Republik Indonésia
República da Indonésia
Bandeira |
Brasão de Armas |
Localização:
Ásia, Sudeste Asiático, Nação transcontinental.
País
mega-diverso (faz parte do conjunto de países que albergam o maior índice
de biodiversidade da Terra).
Origem / Pequeno
resumo histórico:
Etimologia - O
nome "Indonésia" deriva da junção das palavras gregas “indós” e “nesus”,
que significam "ilha".O nome data do Século XVIII, precedendo a
formação de uma Indonésia independente. Em 1850, George Earl, etnólogo inglês,
propôs os termos Indunesians, ou também Malayunesians, para se referir aos
habitantes do "arquipélago indiano" ou "arquipélago
malaio". Na mesma publicação, um dos estudantes de Earl, James Richardson
Logan, utiliza a palavra "Indonésia" como sinónimo de
"arquipélago indiano".
História - A História
da Indonésia foi moldada por sua posição geográfica, seus recursos naturais, a
série de migrações humanas, contactos, economia e comércio, conquistas e
política. A Indonésia é um país-arquipélago de 17.508 ilhas (6.000 habitadas)
que se estende ao longo da linha do Equador, no Sudeste Asiático. A posição
estratégica do país promoveu o comércio internacional, que tem moldado a história da Indonésia. A área da Indonésia é
habitada por povos de várias migrações, criando uma diversidade de culturas, etnias
e idiomas. Os acidentes geográficos do arquipélago e o clima influenciaram
significativamente a agricultura e o comércio, assim como a formação dos Estados.
Réplica do Crânio do Homem de Java, originalmente descoberto em Sangiran, Java Central (Património Mundial da UNESCO) (foto de Gerbil) |
O arquipélago
indonésio tem sido uma região de grande importância para o comércio desde
os Séculos VI e VII, quando Srivijaya, o antigo Reino Malaio da Ilha da Sumatra, começou a comercializar com a China e com
a Índia. Apesar de sua grande população e regiões densamente povoadas, a
Indonésia possui vastas áreas desabitadas e é um dos países com mais biodiversidade do
mundo. Desde os primeiros séculos da era cristã, os governantes locais absorveram gradualmente os modelos culturais, políticos e religiosos
estrangeiros, enquanto floresciam os reinos hindus e budistas.
A História da
Indonésia tem sido igualmente influenciada por poderes estrangeiros, atraídos pelos seus
vastos recursos naturais.
Comerciantes árabes e muçulmanos trouxeram o islamismo, actualmente a religião dominante no país. As potências europeias trouxeram o cristianismo e lutaram entre si para monopolizar o comércio de especiarias nas ilhas Molucas durante a Era dos Descobrimentos.
Depois de três séculos e meio de colonialismo holandês, a Indonésia conquistou a sua independência após a Segunda Guerra Mundial. A história do país desde então tem sido turbulenta, com desafios colocados por catástrofes naturais, corrupção política, movimentos separatistas, processo de democratização e períodos de rápidas mudanças económicas. Actualmente, a Indonésia é uma República Presidencialista composta por trinta e três províncias.
Comerciantes árabes e muçulmanos trouxeram o islamismo, actualmente a religião dominante no país. As potências europeias trouxeram o cristianismo e lutaram entre si para monopolizar o comércio de especiarias nas ilhas Molucas durante a Era dos Descobrimentos.
Depois de três séculos e meio de colonialismo holandês, a Indonésia conquistou a sua independência após a Segunda Guerra Mundial. A história do país desde então tem sido turbulenta, com desafios colocados por catástrofes naturais, corrupção política, movimentos separatistas, processo de democratização e períodos de rápidas mudanças económicas. Actualmente, a Indonésia é uma República Presidencialista composta por trinta e três províncias.
Com mais de 230
milhões de habitantes, a Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo e o maior país islâmico do mundo. Através das suas várias ilhas, o povo indonésio está
distribuído por distintos grupos étnicos, linguísticos e religiosos. O lema
nacional Bhinneka Tunggal Ika ("Unidade na diversidade") articula a
diversidade que há na nação. A Indonésia é um país rico em recursos naturais,
contrastando com sua população, que é, na sua maioria, pobre.
Os Portugueses
na Indonésia - Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar às ilhas da Indonésia,
em 1512. A sua demanda para dominar as fontes do lucrativo comércio das
especiarias, nos princípios do Século XVI, e os seus esforços missionários
católicos simultâneos, resultaram no estabelecimento de fortalezas e entrepostos
comerciais, e de um forte elemento cultural português que permanece na
Indonésia até aos nossos dias.
Os avanços tecnológicos dos portugueses no início do Século XVI - designadamente na construção de navios e no fabrico de armas - permitiram-lhes empreender expedições de exploração e expansão bem longe da sua terra natal. Começando com as primeiras expedições enviadas da recém-conquistada Malaca em 1512, os portugueses foram os primeiros europeus a chegar à actual Indonésia, procurando dominar as valiosas fontes de especiarias e aumentar os seus esforços missionários.
As tentativas iniciais dos portugueses para estabelecer uma coligação e um tratado de paz em 1512 com o Reino de Sunda de Java Ocidental, falharam devido à hostilidade entre os reinos indígenas de Java. Os portugueses deslocaram-se, então, mais para Leste, para as Ilhas Molucas, que eram constituídas por um conjunto de principados e reinos que estavam ocasionalmente em guerra uns com os outros, mas que mantinham um comércio inter-ilhas e internacional. Através, quer de conquistas militares quer de alianças com os governantes locais, os portugueses estabeleceram entrepostos, fortes e missões na Indonésia oriental, nomeadamente nas ilhas de Ternate, Amboina e Solor.
A segunda metade do Século XVI marca o culminar das actividades missionárias portuguesas, numa época em que as conquistas militares no arquipélago já haviam terminado e em que os seus interesses na Ásia Oriental começam a deslocar-se para o Japão, Macau e a China. O açúcar do Brasil e o comércio de escravos no Atlântico, por sua vez, contribuem, também, para desviar as atenções da Indonésia.
Os avanços tecnológicos dos portugueses no início do Século XVI - designadamente na construção de navios e no fabrico de armas - permitiram-lhes empreender expedições de exploração e expansão bem longe da sua terra natal. Começando com as primeiras expedições enviadas da recém-conquistada Malaca em 1512, os portugueses foram os primeiros europeus a chegar à actual Indonésia, procurando dominar as valiosas fontes de especiarias e aumentar os seus esforços missionários.
A planta da noz-moscada é nativa das Ilhas Banda, na Indonésia. Outrora uma das mercadorias mais valiosas do mundo, atraiu as primeiras potências europeias à Indonésia (imagem de Franz Eugen Köhler) |
As tentativas iniciais dos portugueses para estabelecer uma coligação e um tratado de paz em 1512 com o Reino de Sunda de Java Ocidental, falharam devido à hostilidade entre os reinos indígenas de Java. Os portugueses deslocaram-se, então, mais para Leste, para as Ilhas Molucas, que eram constituídas por um conjunto de principados e reinos que estavam ocasionalmente em guerra uns com os outros, mas que mantinham um comércio inter-ilhas e internacional. Através, quer de conquistas militares quer de alianças com os governantes locais, os portugueses estabeleceram entrepostos, fortes e missões na Indonésia oriental, nomeadamente nas ilhas de Ternate, Amboina e Solor.
A segunda metade do Século XVI marca o culminar das actividades missionárias portuguesas, numa época em que as conquistas militares no arquipélago já haviam terminado e em que os seus interesses na Ásia Oriental começam a deslocar-se para o Japão, Macau e a China. O açúcar do Brasil e o comércio de escravos no Atlântico, por sua vez, contribuem, também, para desviar as atenções da Indonésia.
Os portugueses
foram, também, os primeiros europeus a aportar às Celebes do Norte. São
Francisco Xavier visitou e apoiou a missão de Tolo, na ilha de Halmaera, a
primeira missão católica nas Molucas. A missão foi criada em 1534, quando
alguns chefes de Morotia vieram a Ternate pedindo o baptismo. Simão Vaz, padre
de Ternate, deslocou-se a Tolo fundando a missão que acabou por se tornar
objecto de conflito com os espanhóis. Mais tarde, Simão Vaz acabou por ser
assassinado.
Ao contrário da
ambição inicial de dominar o comércio asiático, o legado português na cultura
indonésia parece hoje algo modesto: o akeroncong, um instrumento de cordas
semelhante ao cavaquinho; um vasto número de palavras indonésias de origem
portuguesa, recordação do tempo em que o idioma de Camões era a língua franca do
arquipélago; e muitos apelidos familiares, especialmente na zona oriental da
Indonésia, tais como da Costa, Dias, de Freitas, Gonsalves, etc.
Persistem no
arquipélago até aos dias de hoje várias comunidades cristãs, reforçando os
laços de afinidade com os europeus, principalmente entre os ambonenses (habitantes da Ilha de Amboina, no Arquipélago das Molucas, Indonésia,
descoberta em 1512 pelos portugueses António Abreu e Francisco Abreu, tendo
sido evangelizada por São Francisco Xavier em meados do Século XVI.)
Cultura:
A Indonésia possui cerca de 300 grupos étnicos, cada um com identidades culturais desenvolvidas ao
longo de séculos e influenciados por culturas como a indiana, árabe, chinesa e europeia.
A Indonésia localiza-se numa região atravessada por rotas comerciais entre o Médio Oriente,
a Ásia Meridional e o Extremo Oriente, o que contribuiu para a difusão de diversas
religiões na região, incluindo o Hinduísmo, o Budismo, o Confucionismo, o Islamismo e o Cristianismo, todas elas amplamente praticadas nas cidades mercantis indonésias
até aos dias actuais. O resultado desta interacção multi-cultural definiu o carácter
complexo da cultura do país, assim como deu origem a inúmeros conflitos na sua
história (nomeadamente a ocupação e a repressão em Timor-Leste e na Papua Ocidental).
Literatura - Pramoedya
Ananta Toer (1925-2006) é o autor indonésio de maior celebridade fora do país, tendo sido
contemplado com o Prémio Magsaysay. Outra figura central da literatura indonésia
do início do século é Chairil Anwar, um poeta e membro da chamada "Geração
de 45", grupo de intelectuais activo no movimento de Independência
Indonésia. A forte censura do longo período da presidência de Suharto (1967 a
1998) impediu a veiculação e desenvolvimento de novas tendências literárias no
país, sobretudo as voltadas para as questões sociais. Pramoedya Ananta Toer, por
exemplo, passou boa parte da sua vida preso, e ditava os seus livros para outros
prisioneiros através das paredes da cela que, por sua vez, os passavam para fontes
externas, que os publicavam no exterior.
Nos anos 60 e 70, os escritores Günter Grass e Jean-Paul Sartre organizaram na Europa campanhas a favor da libertação de Toer; Sartre chegou a enviar uma máquina de escrever para a Indonésia como presente para Toer, cuja obra, e também as obras dos maiores poetas locais, só podiam ser adquiridas no mercado negro até meados de 2000.
Nos anos 60 e 70, os escritores Günter Grass e Jean-Paul Sartre organizaram na Europa campanhas a favor da libertação de Toer; Sartre chegou a enviar uma máquina de escrever para a Indonésia como presente para Toer, cuja obra, e também as obras dos maiores poetas locais, só podiam ser adquiridas no mercado negro até meados de 2000.
Imagem com símbolos culturais da Indonésia |
Poesia - A
Indonésia possui uma rica tradição de poesia oral chamada pantun, caracterizada pelo seu carácter interactivo e improvisado. A chamada poesia dos antigos poetas
(Pujangga Lama) foi dividida em cinco modalidades principais: além dos
mencionados pantun, enquadram-se nela os poemas narrativos tradicionais (syair,
análogos às epopeias ocidentais), aforismos (gurindam), contos e fábulas
(hikayat) e crónicas históricas (babad). A geração do pujangga lama é
geralmente enquadrada no período prévio a 1900; poetas posteriores misturaram a
prática da tradição com influências estrangeiras diversas. Alguns dos poetas
contemporâneos mais notáveis são Sutardji Calzoum Bachri, Rendra, Taufiq
Ismail, Afrizal Malna, Binhad Nurrohmat, Joko Pinurbo e Sapardi Djoko Damono.
Flor da espécie Rafflesia arnoldii, a maior flor do mundo, nativa das ilhas de Sumatra e Bornéu. Pode atingir 106 cm de diâmetro e pesar até 11 Kg |
Culinária - O arroz
é a base da alimentação dos indonésios, com excepção dos “malukus” e dos
residentes em Papua Ocidental (a parte indonésia da Nova Guiné), onde a base é a
farinha da palmeira-sago, a batata-doce e a mandioca, estes últimos trazidos
das “índias ocidentais”.
As preparações de carne, peixe e vegetais são consumidos em pequenas quantidades e sempre bastante condimentadas, ao contrário dos ocidentais que, por essa razão, sofrem com o picante da culinária indonésia.
As preparações de carne, peixe e vegetais são consumidos em pequenas quantidades e sempre bastante condimentadas, ao contrário dos ocidentais que, por essa razão, sofrem com o picante da culinária indonésia.
Uma selecção de
comida indonésia, incluindo ikan bakar (peixe assado), ayam goreng (frango
frito), nasi timbel (arroz envolto em folha de bananeira), sambal, tempeh frito
e tofu, e sayur asem, pode ser vista na imagem seguinte:
Uma selecção de comida indonésia, incluindo ikan bakar
(peixe assado),
Ayam goreng (frango frito), nasi timbel (arroz envolto em folha
de bananeira),
sambal, tempeh frito e tofu, e sayur asem.
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Religião - Quase
88 por cento dos indonésios se declarou muçulmano no censos de 2000, fazendo da
Indonésia a nação com a maior percentagem de muçulmanos no mundo. Outros grupos
religiosos do país são cristãos (9% do país, 2/3 deles protestantes e o
restante católicos), hindus (2%) e budistas (1%). Muitos indonésios acreditam
em espíritos, e combinam o ritual dos antepassados e da natureza comum a outras
nações asiáticas com elementos do islamismo e cristianismo.
Mesquita Istiqlal, no centro de Jacarta |
A Constituição
Indonésia garante a liberdade de profissão religiosa, embora apenas seis
religiões oficiais sejam reconhecidas: Islão, Protestantismo, Catolicismo,
Hinduísmo, Budismo e Confucionismo. A lei local obriga os cidadãos a serem portadores de documentos de identidade em que uma dessas seis religiões deve constar, embora seja possível que os cidadãos requeiram que esse campo seja deixado em branco. O governo indonésio não reconhece o agnosticismo ou o ateísmo. A profissão de descrença numa divindade, assim como a blasfémia, constituem práticas
ilegais.
Os povos de Bali
e Lombok ocidental seguem uma religião chamada Bali-Hinduísmo. É baseada no hinduísmo,
mas inclui antigas crenças da tradição de Bali e de Java. Os bali-hindus
cultivam o espírito da natureza incluindo montanhas e grandes árvores. Honram
também os espíritos dos antepassados que eles acreditam que virão visitá-los.
Bali possui milhares de templos Bali-Hindu onde muitos feriados religiosos são
comemorados. As cerimónias incluem danças e encenações dramáticas. O budismo e o hinduísmo
eram religiões importantes na região há cerca de cem anos, tendo perdido praticantes
para a religião monoteísta.
Principais recursos naturais:
Petróleo, gás natural, estanho, borracha, cobre e ouro.
Datas comemorativas:
Dia da Independência - 17 de Agosto - Celebra a data da
Declaração da Independência da Indonésia, em 1945.
Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional - "Indonesia Raya" - ("Grande
Indonésia")
Insígnia da Força Aérea da Indonésia;
Insígnia da Força Aérea do Exército;
Insígnia da Aviação Naval.
Insígnia da Força Aérea do Exército;
Insígnia da Aviação Naval.
"Bhinneka Tunggal Ika" – ("Unidade na
Diversidade")
Capital: Língua oficial:
Jacarta Língua
indonésia (Bahasa indonésio)
Moeda oficial: Tipo de Governo:
Rupia indonésia (IDR) República
presidencialista
Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações
Unidas):
28 de Setembro de 1950.
Organizações / Relações internacionais:
- ONU - Organização das Nações Unidas;
- APEC - Cooperação Económica Ásia-Pacífico;
- ASEAN - Associação de Nações do Sudeste Asiático;
- AALCO - Associação Jurídica Consultiva Afro-Asiática;
- ACFTA - Área Livre de Comércio entre a Associação de Nações do Sudeste Asiático e a China;
- CLA - Cúpula do Leste Asiático;
- COI - Comité Olímpico Internacional;
- G20 (países industriais, maiores economias);
- G-20 - (países em desenvolvimento);
- Grupo dos 77 - Nações em desenvolvimento;
- ICO - Organização Internacional do Café;
- IHO - Organização Hidrográfica Internacional;
- INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
- IPU - União Inter-Parlamentar;
- IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
- MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
- MNA - Movimento dos Países Não-Alinhados;
- OCI - Organização da Conferência Islâmica;
- OIM - Organização Internacional para as Migrações (observador);
- OMC - Organização Mundial do Comércio;
- OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
- RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
- TACSA - Tratado de Amizade e Cooperação no Sudeste Asiático;
- UIC - União Internacional dos Caminhos-de-Ferro;
- WCO - Organização Mundial das Alfândegas.
Património Mundial (UNESCO):
- Conjunto de Borobudur (Templo Budista), Java Central (1991);
Conjunto de Borobudur (UNESCO), o monumento mais visitado da Indonésia |
- Parque Nacional de Komodo, Nusatenggara Oriental (1991);
Dragão de Komodo, espécie de lagarto do Parque Nacional de Komodo (UNESCO) |
- Parque Nacional de Ujung Kulon, Lampung e Banten (1991);
- Sítio Arqueológico dos Primeiros Homens de Sangiran, Java Central (1996);
- Parque Nacional de Lorentz, Papua (1999);
- Património das Florestas Tropicais Ombrófilas de Sumatra (2004) - Em perigo desde 2011;
Património Oral
e Imaterial da Humanidade (UNESCO):
- Kris Indonésio (2008) - O kris ou keris é um punhal assimétrico da Indonésia. Ao mesmo tempo arma e objecto espiritual, são-lhe muitas vezes atribuídos poderes mágicos. Os kris mais antigos datam de 1360, e o seu uso espalhou-se em todo o Sudeste Asiático.
Kris indonésio (UNESCO) |
- Teatro de Marionetas Wayang (2008) - O Wayang é um teatro de marionetas com origem na ilha de Java, hoje espalhado por toda a Indonésia. As marionetas podem ser feitas de madeira, ou serem silhuetasprojectadas numa tela iluminada. A representação é acompanhada com instrumentos de bronze e gamelão. As tradições da narrativa Wayang têm origem não só no arquipélago indonésio, mas também na Índia e na Pérsia.
Teatro de Marionetas Wayang (UNESCO) |
- O Batik Indonésio (2009) - As técnicas, simbolismo e elementos culturais associados ao batik -Tecido de algodão e seda tecido à mão - marcam a existência dos indonésios desde o seu nascimento até à sua morte: as crianças são transportadas em cangurus ornamentado com batik decorado com símbolos destinados a trazer boa sorte, e os mortos são envoltos em mortalhas de batik.
Batik indonésio (UNESCO) |
- O Angklung Indonésio (2010) - O Angklung é um instrumento musical indonésio feito com quatro tubos de bambu suspensos num quadro do mesmo material e amarrados com cordas quebradas. Um mestre artesão talha e corta cuidadosamente os tubos, a fim de emitirem determinadas notas musicais quando se aperta ou se bate na armação de bambu. Cada Angklung emite uma nota ou acorde únicos, de modo que, para executar melodias, é necessário que vários intérpretes toquem juntos.
O Angklung indonésio (UNESCO) |
- A Dança Saman (2011) - (A requerer medidas urgentes de salvaguarda) - A dança Saman é parte da herança cultural do povo Gayo, localizado na província de Aceh, na ilha de Sumatra. Os seus artistas são meninos e rapazes varões que executam a dança de cócoras ou ajoelhados, formando filas apertadas. Todos eles usam um traje preto com motivos bordados com cores típicas da etnia, simbolizando a natureza e os valores nobres. O chefe senta-se no meio de uma fila e canta versos principalmente em língua gayo. Estes versos dão conselhos e podem ser de natureza religiosa, romântica ou humorística. Os dançarinos dão palmadas, batem no peito e nas coxas, batem com os pés no chão, estalam os dedos e balançam ou giram o corpo e a cabeça ritmicamente, quer em uníssono ou a contratempo com os dançarinos que estão à sua frente. Estes movimentos simbolizam a vida diária do povo Gayo e o seu ambiente natural. A Dança Saman, executada em festas e feriados nacionais e religiosos, contribui para fortalecer e estreitar as relações entre os grupos de aldeões, que se convidam mutuamente para os espectáculos. A sua prática e a sua transmissão estão em declínio. Muitos dos líderes que dominam esta estão envelhecendo e não têm sucessores.
Dança Saman (UNESCO) |
- Noken: O bolso multi-funcional feito de nós ou tecido, do artesanato da Papuásia (2012) - (A requerer medidas urgentes de salvaguarda) - O Noken é um saco formado por uma rede de fios atados ou tecidos, que as comunidades das províncias indonésias de Papua e Papua Ocidental extraem de fibras de madeira ou folhas. Homens e mulheres usam-no, não só para transportar produtos das plantações, capturas de pesca de mar ou lago, transporte de lenha, crianças ou animais jovens, mas também para fazer compras em lojas e armazenar artigos domésticos. O Noken é também um elemento de indumentária pessoal, sobretudo nas festas tradicionais, e pode ser oferecido em sinal de paz. O método de preparação do Noken varia de uma comunidade para outra.
Noken (UNESCO) |
Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre.