
10
Utilizadores:
Aeronáutica Militar e Força Aérea
Entrada
ao serviço: Setembro de 1946
Data de abate: 1956
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Avião mono-motor terrestre, de trem de aterragem convencional fixo, mono-plano de asa
baixa, com roda de cauda, revestido a madeira (contraplacado), bilugar, cabinas
descobertas, destinado a instrução elementar de pilotagem. Tripulação: 2
(piloto-instrutor e aluno).
b.
Construtor
Miles Aircraft Ltd.
/ Grã-Bretanha.
Sob licença: Department of
Aircraft Production / Austrália.
c. Motopropulsor
Motor:
1 motor De Havilland Gipsy Major I, de 4 cilindros em linha, invertidos, arrefecidos
por ar, de 130 hp.
Hélice:
de madeira, de duas pás, de passo fixo.
d.
Dimensões
Envergadura
…………...........10,31 m
Comprimento…..………..….....7,50
m
Altura………….……...………....2,03
m
Área
alar ……….……...........19,19 m²
e.
Pesos
Peso
vazio……………..……...583 kg
Peso
máximo………………....862 kg
f.
Performances
Velocidade
máxima …......….212 Km/h
Velocidade
de cruzeiro ........198 Km/h
Tecto
de serviço …………5.490 m
Raio
de acção……………….580 Km
g.
Armamento
Sem
armamento.
h.
Capacidade de transporte
Nenhuma.
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Resumo histórico:
Para numerosos heróis da Batalha de Inglaterra, o
minúsculo Miles Magister foi a sua “carteira escolar da instrução elementar de
pilotagem”.
Desenhado e construído pela fábrica britânica Miles Aircraft Ltd.
antes da II Guerra Mundial, foi o primeiro avião mono plano de asa baixa a ser
usado pelos britânicos na instrução de pilotos. O primeiro voo do protótipo
realizou-se em 20 de Março de 1937.
Durante os anos de guerra, este pequeno e ligeiro
avião realizou missões de apoio às Unidades de combate. Sem grandes exigências
de manutenção e fácil de pilotar, operou na segunda linha de combate,
executando missões de ligação, transporte de correio, transporte ligeiro,
urgências médicas, etc.
Terminada a guerra, a Royal Air Force (RAF)
manteve alguns Miles Magister nessas missões até aos anos cinquenta. Muitos
continuaram a voar nos aeroclubes e outros foram adquiridos por proprietários
privados.
Até 1941, data em que foi encerrada a produção,
foram construídos 1.293 Miles Magister. Foi um avião que deixou boa impressão
nos pilotos, pese embora as suas limitações.
Percurso em Portugal:
a. Aeronáutica
Militar
Em Setembro de 1946 a
Aeronáutica Militar (AM) recebeu dez aviões Miles Magister Mk I, provenientes
da Grã-Bretanha, com as seguintes matrículas da RAF: L5980, L8176, L8088,
N3807, P6373, P6396, P6409, T9801, T9815 e T9869. A AM matriculou-os de 190 a
199, inclusive, desconhecendo-se a correspondência entre as matrículas.
Em 1948, os Miles Magister
números 193 e 198 estavam integrados no Grupo Independente de Aviação de Caça
(GIAC), de Espinho. Os restantes foram distribuídos pela Base Aérea N° 2 (Ota)
e Base Aérea N° 3 (Tancos). Foram utilizados em voos de treino e de ligação.
Entre 1948 e 1950 a AM
procedeu ao abate dos seus aviões mais antigos, entre os quais alguns Miles
Magister, ainda que recebidos recentemente. Completamente pintados de alumínio,
ostentavam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco, em ambos os lados das asas.
Os números de matrícula, a preto, nos lados da fuselagem. As cores nacionais,
sem escudo, cobriam todo o leme de direcção, saindo assim do padrão então em
uso na AM. Mais tarde, esta situação foi corrigida, passando as cores
nacionais, sem escudo, a ficar confinadas num rectângulo no leme de direcção.
b. Força
Aérea
Embora tenha atribuído os
números de matrícula de 1201 a 1210, o que corresponde à totalidade dos Miles Magister recebidos pela AM, na realidade, a Força Aérea Portuguesa (FAP)
recebeu uma reduzida quantidade destes aviões e, praticamente, não os utilizou.
A pintura foi mantida
inteiramente em alumínio. Passaram a usar a Cruz de Cristo, sobre círculo
branco, no extra-dorso da asa esquerda e no intradorso da asa direita,
alternando com a matrícula, pintada a preto. Também nos lados da fuselagem foi
pintada a Cruz de Cristo sobre círculo branco. Devido à minúscula dimensão do
estabilizador vertical, o rectângulo com a bandeira nacional, sem escudo, foi
mantido no leme de direcção, ficando a matrícula no estabilizador vertical.
Os registos indicam o abate
dos Miles Magister em 1952.
Informação muito segura
permite garantir que em Junho de 1956 existia um Magister a voar na Base Aérea
N° 2, Ota. Na realidade fazia esporádicos voos de ligação entre a Ota e
Alverca.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo
Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no
Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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