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10 janeiro 2015

Dassault-Breguet / Dornier Alpha Jet (terceira parte)

Ver  Dassault-Breguet / Dornier Alpha Jet (primeira parte)


(continuação)

Imagem 10

O renascimento dos “Asas de Portugal”:
     A antiga patrulha acrobática “Asas de Portugal”, formada pelos Cessna T-37 Tweety-Bird da Esquadra 102 da Base Aérea Nº 1 (BA1), Sintra, estava desactivada desde 1991. No dia 9 de Dezembro de 1990, quando se preparavam para aterrar, um dos membros da patrulha acrobática apercebeu-se que um dos seus companheiros estava sem a asa esquerda e a cauda. Mais tarde averiguou-se que, à excepção de 5 aviões, todos os T-37 estavam com várias fissuras nas longarinas das asas, pelo que esta foi imediatamente suspensa e a esquadrilha não voltou a voar.

Imagem 11: Emblema da
Base Aérea nº 11, Beja

Imagem 12: Emblema dos
"Asas de Portugal" - Alpha Jet.









   





     Em 1997, sensivelmente 20 anos após a primeira exibição oficial, a Esquadra 103 - «Caracóis» - foi convidada para fazer renascer novamente os Asas de Portugal, desta vez com os Alpha Jet da BA11. No entanto, foi logo desactivada no ano seguinte.
     A primeira aparição pública com o Alpha Jet aconteceu em 27 de Junho de 1997 nas comemorações do 45º Aniversário da Força Aérea, realizadas na BA1.
     No ano de 2001 ressurge a oportunidade de voltar a haver uma patrulha acrobática na Força Aérea Portuguesa e é dada à Esquadra 103 a responsabilidade de preparar uma demonstração de performance em Alpha Jet. O renascimento de uma patrulha acrobática, denominada “Parelha da Cruz de Cristo” restituiu à Força Aérea Portuguesa as antigas tradições em acrobacia, sendo que a partir de 2005 a patrulha passou a designar-se “Asas de Portugal”.

Imagem 13

     A 26 de Maio de 2006 teve lugar a celebração do 86º Aniversário da BA1, em Sintra. Integrada no programa das comemorações a Apresentação Oficial da nova época de exibições dos "Asas de Portugal" e do novo Esquema de Pintura dos Alpha Jet da Patrulha constituíram os pontos altos das cerimónias. A escolha da BA1 para a apresentação acabou por não ser uma coincidência. Esta Base é o verdadeiro "berço" dos "Asas de Portugal", local onde à cerca de trinta anos se presenciou o surgir da Patrulha no seio das fileiras da Esquadra EIBP2 então aí estacionada e a operar os T-37C, mas igualmente o local onde a mesma viria a ser extinta em 1990.

Imagem 14
     O esquema de pintura dos Alpha Jet dos “Asas de Portugal” caracteriza-se por um conjunto de formas geométricas na sua quase totalidade pintada em cores mate, mais resistentes ao desgaste, delimitadas por linhas rectas (Verde FS 34092; Vermelho FS 31350; Branco brilhante FS 17925; Preto semi-mate FS 27038; Preto mate FS 37038, aplicado junto às canopies e sobre o nariz).
     No plano vertical surgem em ambos os lados o número do aparelho a branco, com 15 cm de altura, o novo símbolo da Patrulha e as cores nacionais (FS 31350 e FS 34090), ambos com 75 cm de altura.
     A Cruz de Cristo, com 30 cm de diâmetro, surge em quatro posições nos planos da cauda e nas posições habituais da fuselagem. Volta a surgir atrás da canopy posterior, com 12.5 cm de diâmetro, acompanhada da expressão "Força Aérea Portuguesa", em letras com 6 cm de altura.
     O cone do nariz apresenta uma série de quadrículas de altura variável e com 20 cm de largura numa dimensão total de 180 cm e uma pequena porção na raiz do tubo de pitot a vermelho. As entradas de ar nos motores apresentam-se com listas pretas alternadas com brancas a um ângulo de ± 45º. Os quatro pilons das asas e tanques externos de combustível surgem pintados na sua totalidade a preto mate.
     As aeronaves que receberam a nova pintura dos “Asas de Portugal”, foram os Alpha Jet com as matrículas 15202, 15206, 15208 e 15250.

Imagem 15

     Os "Asas de Portugal" foram desactivados em Agosto de 2010, devido a um acidente ocorrido durante uma passagem a muito baixa altitude.

     Em 2014 a FAP comemorou o 61º Aniversário da Esquadra 103 - "Caracóis", o 20º Aniversário dos Alpha Jet e, ainda, o 50º Aniversário da Base Aérea Nº 11, em Beja.
     Na sua existência de 61 anos, a Esquadra 103 - "Caracóis" - totaliza mais de 100.000 horas de voo distribuídas por 65.000 horas em T-33, 11.500 horas em T-38 e 28.516 horas em Alpha Jet, aeronave que ainda hoje é operacional, tendo os seus 126 pilotos instrutores formado largas centenas de pilotos.

     De acordo com o Plano de Desenvolvimento Sustentado (Operacional) 2012-18, a sustentabilidade da frota Alpha-Jet está garantida até 2018.
Fontes (terceira parte):