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Percurso em Portugal: (continuação)
A patrulha “Os Panchos” reapareceu novamente em
1973, dez anos após as primeiras exibições, nas festividades do centenário do
nascimento de Santos Dumont.
Em 1976, por força da vontade de alguns pilotos
foram retomadas as exibições aéreas. A primeira ocorreu em Abril desse ano,
durante a cerimónia de um Juramento de Bandeira na Base Aérea nº 2 (BA2), Ota. Seguiram-se outras
exibições: a 14 de Maio de 1976, no dia da BA2, e em 4 de Julho de 1976, na
consagração do Dia da Força Aérea, na BA1.
Premiando a qualidade e o desempenho da equipa
“Os Panchos”, a organização International Air Tatoo de 1977 convida a FAP a
participar com a sua patrulha acrobática no festival em Greenham Common,
Grã-Bretanha (26 de Junho de 1977), integrada nas comemorações do Jubileu de
Prata da Rainha Isabel II.
O convite foi aceite a daí nasceu a Patrulha Acrobática Asas de Portugal, oficializada como representante da FAP pela Ordem de Serviço do Estado-Maior da Força Aérea N° 46, de 31 de Dezembro de 1976.
A primeira exibição teve lugar no dia 11 de Maio de 1977 num festival na Base Aérea nº 3 (BA3), Tancos, actuando com seis aviões T-37C, mantendo três de reserva. Actuaram em vários certames aeronáuticos nacionais e estrangeiros, merecendo sempre os maiores elogios e causando a admiração geral pelo que os pilotos conseguiam fazer com aviões antigos e de tão fraca potência. Ainda em 1977, além da sua actuação em Inglaterra, já referida, os "Asas de Portugal" actuaram em Thonon-Les-Bains (França) e em Portugal (Guarda e Porto).
O convite foi aceite a daí nasceu a Patrulha Acrobática Asas de Portugal, oficializada como representante da FAP pela Ordem de Serviço do Estado-Maior da Força Aérea N° 46, de 31 de Dezembro de 1976.
A primeira exibição teve lugar no dia 11 de Maio de 1977 num festival na Base Aérea nº 3 (BA3), Tancos, actuando com seis aviões T-37C, mantendo três de reserva. Actuaram em vários certames aeronáuticos nacionais e estrangeiros, merecendo sempre os maiores elogios e causando a admiração geral pelo que os pilotos conseguiam fazer com aviões antigos e de tão fraca potência. Ainda em 1977, além da sua actuação em Inglaterra, já referida, os "Asas de Portugal" actuaram em Thonon-Les-Bains (França) e em Portugal (Guarda e Porto).
Imagem 10: Emblema de pano dos "Asas de Portugal" |
Imagem 11: "Asas de Portugal" (1980) |
Em 5 de Novembro de 1986 ocorreu um acidente com
o 2418 que se despenhou em Beringel, perto de Beja, vitimando os dois pilotos.
Em 9 de Dezembro de 1990 ocorre um acidente com
um avião dos "Asas de Portugal", o 2415, num voo de treino, provocando a morte do
piloto.
Imagem 12: Formação de T-37C, "Asas de Portugal" durante uma exibição (1981) |
Os T-37C foram recebidos inteiramente pintados de
branco, passando depois a apresentar o estabilizador vertical em dayglo. Mais
tarde apresentaram-se em metal polido, com o conjunto estabilizador da cauda,
as pontas das asas e grande parte do nariz em dayglo. As áreas de ligação das
asas à fuselagem estavam pintadas em cinzento metalizado e a secção da
fuselagem em frente da cabina era pintada em preto anti-reflexo.
Ostentavam a Cruz de Cristo, sobre círculo
branco, no extra dorso da asa esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados
da fuselagem. As cores nacionais, sem escudo, estavam colocadas dentro de um
rectângulo nos lados do estabilizador vertical. Os números de matrícula
encontravam-se a preto em ambos os lados das asas, alternando com as insígnias,
e também sobre os rectângulos com as cores nacionais no estabilizador vertical.
Os aviões da patrulha “Asas de Portugal” foram pintados num bonito esquema com as cores nacionais: encarnado (FS 11.136) e verde ( FS 14.109) sobre base branca (FS 17.875).
As insígnias – sobre círculo branco contornado a azul – da fuselagem tinham um diâmetro de 63 cm e as das asas 45 cm. Os algarismos das matrículas das asas tinham 40 cm de altura e os dos estabilizadores com 10 cm, todos a preto (FS 17.038). O anti-reflexo em frente da cabina (FS 37.038) foi mantido. Este esquema de pintura foi progressivamente aplicado a toda a frota de T-37, para maior flexibilidade de operação dos “Asas de Portugal”.
Os Cessna T-37C foram oficialmente retirados de
serviço em 8 de Agosto de 1992 com quase 30 anos de excelentes serviços,
durante os quais formaram centenas de pilotos da FAP e levaram o nome de
Portugal além fronteiras.
Em consequência, a Patrulha Acrobática Asas de Portugal foi
extinta com o abate dos T-37C.
Renasceu oficialmente em Abril de 1997, na Esquadra 103 da Base Aérea nº 11 (BA11), Beja, com os aviões Dassault-Breguet / Dornier Alpha Jet.
Renasceu oficialmente em Abril de 1997, na Esquadra 103 da Base Aérea nº 11 (BA11), Beja, com os aviões Dassault-Breguet / Dornier Alpha Jet.
Imagem 13: Patch comemorativo dos 50 anos da EIBP2 "Os Panchos", na BA1. |
As comemorações
dos 50 anos dos “Panchos” decorreram no dia 14 de Dezembro de 2013, na Base
Aérea Nº 1, Sintra.
Foram vários os
antigos elementos da Esquadra de Instrução Básica de Pilotagem Nº 2, “Os
Panchos”, que se reuniram e tiveram a oportunidade de recordar e partilhar
tempos em que o T-37 servia de “formação para pilotos militares portugueses” e
ao mesmo tempo era visto como um inesgotável instrumento de divulgação a nível
Nacional e Internacional.
Na parede do
edifício onde já tinha sido perpetuada a presença dos “Panchos” foi inaugurada
uma nova placa, com o intuito de marcar simbolicamente os 50 anos da Esquadra.
Por fim, no
Monumento de Homenagem aos Mortos, foi ainda prestada uma homenagem aos antigos
pilotos que morreram ao serviço da Força Aérea, pilotando a aeronave T-37.
Imagem 14 - Cessna T-37C dos Asas de Portugal exposto em pedestal na Base do Lumiar, Lisboa |
A Força Aérea Portuguesa mantém exposto ao público, no Museu do Ar em Sintra, um destes aviões na sua
pintura original e um outro com a pintura dos Asas de Portugal.
Fontes (terceira parte):
Imagens 9 e 12: © Carlos Pedro - Blog Altimagem;
Imagem 14: Cortesia de Wikipedia, a enciclopédia livre;
Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000;
Texto em Itálico: Cortesia de EMFA - Estado-Maior da Força Aérea.
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