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GRUMMAN SA-16B ALBATROSS
Quantidade:
3
Utilizador:
Força Aérea
Entrada ao serviço: Março de 1954
Data de abate: 1962
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Avião
bimotor anfíbio de casco, com flutuadores-estabilizadores fixos nas asas, de
trem de aterragem triciclo retráctil, mono-plano de asa alta, revestimento metálico, cabina integrada na
fuselagem, destinado a missões de busca e salvamento. Tripulação: 5 a 6
elementos.
b.
Construtor
Grumman Aircraft Engineering
Corp. / USA.
c. Motopropulsor
Motores:
2 motores Wright R-1820-76A Cyclone, de 9 cilindros radiais arrefecidos por ar,
de 1.275 hp cada.
d.
Dimensões
Envergadura
…………...........24,43 m
Comprimento…..…………....19,18
m
Altura………….………......…....7,87
m
Área
alar ……….…….............93,15 m²
e.
Pesos
Peso
vazio…………..…....10.380 Kg
Peso
máximo....................13.767 Kg
f.
Performances
Velocidade
máxima ……..........370 Km/h
Velocidade
de cruzeiro ............240 Km/h
Tecto
de serviço …………….7.625 m
Raio
de acção………………..5.187 Km
g.
Armamento
Sem
armamento.
h.
Capacidade de transporte
6
passageiros ou carga.
Resumo histórico:
Baseada na experiência adquirida com o anfíbio
G-21 Goose, a Grumman lançou-se em 1944 no estudo de um avião do mesmo género
mas de maior porte.
O protótipo, designado XJR2F-1, fez o seu
primeiro voo em 24 de Outubro de 1947. A Marinha dos Estados Unidos (US Navy)
não demorou a fazer encomendas, designando este anfíbio utilitário de UF-1
Albatross.
Em 1950 começaram a voar os UF-2, dotados de
maior envergadura, bordos de ataque abaulados, superfícies de controle de
maiores dimensões e sistema de descongelação das asas e da cauda mais eficiente.
Ainda que alguns exemplares de UF-2 tenham sido
produzidos inteiramente novos, a maior parte foi fruto da conversão do UF-1.
Para além das duas versões básicas, foram produzidas pequenas quantidades de
variantes para fins específicos, como os UF-1L, para serviço na Antárctida, e os
UF-1T, para treino. A Guarda Costeira dos Estados Unidos utilizou aviões da
versão UF-1G.
A partir de 1949 a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) adquiriu cerca de 300 Albatross para salvamento marítimo, designando-os por Grumman SA-16 Albatross. Os SA-16A equivaliam à versão naval inicialmente designada por UF-1 e os SA-16B à UF-2.
Em 1962 as designações anteriores foram alteradas
para a designação básica de Grumman HU-16. Os UF-1 alteraram para HU-16C, os
UF-2 para UH-16D e os UF-1G para UH-16E.
Actuaram na Coreia e no Vietname recuperando
tripulantes de aviões ou navios em dificuldades no mar. Concebidos
principalmente para busca e salvamento marítimo, serviram também como aviões de
ligação, transporte geral, evacuação sanitária e na luta anti-submarino.
São indicados como principais utilizadores, para
além dos Estados Unidos, o Brasil, Espanha, Chile, Grécia, Indonésia, México e
Taiwan.
A Grumman construiu 464 Albatross desde o início
da produção em 1948, até ao seu encerramento, em 1961.
Percurso em Portugal:
Em Março de 1954 a Força Aérea Portuguesa (FAP)
recebeu três Grumman SA-16B Albatross cedidos pelos Estados Unidos.
Foram colocados na Base Aérea N° 4 (BA4), Lajes,
Açores, onde se juntaram aos Boeing SB-17G Flying Fortress da Esquadra 41 (ver imagens 3 e 4),
sucessora da Esquadrilha de Busca e Salvamento, compartilhando com eles as
missões de busca e salvamento (SAR) no mar dos Açores.
A correspondência entre as matrículas da FAP e da
USAF, entre parêntesis, eram as seguintes: 7101 (USAF 51-5177), 7102 (51-5270)
e 7103 (51-5271).
Durante o seu serviço na Esquadra 41, os SA-16G
executaram com êxito muitas missões de busca e salvamento e de evacuação de
doentes e sinistrados., bem como de salvamento de tripulações de pequenos
barcos em perigo, operando no difícil Oceano Atlântico da região açoriana.
Os Albatross estavam inteiramente pintados em
alumínio, com excepção do casco, pintado a preto. Uma larga faixa amarela
marginada a preto envolvia transversalmente a fuselagem, perto da cauda.
Ostentavam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco, no extra-dorso da asa esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados da fuselagem. Os números de matrícula encontravam-se a preto em ambos os lados das asas, alternando com as insígnias, e também sobre os rectângulos com as cores nacionais do estabilizador vertical.
Apresentavam igualmente o distintivo da BA4 sob
a janela esquerda da cabina de pilotagem com o lema “Para que outros vivam”
(ver imagem 3).Ostentavam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco, no extra-dorso da asa esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados da fuselagem. Os números de matrícula encontravam-se a preto em ambos os lados das asas, alternando com as insígnias, e também sobre os rectângulos com as cores nacionais do estabilizador vertical.
Os Grumman SA-16 Albatross estiveram colocados na
BA4 até serem retirados de serviço, em 1962.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo Histórico da Força Aérea;Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto e Imagens 3 e 4: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século
XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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