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Percurso em Portugal:
A Força Aérea Portuguesa (FAP) recebeu os
primeiros doze Cessna T-37C Tweety Bird em Dezembro de 1962, vindos dos Estados
Unidos por via marítima e montados nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico
(OGMA), em Alverca em Fevereiro de 1963.
Em Março de 1964 recebeu mais seis, outros seis em Junho e os últimos seis em Janeiro de 1965, perfazendo um total de 30 unidades.
Em Março de 1964 recebeu mais seis, outros seis em Junho e os últimos seis em Janeiro de 1965, perfazendo um total de 30 unidades.
Receberam a numeração FAP de 2401 a 2430,
repetindo alguns números que tinham sido atribuídos aos Grumman G-44 Widgeon,
entretanto abatidos.
A correspondência entre as matrículas da FAP e os
números de série da USAF, entre parêntesis, era a seguinte: 2401 a 2424
(62-5926 a 62-5949 respectivamente), 2425 a 2430 (62-12496 a 62-12501
respectivamente).
Imagem 5: Emblema de pano da EIBP2 "Os Panchos" |
Foram colocados na Base Aérea N° 1 (BA1), Sintra,
formando a Esquadra de Instrução Básica de Pilotagem N° 2 (EIBP 2), conhecida como “Os Panchos”. Para melhorar o rendimento operacional, a EIB2 foi dividida em
duas esquadrilhas: Esquadrilha n° 1, os “Feras”, e a Esquadrilha n° 2, os
“Águias”.
Imagem 6: Da esquerda para a direita: Emblema da Esquadrilha 1, "Feras", e da Esquadrilha 2 "Águias", ambas da Esquadra 102. |
A EIBP 2 iniciou a actividade ministrando tirocínios de pilotagem aos alunos dos cursos de pilotagem aeronáutica da Academia Militar. Depois, passou a ministrar também os Cursos Básicos de Pilotagem, numa primeira fase como tarefa repartida com a EIBP 1 da Base Aérea N° 7 (BA7), S. Jacinto, que operava os North-American T-6.
Imagem 7: Autocolante dos "Asas de Portugal", 1982 |
O primeiro acidente com um T-37 ocorreu em 3 de
Fevereiro de 1964, com o avião 2409, que se despenhou no mar, vitimando os
pilotos.
No início de 1964, retomando a tradição da
existência de uma patrulha acrobática portuguesa, dado que as patrulhas acrobáticas
“Dragões” e “S. Jorge” foram desactivadas, a EIBP 2 começou por formar uma
patrulha acrobática a que deu o nome da própria Esquadra - “Panchos” – com a finalidade
de participar no festival a realizar em Alverca, em Julho desse ano. No
entanto, a participação foi cancelada na sequência de um acidente ocorrido
durantes os treinos, de que resultou a destruição de um avião e a morte do
piloto.
Em 10 de Novembro de 1964, o 2413 despenhou-se nos arredores da BA1, ficando destruído e vitimando o piloto. Outro acidente ocorreu em 19 de Maio de 1965, causando a destruição do avião 2408 e a morte do piloto.
Em 1965 os “Panchos” retomaram os treinos,
mantendo uma actividade algo irregular durante vários anos. As exigências
relacionadas com a formação de pilotos e a necessidade de transferir alguns
instrutores para o Ultramar impediam que os treinos e as exibições tivessem a
desejada regularidade.
Em 17 de Maio de 1968, o T-37 número 2405
despenhou-se no mar, junto à Lagoa de Albufeira, vitimando o piloto.
Imagem 8 |
Em 1969 o nome da patrulha acrobática foi mudado
para “Diabos Vermelhos” e o ritmo de treinos e de exibições foi sensivelmente
aumentado. Em finais de 1970 as necessidades do Ultramar sobrepuseram-se, mais
uma vez, às de acrobacia e a patrulha cessou a sua actividade.
(continua)
Fontes (segunda parte):
Imagens 5 e 7: Colecção Altimagem;
Imagem 6 e Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
Imagens 5 e 7: Colecção Altimagem;
Imagem 6 e Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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