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04 janeiro 2015

Dia Mundial do Braille





O Dia Mundial do Braille comemora-se no dia 4 de Janeiro, em homenagem a Louis Braille, o seu criador, no dia do seu nascimento. O Dia Mundial do Braille consagra os princípios da dignidade, autonomia individual, liberdade de escolha e independência presentes na Convenção sobre os Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência.


O que é o Braille?

O Braille é um sistema de leitura para cegos criado por Louis Braille, sistema este conhecido também como Código Braille.




Quem foi Louis Braille?

Criador do sistema de leitura para cegos "Braille" 
Louis Braille
   
     Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.
     Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Pallury, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma.

Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).


O nome de Louis Braille em Braille
O nome "Louis Braille em Braille

     O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.
     Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:
"Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."

     Em 1821, quando Louis Braille tinha apenas 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde viria a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições.
     O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos.
     Braille melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical.
Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Excepto algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje.

     No instituto, o novo código só foi adoptado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.
     Em França a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon.

Interior do Panthéon, Paris, França
Vista panorâmica do interior do Panthéon, em Paris
Fonte: