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SIKORSKY UH-19A
Quantidade:
1
Utilizador:
Força Aérea
Entrada ao serviço: Março de 1954
Data de abate: 1962
Dados técnicos:
a.
Tipo de Aeronave
Helicóptero
mono-motor terrestre, de trem quadriciclo fixo, rotor principal de três pás,
revestimento metálico, concebido para transporte militar. Tripulação: 2
(pilotos).
b.
Construtor
Sikorsky Aircraft Ltd. / USA.
Sob
licença: Westland Aircraft Ltd. /
Grã-Bretanha;
SNCA du Sud-Est /
França;
Mitsubishi Jukogyo KK / Japão.
c.
Motopropulsor
Motor:
1 motor Wright R-1300-3 Cyclone, de 7 cilindros radiais arrefecidos por ar, de
800 hp.
Rotor
principal: de três pás;
Rotor
de cauda: de duas pás.
d.
Dimensões
Diâmetro
do rotor principal ….…16,15 m
Diâmetro
do rotor de cauda…..….2,64 m
Comprimento.................................12,88
m
Altura
total………….………........….4,06 m
Área
do círculo rotórico ……….198,24 m²
e.
Pesos
Peso
vazio……………..…..…2.345 Kg
Peso
máximo..........................3.538 Kg
f.
Performances
Velocidade
máxima ……..…......................187 Km/h
Veloc.
de cruzeiro a 65% da potência .....150 Km/h
Tecto
de serviço …………..................….3.660 m
Raio
de acção………………......................578 Km
g.
Armamento
Sem
armamento.
h.
Capacidade de transporte
12
militares armados ou peso equivalente.
Resumo histórico:
O Sikorsky S-55 foi, sem dúvida, a primeira
máquina voadora de asas rotativas que apresentou, dentro das limitações
razoáveis, capacidade de utilização prática.
Este helicóptero, que apareceu no final dos anos quarenta, era diferente de todos que até então tinham sido construídos. Para além dos dois tripulantes, podia transportar na sua larga fuselagem 12 passageiros ou 8 macas ou 2.267 Kg de carga. Normalmente equipado com um trem de aterragem quadriciclo fixo, podia operar na modalidade de anfíbio, com a adaptação de flutuadores. Utilizava um motor Pratt & Whitney Wasp de cilindros radiais com 600 hp de potência (o mesmo dos aviões T-6 Texan), instalado na secção dianteira da fuselagem.
Este helicóptero, que apareceu no final dos anos quarenta, era diferente de todos que até então tinham sido construídos. Para além dos dois tripulantes, podia transportar na sua larga fuselagem 12 passageiros ou 8 macas ou 2.267 Kg de carga. Normalmente equipado com um trem de aterragem quadriciclo fixo, podia operar na modalidade de anfíbio, com a adaptação de flutuadores. Utilizava um motor Pratt & Whitney Wasp de cilindros radiais com 600 hp de potência (o mesmo dos aviões T-6 Texan), instalado na secção dianteira da fuselagem.
Embora o desenho deste helicóptero não fosse
inovador, a sua performance residia na utilização de materiais muito leves e
resistentes, à base de alumínio e magnésio. O depósito, com capacidade para 720
litros de combustível, conferia-lhe uma autonomia superior a qualquer outro
helicóptero da época.
O protótipo para utilização militar, designado YH-19, realizou o primeiro voo em 10 de Novembro de 1949.
O protótipo para utilização militar, designado YH-19, realizou o primeiro voo em 10 de Novembro de 1949.
A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF)
considerou-o apto para missões militares dentro de um raio de 240 Km e fez uma
encomenda de cinco exemplares.
Depois de alguma expectativa, os Sikorsky S-55
começaram a ser produzidos em larga escala, recebendo diversas designações,
conforme os utilizadores: Sikorsky H-19 e Sikorsky UH-19 para a USAF e US Army;
Sikorsky HO4S para a US Navy; e Sikorsky HRS para o US Marine Corps. Estas
versões usavam motores Wright de 800 hp, mais potentes que os iniciais. O raio
de acção foi significativamente melhorado.
Foram utilizados em grande número na Guerra da
Coreia (1950-1953), celebrizando-se no resgate de muitos pilotos americanos
abatidos em território inimigo, sendo conhecidos pelos “anjos da guarda”. A 3ª
Esquadra de Salvamento Aéreo da USAF, equipada com Sikorsky H-19, recebeu mais
de mil louvores, número nunca igualado por qualquer outra unidade da USAF.
Um Sikorsky H-19 na versão anfíbia actuou em 1952
durante a Guerra da Coreia ao serviço da Central Intelligence Agency (CIA),
efectuando missões clandestinas em território da Coreia do Norte, totalmente
pintado a preto.
Depois da Guerra da Coreia, coube a um Sikorsky
HRS-2 a honra de ser o primeiro helicóptero a usar o heliporto do Pentágono, em
2 de Novembro de 1955; em 4 de Agosto de 1960 foi também um Sikorsky HRS que
recolheu a cápsula espacial “Discover III” com os primeiros instrumentos que
regressaram à Terra. Colaboraram igualmente com o programa espacial “Mercury”.
Em 15 de Novembro de 1955 a fábrica britânica Westland Aircraft Ltd. adquiriu a licença de construção dos Sikorsky S-55. A produção iniciou-se de imediato sob a denominação local de Westland Whirlwind, acrescido das designações das variantes, como HAS, HAR, HCC, entre outras. Os primeiros a ser produzidos foram entregues à Marinha Britânica em Novembro de 1952. Foram igualmente construídos, sob licença, em França e no Japão.
Mais de quarenta países utilizaram as diversas versões militares dos Sikorsky S-55.
A fábrica Sikorsky produziu também a versão para
uso civil. Em 8 de Julho de 1952 a New York Airways inaugurou um serviço de
transporte de passageiros em Sikorsky S-55 entre os aeroportos nova-iorquinos
de Idlewild, La Guardia e Newark. O exemplo foi seguido noutras cidades
norte-americanas e em breve expandiu-se para a Europa, onde os Westland
Whirlwind, na versão de transporte civil, fizeram a ligação aérea entre Bruxelas,
Roterdão, Londres, Lille, Maastricht, etc.
Dois Sikorsky S-55 foram os primeiros helicópteros a atravessar o Atlântico Norte. Descolaram de Westaver, Massachusetts, no dia 13 de Julho de 1952, com escalas no Maine, Labrador, Gronelândia e Islândia, aterrando em Prestwick, na Grã-Bretanha, no dia 31 desse mês, totalizando 42 horas e 25 minutos de voo. Os 1.700 Km entre Prestwick foram voados em 11 horas, sem escala.
Em 1969 surgiu a versão Sikorsky S-55T, equipada
com um motor de turbina Garret, que melhorou as performances e diminuiu o custo
de operação. Os americanos seguiram o exemplo e equiparam o Westland Whirlwind
com turbinas Rolls-Royce Gnome H-1000, de 1.050 hp.
Ainda que pareça incrível, muitos Sikorsky S-55
ainda se mantinham operativos em 1990, executando missões duras, como o
abastecimento a plataformas marítimas de extracção de petróleo, ambulância,
táxi aéreo e muitas outras.
Percurso em Portugal:
O primeiro helicóptero ao serviço da Força Aérea
Portuguesa (FAP) foi um Sikorsky UH-19A, fornecido pelos Estados Unidos em
Março de 1954. Recebeu o número 9101 da FAP e tinha o número de
série da USAF 51-7139.
Destinado a missões de busca e salvamento
marítimo, foi colocado na Base Aérea N° 4 (BA4), Lajes, Açores, integrado na
Esquadra de Busca e Salvamento, mais tarde designada por Esquadra 41.
Este novo meio aéreo veio completar as
possibilidades de salvamento, tendo executado inúmeras missões. Neste âmbito,
foi muito importante na protecção às pequenas embarcações de pesca do
Arquipélago dos Açores.
Em 4 de Outubro de 1959 sofreu um acidente que
lhe provocou sérios danos. Nunca foi recuperado, sendo abatido ao efectivo em
1962. O conjunto da transmissão do rotor principal encontra-se no Museu do Ar.
Encontrava-se totalmente pintado em alumínio, com
uma faixa amarela marginada a preto em volta da fuselagem, característica das
aeronaves de busca e salvamento. Os números de matrícula estavam pintados a
preto nos lados do fuso da cauda. A Cruz de Cristo, sobre círculo branco,
encontrava-se nos lados do corpo da fuselagem e no nariz. Ostentava o
distintivo da BA4 nos lados da fuselagem, por baixo do pára-brisas.
O Museu do Ar adquiriu ao Museu Belga, em Bruxelas, um helicóptero Sikorsky UH-19A, construído em 1958, com o número de construção 55-1297 e o número de série da USAF 57-5979.
Esta aeronave foi também utilizada pela Força Aérea Italiana, onde recebeu a matrícula CS-10. Alguns investigadores atribuem-lhe a matrícula italiana MM57-5979, o que levanta suspeitas, dada a grande semelhança com a da USAF. Este helicóptero encontra-se em exposição no Museu do Ar, com a pintura e as insígnias aplicadas au UH-19 da FAP.
Fontes:
Imagem 1: FAP / AHFA - Força Aérea Portuguesa / Arquivo
Histórico da Força Aérea;
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
Imagem 2: Cortesia de Richard Ferriere - 3 vues;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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